quinta-feira, 8 de maio de 2025

Forças Armadas/Oitenta e nove militares recebem certificado  de participação no Curso Básico de Língua Portuguesa

Bissau, 08 Mai 25 (ANG) – Oitenta e nove militares, dos três ramos das Forças Armadas guineenses receberam hoje os seus certificados de participação no  Curso Básico de Língua Portuguesa, promovido pelo Instituto Camões e a Cooperação Portuguesa.

“A língua portuguesa não é apenas um meio de comunicação, mas sim um  elo de união, um instrumento de conhecimento e uma porta para o desenvolvimento dos países da língua oficial portuguesa e do Mundo”, disse Júlio Ubaque, que representou o ministro da Defesa Nacional na cerimónia de entrega dos certificados.

Ubaque sublinhou que desta formação, os militares reforçaram as suas capacidades de expressão e compreensão, para coordenação estratégica e o diálogo nacional e internacional.

Agradeceu ao Instituto Camões pelo compromisso assumido e pela  qualidade de formação e apoio contínuo para o enriquecimento cultural e linguístico das Forças Armadas .

“Investir na educação e no aprimoramento das competências dos militares, reflete o desejo do Estado-maior General das Forças Armadas (EMGFA) de construir uma classe militar cada vez mais capacitada e preparada para enfrentar os desafios do presente e do futuro”,disse Ubaque.

A entrega de certificados aos militares participantes do curso, segundo Samuel Fernandes, marca o início de um novo capítulo de formação dos  recursos humanos da classe castrense.

“Este curso, não é apenas uma formação linguística mas sim um investimento estratégico para a capacitação dos militares guineenses”, disse Fernandes que participou na cerimónia em representação do Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Biague Na Ntan.

O Embaixador de Portugal  na Guiné-Bissau, Miguel Cruz Silvestre, disse que a ação formativa foi delineada e implementada, em resposta à um pedido de apoio concreto da parte guineense.

“A parte guineense considerou que era especialmente relevante e prioritário investir  noutro aprofundamento da professência linguística em português dos seus efetivos, e Portugal através da sua Embaixada, e do Instituto e de Cooperação da Língua Camões, de imediato, respondeu o pedido, através desta formação aos militares guineenses”, disse o Embaixador.

A formação durou duas semanas e começou com  97 participantes dos quais 89 receberam seus certificados de participação no curso.ANG/LLA/ÂC//SG

 

    

Eleições gerais 2025/”Atualização dos Cadernos Eleitorais está a decorrer bem”, diz PM Rui Duarte Barros

Bissau, 08 Mai 25 (ANG) - O Primeiro-ministro (PM) afirmou  hoje que o processo de atualização dos Cadernos Eleitorais está a decorrer bem e que é necessário simplesmente reforçar alguns aspetos no terreno para que tudo possa sair da melhor forma possível.

Rui Duarte Barros falava à imprensa após uma visita  às instalações do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) para se inteirar da evolução dos trabalhos de atualização de Cadernos Eleitorais em curso.

“Existem apenas algumas dificuldades para que possam  alcançar o êxito total na atualização”, salientou,  sustentando que essas dificuldades  já estão a ser solucionadas para que tudo possa acabar na data prevista que é 24 de Maio em curso.

Questionado sobre a ameaça  da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de suspender os trabalhos de atualização de Cadernos Eleitorais, devido a falta de  alguns equipamentos ,Rui Barros respondeu que as duas instituições já estão a trabalhar em colaboração e que tudo está num bom caminho.

O Diretor-geral do GTAPE Gabriel Djibril Baldé disse  que, brevemente estarão em condições de fazer um novo balanço para revelar os números de cartões atualizados, cartões recuperados, dos novos recenseados e total dos atendidos nas mesas de atualização.

Perguntado sobre a data de início dos trabalhos de atualização dos cadernos eleitorais na diáspora, Djibril Baldé respondeu que, na África o processo já está em curso desde o dia 02 de Maio, e que em relação à Europa estão a aguardar a emissão de vistos para os supervisores .

Gabriel Baldé disse que diligências estão sendo feitas  para que tudo possa ser resolvido,  o mais rápido possível.ANG/AALS/ÂC//SG

Religião/Alto Comissariado para Peregrinação a Meca começa emissão de vistos aos candidatos locais

Bissau, 08 Mai 25 (ANG) – O Alto Comissariado para Peregrinação à Cidade Santa de Meca iniciou hoje a emissão de vistos aos candidatos à peregrinação, a partir da Guiné-Bissau, pondo fim a necessidade de peregrinos se deslocarem a Dacar/Senegal para obtenção de visto de entrada na Arábia Saudita.

Falando na cerimónia que assinalou a emissão dos primeiros vistos em Bissau à peregrinos de 2025, o Alto Comissariado para  Peregrinação, Califa Soares Cassamá destacou que o país entrou na nova era da peregrinação à Meca, uma vez que  obter vistos a partir do Senegal era um transtorno enorme.

 “Graças à Deus o sonho de há um ano tornou realidade hoje. ,Na verdade, houve a emissão de vistos locais no passado, no país, através de  equipa de técnicos da Embaixada da Arábia Saudita vindos de Senegal, a pedido  das autoridades guineenses, mas este ano nós é que assumimos as rédeas da situação adquirindo máquinas para o efeito”, explicou.

Cassamá alertou aos peregrinos nacionais e estrangeiros radicados na Guiné-Bissau que os prazos já estão a aproximar-se do fim, e que  no próximo sábado vão fazer um balanço geral com todas as agências envolvidas para informar o Alto Comissariado  do número de pretendentes à peregrinação  inscritos  para se fechar o processo da receção de dinheiro .

Depois desta fase, segundo Califa dar-se-á início a preparação dos voos que devem levar os peregrinos, conforme previsão de partida para o próximo dia 26  e o regresso para 11 de Junho.


Califa Cassamá pede aos que estão a ter dificuldades para obtenção de
 passaportes, para comunicarem a situação ao Alto Comissariado, a fim deste intervir para sua facilitação.

 “Este ano há mais rigor e controle. Para  casos da saúde a vacina internacional e a da Covid-19 são obrigatórias por isso pedimos a compreensão das pessoas", disse.

Cassamá informou que hoje serão imprimidos cerca de 200 vistos que serão anexados aos passaportes e que o código da Guiné-Bissau para a peregrinação é o 804 que deve ser colado atrás do passaporte de cada peregrino.

Questionado sobre o número de peregrino já apurado Cassamá explicou que não faz ideia, uma vez que as agências não informaram ainda do número que têm ,mas no que tange a diáspora África /Europa disse já foram  confirmadas cerca de 450 pessoas .

ANG/MSC//SG

Política/ Governo volta a anunciar interdição de mendicidade das crianças nas ruas do país

Bissau, 08 Mai 25 (ANG) – O Governo da Guiné-Bissau, através do Ministério do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé voltou a anunciar , quarta-feira, a interdição de mendicidade das crianças nas ruas do país, noticiou a Rádio Sol Mansi.

O aviso aconteceu após encontro de pouco mais de três horas, com os representantes dos mestres corânicos de todas as regiões do país, incluindo o presidente da União Nacional dos Imames, em Bissau.

Segundo Botche Candé, doravante a tolerância é zero para com as crianças talibés que mendigam nas ruas do país.

Na mesma ocasião, este governante, deu também um aviso sobre  o fim de vendas ambulantes feitas pelas crianças, que em várias ocasiões correm o risco de vida nessas atividades de comércio devido à falta de maturidade.

ANG/JD//SG

Tráfico de seres humanos/ PJ detém sete suspeitos  estrangeiros  ligados à rede de tráfico de pessoas e auxílio à emigração ilegal

Bissau, 08 Mai 25 (ANG) - A Policia Judiciária desencadeou, quarta-feira, uma operação em vários bairros de Bissau que resultou na detenção de sete  suspeitos  estrangeiros ligados à Rede de Tráfico de Pessoas aliciadas a emigração ilegal para Portugal

Nesta mega operação, segundo o site da PJ, consultada hoje pela ANG, foram ainda  apreendidos  documentos, materiais e equipamentos utilizados na organização do alegado crime.

A operação ainda permitiu o desmantelamento de uma estrutura criminosa organizada, liderada por cidadãos estrangeiros, dedicada ao tráfico de pessoas e auxilio emigração ilegal.

A mesma publicação refere que  os agentes conseguiram resgatar mais de 100 vítimas estrangeiros, oriundas da África, maioritariamente da Costa de Marfim e do Mali.

As vitimas  eram mantidas em condições desumanas em várias residências dispersas pela cidade de Bissau, onde são submetidas a situação de penúria e abuso.

De acordo com a mesma publicação, a rede criminosa utilizava vídeos partilhados nas redes sociais, simulando indivíduos a bordo de navios de carga com destino à Europa, partindo do porto de Bissau, para atrair e enganar as vitimas. Além disso, os criminosos faziam-lhes crer que, após sua chegada a Guiné-Bissau, seriam colocados a bordo de embarcações clandestinas rumo a Portugal.

Segundo o site da Policia Judiciária cada candidato à emigração ilegal pagava uma soma que ronda um milhão de fcfa, valor que alimentava o esquema de criminoso.

Acrescentou que em Bissau, as vitimas eram agrupadas em residências com mais de 60 pessoas, onde aguardavam meses a fio por uma oportunidade de embarque clandestina.

As vitimas, indica o site da PJ, são posteriormente transferidas de residências para diferentes bairros, por forma a dificultar a ação das autoridades e prologando o sofrimento das vitimas.

A PJ reafirma seu compromisso de lutar contra o tráfico  de pessoas e de auxílio  à imigração ilegal, reforçando a necessidade de cooperação internacional e a denúncia de atos suspeitos pela população. ANG/LPG//SG

 

     Vaticano/Fumo negro na chaminé  no início do segundo dia de votação

Bissau, 09 Mai 25 (ANG) - Fumo negro voltou hoje a sair da chaminé do Vaticano pelas 11:50 locais (09:50 em Bissau) na primeira votação da manhã no segundo dia do conclave para indicar que os cardeais eleitores não conseguiram escolher um novo papa.

 

Depois de uma primeira e única votação na quarta-feira, os 133 cardeais eleitores voltaram a reunir-se, esta manhã na capela Sistina, para escolher um novo líder da Igreja Católica.

À tarde, os cardeais votam mais uma vez, com o resultado a ser conhecido pelas 19:00 (18:00 em Lisboa).

Se um nome obtiver uma maioria de dois terços, ou 89 votos, o mundo será imediatamente informado pelo fumo branco a sair da chaminé instalada no telhado da capela Sistina, resultado da queima dos boletins.

Caso contrário, será fumo negro a cada duas votações, ou cerca das 12:00 (11:00 em Lisboa) e pelas 19:00 (18:00), durante os restantes dias do conclave, até que um sucessor de Francisco, que morreu a 21 de abril com 88 anos, seja escolhido.

A duração de um conclave é de difícil previsão, mas nos dois últimos foram precisos apenas dois dias para eleger Bento XVI em 2005 e Francisco em 2013.

Entre os favoritos à eleição, contam-se, entre outros, o filipino Luis Antonio Tagle, os italianos Pietro Parolin e Pierbattista Pizzaballa, o maltês Mario Grech e o francês Jean-Marc Aveline. ANG/Lusa

  Ucrânia/Kiev e Moscovo trocam acusações de violação de cessar-fogo

Bissau, 09 Mai 25(ANG) - A Ucrânia e a Rússia trocaram hoje acusações de violação ao cessar-fogo unilateral de três dias decidido pelo Kremlin.




K
iev denunciou ataques "em toda a linha da frente" e Moscovo argumentou responder a ataques ucranianos.

A Rússia tem atacado a Ucrânia ao longo de "toda a linha da frente", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andriï Sybiga, classificando como uma "uma farsa" a trégua de três dias ordenada unilateralmente pelo Presidente russo, Vladimir Putin, e que devia ter entrado em vigor esta madrugada.

"Segundo os nossos dados militares, apesar das declarações de Putin, as forças russas continuam a atacar toda a linha da frente", acrescentou na rede social X. 

Sybiga sustentou que, desde a meia-noite, a Rússia cometeu "734 violações do cessar-fogo" e lançou 63 tentativas de assalto.

Por seu lado, o Exército russo garantiu estar a "cumprir estritamente" o cessar-fogo, mas que tem de "responder" aos ataques ucranianos, a quem acusou de violar a trégua.

"As tropas russas não estão a efetuar ataques aéreos, com mísseis, artilharia ou drones", assegurou o Ministério da Defesa russo na rede social Telegram. 

"As forças armadas russas respondem de forma simétrica às violações do cessar-fogo pelas forças armadas ucranianas", acrescentou.

Pouco depois das 00:00 de hoje, os meios de comunicação social russos indicaram que a trégua de três dias com a Ucrânia, a propósito das comemorações em Moscovo da vitória sobre a Alemanha nazi, entrou em vigor e que terminará à meia-noite de 11 de maio.

A Ucrânia nunca aceitou esta trégua, que descreveu como uma manobra de comunicação, apelando, em alternativa, a um cessar-fogo de 30 dias.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Ucrânia não pode garantir a segurança dos líderes estrangeiros convidados para as cerimónias do Dia da Vitória, na sexta-feira na capital russa, uma declaração recebida pelo Kremlin como uma ameaça.

Tal como fez com a breve trégua da Páscoa, não respeitada, Putin afirmou ter tomado a decisão por razões humanitárias e apelou a Kiev para seguir o exemplo.

A Rússia anunciou na terça-feira a presença de 29 chefes de Estado e de governo na parada militar, entre os quais o primeiro-ministro eslovaco, o populista Robert Fico, que deste modo se distancia dos restantes parceiros da UE.

Quase todos os líderes dos países ocidentais estarão ausentes, incluindo os Estados Unidos, sendo uma das exceções o Presidente sérvio, o nacionalista populista Aleksandar Vucic, que já aterrou em Moscovo, apesar dos avisos de Bruxelas de que os líderes dos países candidatos à UE não deviam comparecer.

 A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.ANG/Lusa

 

      EUA/ "Grande acordo comercial" de Trump será com Reino Unido

Bissau, 09 Mai 25 (ANG) - O presidente norte-americano, Donald Trump, afirm
ou hoje que será anunciado um novo acordo comercial entre Washington e Londres, um compromisso "completo e abrangente, que irá consolidar a relação entre os Estados Unidos e o Reino Unido durante muitos anos".

 

O anúncio sobre o acordo com os britânicos deve ser feito em Washington, às 10:00 locais .

É o primeiro acordo comercial bilateral anunciado desde que Trump começou a aplicar tarifas aos parceiros comerciais dos Estados Unidos.

"Muitos outros acordos, que estão em fases importantes de negociação, estão a vir!", avançou o governante.

Na quarta-feira à noite, o presidente norte-americano já tinha avançado que iria anunciar um "grande acordo comercial" com um "país grande e muito respeitado", mas que não identificou.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou hoje que sempre "agirá no interesse nacional" e proporcionará "segurança e renovação" ao Reino Unido, antes do anúncio planeado pelos Estados Unidos sobre o acordo comercial entre os dois países.

"Estamos em negociações com os Estados Unidos há algum tempo e terão mais detalhes hoje, mas não se deixem enganar, pois agirei sempre no interesse nacional, pelos trabalhadores, empresas e famílias, para trazer segurança e renovação ao nosso país", disse o líder trabalhista num discurso em Londres.

Há muito que o Reino Unido procura assinar um acordo comercial com os Estados Unidos para mitigar o impacto das tarifas anunciadas no mês passado por Donald Trump, que impôs uma taxa de 10% sobre todas as exportações britânicas e uma sobretaxa de 25% sobre o aço, o alumínio e os veículos.

Um dos principais objetivos dos negociadores britânicos tem sido reduzir ou suspender o imposto de importação dos Estados Unidos sobre os automóveis e o aço do Reino Unido.

Os Estados Unidos são o maior destino dos automóveis britânicos, representando mais de um quarto das exportações de automóveis do Reino Unido em 2024, de acordo com o Gabinete Nacional de Estatística.

Os britânicos procuram também isenções para os produtos farmacêuticos, enquanto os Estados Unidos pretendem um maior acesso ao mercado britânico para os seus produtos agrícolas.

O Governo de Starmer já disse que não vai reduzir os padrões alimentares do Reino Unido para permitir a entrada de frango norte-americano tratado com cloro ou carne bovina com hormonas.

O executivo britânico verá o acordo como uma justificação da abordagem branda de Starmer em relação a Trump, que evitou o confronto direto ou críticas.

Ao contrário da União Europeia (UE), o Reino Unido não anunciou tarifas de retaliação sobre os produtos dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos têm um peso significativo na economia do Reino Unido, pois foram o maior parceiro comercial dos britânicos no ano passado, de acordo com as estatísticas governamentais, embora a maior parte das exportações incidam em serviços e não em bens. ANG/Lusa

 

    Bélgica/"Não podemos aceitar uma paz falsa em Gaza ou na Ucrânia"

Bissau, 09 Mai 25 (ANG) - O presidente do Conselho Europeu pediu hoje que não se repita a guerra do Afeganistão, entre os Estados Unidos e os talibãs, ou se aceite uma "paz falsa" na Faixa de Gaza, no conflito entre Israel e Hamas.

 

"Não podemos repetir o Afeganistão. Não podemos aceitar uma paz falsa em Gaza ou na Ucrânia", disse António Costa, no dia em que se assinala o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.

Num discurso no Instituto Universitário Europeu, na cidade italiana de Florença, o presidente da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) vincou: "A Europa tem de continuar a apoiar a Ucrânia no sentido de uma paz justa, impressionante e duradoura, tal como estamos a apoiar a solução de dois Estados no Médio Oriente e estamos empenhados no projeto da Liga Árabe para reconstruir Gaza".

A posição surgiu no dia em que se assinala o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, dado que a 08 de maio de 1945 foi assinada a capitulação incondicional da Alemanha nazi para fim definitivo das hostilidades no continente europeu.

"A paz e a integração europeia caminham lado a lado. Não uma paz fria, não um cessar-fogo, não um ditame, a liberdade que constitui a base da vingança futura. Hoje, essa visão enfrenta os maiores testes de uma geração", acrescentou António Costa.

E lamentou: "Infelizmente, hoje, não podemos celebrar a paz em paz porque a guerra foi escrita no nosso continente sob a forma da agressão brutal da Rússia contra a Ucrânia".

"A paz, como vemos agora, nunca é uma condição permanente. Tem de ser continuamente reivindicada, não só com diplomacia, mas também com clareza, resiliência e a força necessária", argumentou.

Ao vincar que a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, em fevereiro de 2022, "transformou a mentalidade europeia de uma rutura geopolítica para a construção da Europa da defesa", António Costa admitiu tratar-se de um "teste à identidade da Europa". ANG/Lusa

 

Cabo Verde/CPLP apoia candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal a Património da Humanidade

 

Cidade da Praia, 08 Mai (ANG) - Os Estados-membros da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) declararam na reunião ministerial de São Tomé e Príncipe, na quarta-feira, 07, apoiar a candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal a Património da Humanidade.


O apoio está vinculado na declaração final assinada durante a III Reunião Extraordinária dos Ministros Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que aconteceu em São Tomé e Príncipe de 05 a 07 do corrente.

“Apoiar as novas candidaturas dos sítios dos Estado-Membros a Património Mundial da Unesco, nomeadamente do Campo de Concentração do Tarrafal por representar um marco na valorização da memória de resistência dos nossos povos contra a ditadura, a opressão e o aniquilamento das liberdades...”, pode-se ler na declaração final, publicada pelo Ministério da Cultura.

O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga, de acordo com a fonte, augurou este apoio de todos os Estados-membros para esta importante elevação de um “campo de memória dolorosa” mas que faz parte da história de Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau e Portugal.

“Este apoio é de suma importância para o trabalho que antecede aos preparativos que Cabo Verde, juntamente com Angola, Guiné-Bissau e Portugal estão a fazer para a entrega do dossier de candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal de Santiago a Património da Humanidade, marcada para Fevereiro de 2026, à Unesco”, lê-se nesta comunicação.

A declaração final contém 25 compromissos assumidos pelos ministros da Cultura da CPLP, sendo que entre estes está ainda o ponto 18 sobre a restituição de bens culturais.

“Criar sinergias para que os Estados-membros possam definir estratégias e apelar a um diálogo aberto e inclusivo sobre a devolução e restituição de bens culturais, de acordo com os princípios das convenções internacionais nesta matéria, encorajando os Estados-membros a ratificar e implementar estes acordos e convenções”, concluiu a declaração final da reunião de São Tomé e Príncipe.

SR/AA

Inforpress/Fim

 

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Cultura/Estilista guineense residente em Inglaterra, “Alfashion-GB” vai promover desfile de moda em Bissau

Bissau, 07 Mai 25 (ANG) – O Estilista guineense residente em Inglaterra, Alfa Ibrahima Djaló conhecido no  mundo da moda por “Alfashion-GB”, vai promover, no próximo dia 23 de Maio, num dos hotéis em Bissau, um desfile de moda, para a apresentação das suas novas coleções .

Em entrevista concedida à Agência de Noticias da Guiné (ANG) e ao Jornal Nô Pintcha (JNP), “Alfashion-GB” disse que a razão da escolha da  Guiné-Bissau para promover o  desfile se deve ao seu desejo de  fazer com que os guineenses possam  conhecer o seu trabalho e a sua marca “Alfashion-GB”.

O estilista disse que  a Guiné-Bissau é um país com grande potencial para a moda, e que se  os europeus e outras nacionalidades africanas vivem da moda,  os guineenses também podem fazer igual .

“É questão de valorizar tudo que é nosso. É o que os europeus e outros países africanos fazem. Devemos apoiar a nossa arte, tomar parte nos eventos culturais nacionais, usar roupas criadas pelos estilistas nacionais, isso ajuda na redução de desemprego juvenil, e contribui para o desenvolvimento da  economia nacional”, disse  o estilista.

Alfa Djaló disse que , pondo de lado o Patrício Correia, um amigo que lhe motivou a promover um desfile de moda, em Bissau, até ao momento, não tem recebido nenhum apoio singular, e muito menos do Governo.

Das coleções que serão exibidas no dia 23 de Maio durante o desfile, segundo Alfashion-GB, algumas   são adequadas à sociedade guineense.

O estilista promete apresentar novidades, que diz nunca terem sido vistas  pelos guineenses.

“Sou das pessoas que tenta criar boa relação com todo o mundo, apesar de ter a minha particularidade de ser direto com a pessoa, e acho que isso é que me move a ter boas relações com quase todos os estilistas guineenses, tanto na diáspora assim como em Bissau”, disse Alfashon-GB.

Para o desfile previsto para o próximo dia  23 , o  estilista disse que as portas do espaço do seu evento estão abertas para todos os  estilistas que trabalham no mundo da moda, para irem exibir os seus trabalhos.

“Aproveito esta oportunidade para lançar convite à todos os guineenses que entenderem que têm perfil de modelo, e que também desejam desfilar nesta noite, que venham tomar parte no sábado(10 de Maio), no castin que será realizado no monumento de Mártires de Pidjiguiti”,disse.

O estilista radicado em Inglaterra anuncia que pretende instalar alfaiataria e loja no país, para  venda local das suas criações.

Alfa Ibrahima Djaló conhecido no mundo da moda por Alfaishion-GB é filho de pai e mãe guineenses, que durante a sua juventude, andou pelo  mundo da moda, seguindo o caminho dos seus país, usando roupas que  impressionavam à todos. Muito cedo deixou o país e foi viver em Portugal, onde segundo ele, não viveu por muitos anos, e teve que escolher a Inglaterra para residir. Disse que  foi aí que, profissionalmente, se tornou um estilista, com
sua  própria marca.ANG/LLA/ÂC//SG    

       

Religião/ Alto Comissário para Peregrinação à Meca diz que  as candidaturas aumentam cada vez mais

Bissau, 07 Mai 25 (ANG) – O Alto Comissario para a Peregrinação a Cidade Santa de Meca disse, terça-feira, que os preparativos para ida a Arábia Saudita ganhou nova dinâmica na última semana com aumento do número de candidatos à peregrinação, inclusive  de  guineenses no exterior que querem viajar para a cidade de Meca a partir de Bissau.

Califa Soares Cassamá falava à imprensa, após receber a visita  do Imame Central  de Mansoa, região de Oio,  norte do país, que viajou até Bissau para constatar os preparativos da campanha de peregrinação 2025.

Cassama disse estar satisfeito com a visita e agradeceu a disponibilidade do Imame de Mansoa de apoiar, na medida da sua possibilidade, salientando que a dinâmica da inovação que começou com ele não vai parar, uma vez que a base já está criada para que quem vir a substituí-lo um dia possa trabalhar mais à vontade.

 “Não é fácil organizar eventos como estes, principalmente num país como a Guiné-Bissau onde as pessoas pagam pouco ou seja as pessoas possuem dinheiro, mas ficam a espera da bolsa, o que não é o caso este ano. Tal como já disse várias vezes ir à Meca não é obrigatória, como a reza e outros rituais muçulmanas, e quem não for a Meca por questão financeira não está a cometer nenhum delito”, disse.

Cassamá pede aos interessados para se inscreverem à tempo , para facilitar o trabalho porque, se  o prazo acabar não estarão em condições de receber mais candidatos.

O imame Central de Mansoa, Califa Djao Djaló disse que ficou surpreendido com o avanço dos preparativos,  sublinha que a organização realça o nome de um país e apela a colaboração de todos com  o Alto Comissariado para Peregrinação
.

Os peregrinos guineenses devem partir para a Meca  no  próximo dia 26 de Maio estando o regresso previsto para 11 de Junho.

 A Guiné-Bissau terá um total de 751 lugares para esta peregrinação 2025

ANG/MSC/ÂC//SG

ONU/Metade das deslocações forçadas em todo o mundo vão ocorrer em África

Bissau, 07 Mai 25 (ANG) - A Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) prevê que até ao final do ano cerca de metade das deslocações forçadas em todo o mundo ocorram em África, com grandes crises humanitárias a contribuírem para esta realidade.

"continente africano enfrenta uma das suas maiores crises humanitárias em décadas, com mais de 71 milhões de pessoas forçadas a fugir e a abandonar os seus lares até ao final de 2025", indicou a ACNUR.

A República Democrática do Congo (RDCongo) e o Sudão são os dois países onde a situação é mais alarmante, sendo que cerca de nove milhões de pessoas na RDCongo e aproximadamente 13 milhões no Sudão estão "numa situação de deslocação forçada", constatou a ACNUR.

Em Moçambique, país lusófono, a situação humanitária também é crítica, afetada por conflitos em Cabo Delgado e desastres naturais. Atualmente, 2,2 milhões necessitam de assistência, sendo que o ACNUR oferece apoio em saúde e nutrição e promove esforços de paz.

"Falamos de pessoas -- na sua larga maioria mulheres e crianças, muitas delas desacompanhadas -- que neste momento não têm qualquer abrigo, condições de segurança ou água e alimentação para garantir a sua sobrevivência e das suas famílias nas próximas semanas", prosseguiu a agência, acrescentando que "nem o ACNUR nem as organizações parceiras locais, têm reunidas todas as condições para dar resposta às necessidades verificadas, quer devido às dificuldades de financiamento das operações, como à incapacidade de garantir corredores humanitários e a segurança do pessoal humanitário que luta diariamente para ajudar todas estas pessoas".

Na RDCongo, a crise humanitária agravou-se desde o final de 2024, com mais de 7,8 milhões de deslocados internos, o segundo maior número do continente, e 1,1 milhões de refugiados, tendo o ACNUR reportado um aumento de "450% de novas entradas" de refugiados congoleses no Burundi e Uganda face ao ano anterior.

A chegada de "cerca de 139 mil refugiados", desde janeiro, sobrecarrega os centros de acolhimento, levando ao aumento de casos de cólera e desnutrição infantil, com "2,3 milhões de pessoas em quatro províncias afetadas pelo conflito em curso a enfrentarem uma situação potencialmente fatal nos próximos meses, a menos que sejam tomadas medidas urgentes", alertou o parceiro nacional do ACNUR.

No Sudão, o conflito, que dura há dois anos, provocou uma emergência humanitária sem precedentes, sendo que "um em cada 13 refugiados no mundo" é sudanês.

Cerca de 13 milhões de pessoas já foram obrigadas a fugir, com quatro milhões a terem de procurar refúgio em países vizinhos, como o Chade, Egito, Etiópia e África Central, alguns deles também territórios muito pobres e vulneráveis e sem capacidade para dar resposta a todas estas pessoas.

No entanto, as consequências desta crise humanitária são ainda mais devastadoras, com mais de 24 milhões de sudaneses -- mais de metade da população do país -- a enfrentarem uma situação de fome extrema, incluindo 15 milhões de crianças em necessidade urgente de assistência.

O ACNUR tem recebido relatos de graves violações dos Direitos Humanos, incluindo violência sexual sistemática, e tem vindo a reportar violentos ataques a campos de deslocados em Darfur, Sudão, que acolhiam mais de 700 mil pessoas, obrigando dezenas de milhares a fugir novamente.

"A escassez de alimentos, água potável e medicamentos está a transformar uma crise humanitária numa catástrofe absoluta", afirmou a responsável de comunicação e relações externas de Portugal com ACNUR, Joana Feliciano, apelando para que estas crises não sejam ignoradas e para a urgência do financiamento. ANG/Lusa

 

Médio Oriente/Seis países europeus condenam novo plano de Israel para Gaza

Bissau, 07 Mai 25 (ANG) - Seis países europeus condenaram hoje o novo plano de Israel para Gaza, território que sublinham ser "parte integrante do Estado da Palestina" e que "pertence ao povo palestiniano".

Numa declaração conjunta "sobre o plano israelita para alargar as suas operações militares em Gaza", os ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Espanha, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Noruega e Eslovénia expressam "grande preocupação" em relação ao anúncio de Israel, que prevê também, sublinham, "estabelecer uma presença israelita prolongada" naquele território palestiniano.

"Isto ultrapassaria mais um limite, marcaria uma nova e perigosa escalada e poria em risco qualquer perspetiva de uma solução viável para dois Estados [Israel e Palestina]", defendem os seis ministros.

Para estes países, "uma nova escalada militar em Gaza vai unicamente agravar a situação já de si catastrófica para a população civil palestiniana e pôr em risco a vida dos reféns que permanecem em cativeiro".

"Rejeitamos firmemente qualquer mudança demográfica ou territorial em Gaza, incluindo qualquer plano que force ou facilite a deslocação permanente da sua população, o que seria uma violação do Direito internacional. Também nos opomos firmemente a um sistema que não garanta que toda a população tenha acesso a ajuda humanitária. Gaza é parte integrante do Estado da Palestina, que pertence ao povo palestiniano", lê-se na declaração dos seis chefes da diplomacia.

Os ministros acrescentam que Israel impede há mais de dois meses o acesso a ajuda humanitária por parte da população de Gaza, assim como o abastecimento comercial do território, e pedem ao Governo de Telavive que "levante imediatamente o bloqueio".

"É essencial facilitar ajuda a todos os civis que dela precisam, sem discriminação, e respeitar os restantes princípios humanitários de imparcialidade, independência e neutralidade", afirmam.

Para estes países, "o que é necessário com mais urgência do que nunca" é "retomar o cessar-fogo" em Gaza "e libertar incondicionalmente todos os reféns" feitos pelo grupo islamita radical Hamas em outubro de 2023, num ataque em território israelita.

Na segunda-feira, o governo israelita anunciou o lançamento de uma nova campanha militar que inclui a "conquista" da Faixa de Gaza e a deslocação maciça da sua população dentro do território.

"Gaza será totalmente destruída", afirmou na terça-feira o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, de extrema-direita, quando questionado sobre a sua visão para o período pós-guerra em Gaza.

Depois de ter sido deslocada para sul, a população de Gaza começará a "partir em grande número para países terceiros", afirmou Smotrich numa conferência no colonato israelita de Ofra, na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967. ANG/Lusa

 

            Cabo Verde/ Governo acolhe Obangame Express 2025

Bissau, 07 mai 25 (ANG) - Cabo Verde acolhe, pela primeira vez, desde segunda-feira e até  16 de Maio, o Estado-Maior do Exercício Obangame Express 2025 - um dos maiores exercícios combinados de segurança marítima da África Ocidental e Central, promovido e patrocinado pelo Comando dos Estados Unidos para a África (United States Africa Command - AFRICOM) e facilitado pelas Forças Navais dos Estados Unidos da Sexta Frota. 

A coordenação do Exercício OBANGAME EXPRESS 2025 acontece a partir de Cabo Verde, o que segundo o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, contra-almirante António Duarte Monteiro, constitui um reconhecimento da crescente relevância estratégica do país no contexto da segurança marítima internacional. Cabo Verde participa com meios humanos e com os centros sedeados na capital, cidade da Praia.

Vamos participar no exercício com os Centros de Coordenação de Busca e Salvamento. O Centro do Cosmar, que está localizado na cidade da Praia, é um dos centros mais antigos da África Ocidental. Temos aqui também o Centro da Zona G, que é uma demonstração inequívoca do comprometimento de Cabo Verde no que tange a segurança marítima. Vamos participar ainda com fuzileiros navais, polícias judiciais, com militares que vão fazer formação que será conduzida pelos nossos parceiros internacionais da Interpol e de outras organizações. Vamos ter algumas embarcações também que vão participar nessas operações. Portanto, Cabo Verde tem um conjunto de equipamentos e de recursos humanos que vão participar neste exercícioafirmou o contra-almirante António Duarte Monteiro, em declarações à imprensa, após a cerimónia de abertura do Exercício Obangame Express 2025, que decorreu, esta segunda-feira, na cidade da Praia.

Durante o Obangame Express considerado um dos maiores exercícios combinados de segurança marítima da África Ocidental e Central, as forças dos EUA vão trabalhar juntamente com 27 nações para melhorar a capacidade combinada de aplicação da lei marítima, promover a segurança nacional e regional na África Ocidental e aumentar a interoperabilidade entre os EUA, parceiros africanos e multinacionais.

Participam altas patentes militares de países-membros da Arquitectura de Yaoundé, parceiros internacionais como Brasil, França, Itália, Portugal, Marrocos, Dinamarca, Espanha, Tunísia e Holanda, bem como representantes de organizações como a Interpol, UNODC e MAOC-N.

Para além de Cabo Verde e dos Estados Unidos, participam do Exercício Obangame Express 2025: França, Angola, Benin, Camarões, Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Gabão, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Marrocos, Libéria, Nigéria, República do Congo, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, Senegal, Gâmbia, Togo, Tunísia, Bélgica, Itália, Países Baixos, Espanha, Reino Unido e Dinamarca.

O Obangame Express é um dos três exercícios regionais marítimos liderados pela Sexta Frota dos EUA como parte de uma estratégia abrangente para fornecer oportunidades colaborativas às forças africanas e parceiros internacionais para enfrentar as preocupações com a segurança marítima.

O Comandante da Sexta Frota dos EUA, com sede em Nápoles, Itália, realiza o espectro completo de operações conjuntas e navais, muitas vezes em colaboração com aliados, parceiros internacionais e outros departamentos e agências do governo dos EUA para avanços nos interesses nacionais dos EUA, segurança e estabilidade na Europa e África. ANG/RFI