Ambiente/Governo e parceiros promovem Workshop para
uma “abordagem sensível” às crianças e adolescentes
Bissau, 03 Jun 25 (ANG) – O
Governo, através do Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática
(MABAC), em parceria com o Fundo das
Nações Unidas para Infância (UNICEF) e o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), promoveram, hoje, um Workshop Nacional, para uma “abordagem
sensível” às crianças e adolescentes.
Ao presidir a cerimónia de
abertura do evento, João Lona Tchedna, em representação do ministro do
Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, disse
que o
encontro é um marco significativo no processo de construção coletiva da
nova Contribuição Nacionalmente Determinada da Guiné-Bissau, a (NDC3.0), que
será apresentado na COP30, em Brasília.
Lona Tchedna disse ainda que
o referido encontro visa a atualização técnica dos compromissos climáticos e também uma oportunidade histórica para reafirmar que
nenhuma estratégia climática será verdadeiramente eficaz se não integrar a
dimensão humana, e em particular, o futuro das crianças e adolescentes.
Defendeu que o impacto das alterações climáticas sobre os
mais jovens é profundo e desproporcional.
“Eles enfrentam os riscos de
insegurança alimentar, doenças agravadas pelo clima, deslocamentos forçados e
interrupções na educação, no entanto, raramente são ouvidos ou considerados nos
processos decisórios, e é a responsabilidade do Governo corrigir esse
desequilíbrio”, disse Tjedna.
João Lona Tchedná reiterou que o Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, com apoio dos seus parceiros
de desenvolvimento, está firme e comprometido em fazer do NDC3.0 um instrumento
sensível à infância, garantindo que a participação das crianças e adolescentes
seja assegurada nos processos de escuta e consulta.
As ações climáticas, diz
Tchedna , contemplam, explicitamente, a proteção dos direitos da criança, como
a educação, saúde e o ambiente saudável e o financiamento climático contempla investimentos dedicados à infância,
especialmente nas comunidades mais vulneráveis.
Em representação do UNICEF,
Sandra Matias disse ser com grande honra
que a organização se junta ao momento de reflexão e construção coletiva da Atualização da Contribuição Nacionalmente Determinada
(CDN3.0, da Guiné-Bissau para 2025).
Felicitou o engajamento do ministro do Ambiente,
Biodiversidade e Ação Climática, por liderar o referido Workshop, que diz ser
uma oportunidade única de integrar vozes influentes e não tradicionais, tais como de professores, médicos, enfermeiros, académicos,
e grupos de paz, no processo de formulação de políticas climáticas mais
inclusivas e sensíveis à crianças.
“A crise climática é acima
de tudo, uma crise dos direitos das crianças, as crianças e adolescentes
da
Guiné-Bissau, que representam mais da metade de população deste país estão
entre as mais vulneráveis aos impactos das ações climáticas, apesar de serem os
que menos contribuem para as estratégias”, sublinhou Sandra Matiasp
Para aquela responsável, uma
CDN3.0 sensível à crianças, não é uma opção, mas sim uma obrigação moral e estratégica.
“Significa integrar a
resiliência climática nos setores sociais, como a saúde, educação, água, saneamento e a higiene. O UNICEF, em
colaboração com o PNUD, tem um grande prazer de apoiar o Governo da
Guiné-Bissau neste domínio.
Neste encontro de um dia
prevê-se a apresentação do relatório
sobre o impacto das alterações climáticas sobre as crianças, debate
sobre desafios, oportunidades e preparação da CDN 2025, entre outros temas. ANG/LLA/ÂC//SG