Bielorrússia/Lukashenko diz que actuou
“conforme a lei” no desvio do avião
Bissau, 26 Mai 21 (ANG) - Os 15 membros do
Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas vão discutir o caso do
avião desviado pela Bielorrússia na reunião do conselho esta quarta-feira.
A informação foi avançada por fontes
ligadas à diplomacia da ONU, como avançou a Reuters e, no Twitter, a
jornalista Amanda Price, que referem que a Estónia, a Irlanda e a França vão
pedir para o assunto ser debatido por esta entidade.
A NATO pediu a libertação do jornalista
detido.
A ONU exige a libertação imediata do
jornalista opositor detido em Minsk, após o desvio de um avião pelas
autoridades bielorrussas e exigiu provas de que não foi torturado.
"Exigimos a libertação imediata de
Roman Protassevich e de Sofia Sapéga, que devem ter permissão para chegar ao
destino pretendido na Lituânia",
declarou um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos,
Rupert Colville.
É improvável que Conselho de Segurança da
ONU consiga chegar a um acordo com vista a uma declaração conjunta, já que a
Rússia é um dos membros permanentes do Conselho de Segurança, e tem o poder de
veto sobre qualquer decisão neste sentido.
O Presidente da Bielorrússia, Alexander
Lukashenko, afirmou esta quarta-feira que os "ataques
ultrapassam as linhas vermelhas" referindo-se às
reacções internacionais provocadas pelo desvio de um avião para
deter um opositor.
"Os nossos adversários do estrangeiro
e do interior do país mudaram os métodos para atacarem o nosso Estado.
Ultrapassaram uma infinidade de linhas vermelhas. Passaram para lá dos limites
do entendimento da moral", disse
Lukashenko.
As autoridades bielorrussas detiveram no
domingo o jornalista Roman Protasevich, depois de o Presidente bielorrusso,
Alexander Lukashenko, ter ordenado que o voo da companhia aérea Ryanair, que
fazia a rota de Atenas para Vílnius, capital da Lituânia, fosse desviado para o
aeroporto de Minsk.
Roman Protasevich, de 26 anos, é o
ex-chefe de redacção do influente canal Nexta, que se tornou a principal fonte
de informação nas primeiras semanas de protestos antigovernamentais após as
eleições presidenciais de Agosto de 2020.ANG/RFI
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