Greves/Porta-voz dos sindicatos de professores diz
que foram coagidos pelo Chefe de Estado para pôr fim a paralisação
Bissau, 18 de Mai 21(ANG) –
O Porta-voz dos dois sindicatos de professores, nomeadamente o Sindicato
Nacional de Professores( SINAPROF) e
Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) afirmou hoje que foram coagidos
pelo Chefe de Estado para pôr fim a greve no ensino público.
Alfredo Biaguê que falava em conferência de imprensa disse que Umaro
Sissoco Embaló os convocou ao encontro de segunda-feira e ordenou-os que
pusessem fim a greve no sector do ensino,
caso contrário vão ser recrutados militares, polícias com nível a partir do 12
ano de escolaridade e formados da Escola Nacional da Administração para substituir os professores.
Explicou que o responsável
dos estudantes afirmou que existe falta de vontade negocial por parte do
executivo.
Biaguê culpou o ministro da
Administração Pública de não ter informado o Presidente da República que na
reunião passada houve consenso em quase 75 por cento dos pontos constantes no
caderno reivindicativo.
Por sua vez, o Presidente da
Comissão Negocial da greve , convocada pela União Nacional dos Trabalhadores da
Guiné (UNTG)João Domingos da Silva
disse que a greve vai continuar de pé, e sustenta que os
trabalhos que a UNTG está a fazer é para o bem dos servidores públicos.
Acrescentou que central
sindical entendeu que o referido encontro com o governo, realizava-se
na sequência da reunião do dia 07 deste mês, entre o executivo, Ministério da
Administração Pública e UNTG, no qual se apresentou a
contra proposta da Central Sindical, faltando apenas a definição da modalidade
de sua aplicação.
Aquele sindicalista afirmou
que Umaro Sissoco Embaló, depois de se aperceber da ausência do Secretário-geral
da UNTG na sala, pediu a equipa negocial da central sindical para abandonar a
sala, afirmando que nunca mais o governo iria se sentar a mesma mesa com eles.
A UNTG tem estado a promover
greves longos desde Dezembro passado, paralisando os sectores de ensino e da
saúde, pondo em causa os anos lectivos e a saúde pública. Reivindica a anulação da admissão na Função Pública de
funcionários que não passaram por concurso público de admissão, o aumento do
salário mínimo de 50.000,00fca para 100.000,00fcfa entre outras.ANG/JD/ÂC//SG
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