Covid-19/Mais 2.403 mortos e 82.039
casos no Brasil em 24 horas
Bissau, 21 Mai 21 (ANG)
– O Brasil contabilizou 2.403 mortos e 82.039 casos de covid-19 nas últimas 24
horas, elevando o total para 444.094 óbitos e 15.894.094 infecções desde o
início da pandemia, informou hoje o executivo.
Os dados integram o
último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde brasileiro, que dá conta
de uma taxa de incidência da doença de 211 mortes e 7.563 casos por 100 mil
habitantes.
Já a taxa de letalidade
permanece fixada em 2,8% há várias semanas consecutivas.
Ainda nas últimas 24
horas, o Brasil foi o segundo país do mundo que mais mortes e casos positivos
de covid-19 registou, apenas atrás da Índia.
Em números absolutos, o
Brasil continua a ocupar a segunda posição mundial na lista de países com mais
vítimas mortais, superado pelos Estados Unidos, e a terceira com mais casos,
também antecedido pela nação norte-americana e pelos indianos.
Dentro do Brasil, o foco
da pandemia continua a ser o Estado de São Paulo, que concentra 3.147.348 casos
de infecção e 106.437 vítimas mortais.
No momento em que o
ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil avança lentamente, enfrentando
escassez de doses, o embaixador da China no Brasil usou as redes sociais para
anunciar a cedência de novos lotes de Ingrediente Farmacêutico Activo (IFA)
para produção de imunizantes no país sul-americano.
O anúncio foi feito após
uma reunião do diplomata com os governadores estaduais Wellington Dias, do
Piauí; João Doria, de São Paulo; Flávio Dino, do Maranhão; e Waldez Góes, do
Amapá.
“Na conversa com o Fórum
dos Governadores informei a liberação dos novos lotes de IFA pra produzir, no
total, 16,6 milhões de doses da Coronavac [do laboratório chinês sinovac] e da
vacina AstraZeneca, que chegarão ao Brasil nos próximos dias. A China, fraterna
com o povo brasileiro, está comprometida em parceria de vacinas”, escreveu Yang
Wanming no Twitter.
Segundo o governador
Flávio Dino, citado pelo jornal O Globo, o embaixador abriu outras
possibilidades, como a compra de vacinas já prontas.
“Como não vemos
horizonte científico imediato para o fim desta pandemia, temos que olhar as
opções para a frente. A União Europeia já está a fazer reuniões sobre a
vacinação de 2022/2023. Isso sugere que, diferentemente dos irresponsáveis do
Governo Federal, temos que cuidar da emergência e do futuro”, disse o
governador, tecendo críticas ao executivo, presidido por Jair Bolsonaro, cuja
gestão tem dirigido ataques a Pequim.
Ainda para Flávio Dino,
as reuniões dos governadores directamente com o embaixador chinês são
necessárias, por considerar que Bolsonaro continua a ofender o país asiático.
“Externamos a
solidariedade e desagravo diante das reiteradas ofensas ao povo chinês, para
quebrar o mal-estar quando isto acontece. É uma forma de registarmos
formalmente que existe um comprometimento nosso da boa relação com a China.
Talvez, pela primeira vez na história, a paradiplomacia está a ser tão
necessária”, frisou.
Recentemente, Jair
Bolsonaro, sem citar explicitamente a China, insinuou que o novo coronavírus
pode ter sido criado em laboratório para uma “guerra química” e questionou
“qual o país” cujo PIB (Produto Interno Bruto) “mais cresceu” durante a
pandemia.
Outros membros do
Governo e até mesmo um dos filhos do Presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro,
também já fizeram declarações insinuando que o novo coronavírus foi criado na
China para atender aos seus interesses económicos.
A pandemia de covid-19
provocou, pelo menos, 3.419.488 mortos no mundo, resultantes de mais de 164,8
milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa
AFP. ANG/Inforpress/Lusa
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