terça-feira, 25 de maio de 2021

Sociedade/LGDH e parceiros capacitam activistas sociais em matéria de combate ao crime organizado e tráfico de drogas

Bissau, 25 Mai 21 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento  (PNUD), UNODC e Global Iniciative promovem a partir desta terça-feira e até 27 do corrente mês, uma acção de capacitação dos activistas sociais provenientes de todas as regiões do país,  em matéria de combate ao crime organizada e tráfico de drogas.

Ao presidir o acto de abertura do seminário, o Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva disse que a criminalidade organizada e tráfico de drogas comportam consigo um conjunto de impactos económicos, sociais e políticos devastadores que ameaçam a paz e segurança internas.

ʺNa Guiné-Bissau persiste um conjunto de factores sociais, económicos e políticos que facilitam o crescimento de redes de criminalidade organizadas, mormente no que tange ao trafico da droga, corrupção e branqueamento de capital, estes factores são fomentados pela impunidade generalizada e caucionados pela ausência de vontade política para a mudança do paradigma” frisou.

Para este responsável é fundamental reverter a actual tendência no país, que passa necessariamente pela intervenção proactiva da sociedade civil no sentido de promover maior transparência e responsabilidade dos decisores públicos, na definição e implementação de políticas públicas ligadas a segurança e à administração da justiça.

Augusto Mário da Silva sustenta que com o mundo cada vez mais globalizado, fruto do incontornável desenvolvimento tecnológico, o combate à criminalidade organizada requer do Estado maior articulação, tanto com os
seus congéneres quanto com os seus cidadãos, de forma a corresponder aos desafios impostos pelas redes criminosas.

ʺPartindo da premissa de que a prevenção e resposta à criminalidade organizada requerem uma intervenção multidimensional  e integrada, a LGDH irá privilegiar a abordagem integrada, trabalhando directamente com diversos atores sociais e políticos para a promoção de mudanças sociais capazes de optimizar o impacto e sustentabilidade da intervenção da sociedade”, prometeu.

Augusto Mário afirmou igualmente que a LGDH irá capitalizar suas redes de contacto e experiência para desenvolver acções de advocacia  para influenciar  os processos de elaboração de politicas públicas para a Prevenção e resposta à criminalidade organizada.

Por sua vez, Luana Natali  em representação do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento PNUD disse que é um prazer trabalhar com a LGDH para reforçar a capacidade de intervenção dos activistas da sociedade civil na construção de uma opinião pública informada sobre a corrupção, violação de direitos humanos e tráfico de drogas.

Natali disse que nenhuma instituição pode enfrentar sozinha o impacto do crime organizado e do tráfico de drogas , e que a sociedade civil tem o papel crucial de incentivar e encorajar a participação proactivo da população no combate á impunidade, violação de direitos humanos e criminalidade organizada, através de acções de sensibilização e de construção de uma opinião pública informada e crítica.        

De acordo com esta responsável, para a mudança de paradigma é crucial o reforço da capacidade institucional das organizações de defesa de direitos humanos para mitigar os riscos associados á insegurança,  violação de direitos humanos, à corrupção e ao trafico de drogas.

ʺEsta valiosa iniciativa de ação de formação, fruto de uma parceria entre PNUD, a UNODC, o Global Iniciative (GI) e sobretudo a LGDH vem respondendo ao estipulado no objectivo de Desenvolvimentos Sustentável número 16 -  ʺPromover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, fornecer acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas”, referiu.ANG/MI/ÂC     

      

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