Covid-19/Àsia regressa a confinamentos
com aumento de novos casos
Bissau, 21 Mai 21 (ANG) - Uma nova vaga da pandemia de covid-19 está a obrigar partes da Ásia a introduzir intensivas medidas de confinamento, perante o aumento de número de contágios e de mortes.
A escassa população
da Mongólia viu o número de mortos subir de 15 para 239, enquanto Taiwan, que
foi considerado um caso de sucesso na luta contra o novo coronavírus, registou
mais de 1.200 casos desde a semana passada e colocou mais de 600.000 pessoas em
isolamento por duas semanas.
Hong Kong e
Singapura adiaram pela segunda vez a possibilidade de retomar viagens entre si
sem quarentena, após um surto de origem incerta em Singapura.
A China, que
praticamente tinha eliminado os casos de infecções, viu novos casos de
covid-19, aparentemente devidos ao contacto com pessoas que chegam do exterior.
A situação está a
prejudicar os esforços para o regresso ao normal da vida social e económica na
Ásia, especialmente em escolas e setores como o turismo, que depende do
contacto pessoal.
Em Taiwan, o aumento
de novos casos de contágio está a ser impulsionado pela variante mais
facilmente transmissível identificada pela primeira vez no Reino Unido, de
acordo com Chen Chien-jen, epidemiologista e ex-vice-Presidente da ilha, que
liderou a muito elogiada resposta à pandemia no ano passado.
Em Wanhua,
normalmente uma área movimentada de Taiwan com barracas de comida, lojas e
locais de entretenimento, o mercado noturno de Huaxi e o templo budista
Longshan estão encerrados.
A ilha fechou todas
as escolas e as restrições foram ampliadas a todo o território: restaurantes,
ginásios e outros locais públicos foram encerrados e reuniões de mais de cinco
pessoas em ambientes fechados e mais de 10 pessoas ao ar livre foram proibidas.
A Presidente de
Taiwan, Tsai Ing-wen, procurou tranquilizar as pessoas que procuravam voltar a
circular livremente, mas foram confrontadas com novas medidas de confinamento.
"Continuaremos
a fortalecer a nossa capacidade médica", disse Tsai, acrescentando que as
vacinas devem chegar em breve.
A Malásia impôs
inesperadamente um confinamento de um mês, até 07 de Junho, depois de as
autoridades terem registado aumentos acentuados no número de novas
contaminações e o aparecimento de novas variantes do vírus.
Este é o segundo
confinamento geral em pouco mais de um ano e ocorre depois de os casos terem
quadruplicado desde janeiro no país, sendo agora mais de 485.000, incluindo
2.040 mortes.
As viagens entre os
estados da Malásia, bem como as actividades sociais, estão proibidas, as
escolas estão fechadas e os restaurantes podem fornecer apenas serviço de
entrega, quando os hospitais estão quase a esgotar a sua capacidade de atender
mais doentes com covid-19.
Singapura impôs
severas medidas de distanciamento social até 13 de Junho, restringindo as
reuniões públicas a duas pessoas e proibindo o serviço de jantar em
restaurantes, depois de um significativo aumento no número de novas infecções
com o novo coronavírus.
As escolas voltaram
ao regime de ensino à distância, após os alunos de várias instituições de
ensino terem sido contaminados.
Hong Kong respondeu
a novos surtos aumentando a exigência de quarentena de 14 para 21 dias para
viajantes não vacinados que chegam de países de "alto risco",
incluindo Singapura, Malásia e Japão, bem como da Argentina, Itália, Holanda e
Quénia.
A China montou
postos de controle em aeroportos e estações ferroviárias na província de
Liaoning, onde novos casos foram registados esta semana.
Os viajantes devem
ter prova de um recente teste de vírus negativo e os testes em massa foram
exigidos em Yingkou, uma cidade portuária com conexões marítimas para mais de
40 países.
A Tailândia registou
35 mortes na terça-feira e 29 hoje, os mais elevados números desde o início da
crise sanitária, elevando o número total de óbitos para 678.
Nas Filipinas, o
Presidente Rodrigo Duterte suavizou as medidas de combate à pandemia,
procurando combater a crise económica e a fome, mas continua a impedir reuniões
públicas, numa época de festividades religiosas no país.
As infecções de
covid-19 nas Filipinas aumentaram em março para os piores níveis da Ásia,
ultrapassando 10.000 novos casos por dia e levando Duterte a impor confinamento
em Manila, em Abril.
O secretário de
Saúde filipino, Francisco Duque, disse que a retoma parcial das atividades
económicas, o aumento do não cumprimento das restrições e o rastreio inadequado
das pessoas expostas ao vírus combinaram-se para desencadear o aumento
acentuado das infecções.ANG/Angop
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