sexta-feira, 9 de setembro de 2022

                Óbito/Mundo reage ao desaparecimento de Isabel II

Bissau, 09 Set 22 (ANG) - De Washington a Nova Déli, passando por Paris e Dublin, capitais e personalidades de todo o mundo saudaram a monarca e as suas sete décadas de reinado.

As reacções multiplicam-se, e nas redes sociais os internautas partilham mensagens de pesar pela morte de uma monarca que conheceu 15 primeiros-ministros durante o seu reinado.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, escreveu no Twitter estar “profundamente triste pelo falecimento de Sua Majestade Rainha Isabel II, admirada em todo o mundo pela sua liderança e devoção”.

O Papa Francisco disse estar "profundamente entristecido" pela morte de Isabel II, prestando homenagem "à sua vida de serviço inabalável" e pelo "seu exemplo de devoção ao dever". Num telegrama em inglês endereçado ao novo rei, o soberano pontífice apresentou as suas "sinceras condolências" à família real e à população britânica e garantiu a Carlos III as suas orações.

“Ela foi uma grande amiga das Nações Unidas e uma presença tranquilizadora através de décadas de mudança”, acrescentando que “a sua dedicação inabalável será lembrada por muito tempo”.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, lembrou que Isabel II “representou a continuidade e a unidade da nação britânica durante 70 anos” e recordou-a como “uma amiga de França, uma rainha de coração bondoso que deixou uma impressão indelével no seu país e no seu século”.

Também o Chanceler alemão, Olaf Scholz, descreve a rainha como “um modelo e inspiração para milhões, incluindo aqui na Alemanha” e destaca que “o seu compromisso para com a reconciliação germano-britânica após os horrores da Segunda Guerra Mundial não será esquecido”.

“Ela deixará saudadas, não menos pelo seu maravilhoso sentido de humor”, escreve Olaf Scholz.

O primeiro-ministro português, António Costa, também partilhou a “tristeza" da "notícia do falecimento de Sua Majestade a Rainha Isabel II”, acrescentando que “o reinado de 70 anos marcou a história britânica desde a segunda grande guerra”.

“As minhas sentidas condolências à família real e ao povo do Reino Unido”, transmite António Costa.

É com tristeza que recebemos a notícia do falecimento de Sua Majestade a Rainha Isabel II. O seu reinado de 70 anos marcou a história britânica desde a segunda grande guerra. As minhas sentidas condolências à família real e ao povo do Reino Unido.

A rainha Isabel II foi testemunha privilegiada do fim do Império britânico e da independência africana

Ao longo de seus 70 anos de reinado, a monarca manteve estreitos laços com o continente africano. A ligação da rainha com o continente é especial porque foi em África que ela se tornou rainha. Em 1952, Isabel tinha 25 anos e estava numa viagem no Quénia quando o pai, Jorge VI, morreu de cancro no pulmão. A notícia é, na altura, anunciada pelo marido, o príncipe Filipe, o duque de Edimburgo.

O Presidente da Costa do Marfim Alassane Ouattara lembrou "a memória de uma estadista excepcional, com grandes qualidades humanas", transmitindo as "mais sentidas condolências ao rei Carlos III, à família real e ao povo britânico", saudando "a memória de uma estadista excepcional, com grandes qualidades humanas".

O chefe de Estado senegalês, Macky Sall, e actual presidente da União Africana (UA), saudou "a memória da ilustre falecida", a rainha Isabel II, "com uma carreira excepcional", que faleceu esta quinta-feira aos 96 anos. “Endereço as minhas sinceras condolências ao governo e ao povo britânico. Saúdo a memória da ilustre falecida, com uma carreira excepcional. Paz à sua alma”, disse o Presidente senegalês no Twitter.

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, prestou homenagem à rainha Isabel II, saudando uma "figura extraordinária" que levou "uma vida notável"“A sua Majestade foi uma figura pública extraordinária e de renome mundial que levou uma vida notável. Sua vida e seu legado permanecerão gravados na memória de muitas pessoas ao redor do mundo”, disse o chefe de Estado sul-africano.

A rainha Isabel II morreu aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos do mais longo reinado da história do Reino Unido.

Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, e tornou-se Rainha de Inglaterra em 1952, aos 25 anos, na sequência da morte do pai, George VI, que passou a reinar quando o seu irmão abdicou.

Após a morte da monarca, o seu filho primogénito assume, sábado, aos 73 anos as funções de rei como Carlos III.

Os britânicos começaram a prestar homenagem à rainha Isabel II, afluindo a vários dos palácios reais desde quinta-feira. Em Londres, o Palácio de Buckingham tornou-se no principal local de peregrinação. As multidões começaram a juntar-se ainda durante a tarde e continuaram a formar-se ao longo da noite junto ao Palácio de Buckingham.

No portão, o aviso formal da morte da rainha Isabel II aos 96 anos em Balmoral na Escócia. No chão, alguns ramos de flores 

O ambiente é de choque, emoção e respeito. As cerimónias fúnebres de Isabel II e de confirmação do monarca deverão durar pelo menos 10 dias. ANG/RFI/Angop

 

 

 

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