sexta-feira, 24 de julho de 2020

Sociedade/ Milhares de guineenses manifestaram quinta-feira em Bruxelas contra situação política na Guiné-Bissau

Bissau,24 Jul 20(ANG) - Milhares de cidadãos guineenses que vivem na Europa manifestaram-se quinta-feira,  diante da sede da União Europeia (UE), em Bruxelas, Bélgica, para denunciar aquilo que consideram de golpe de Estado e violação da Constituição República por parte das atuais autoridades da Guiné-Bissau.

Os manifestantes saíram de diferentes países da Europa (Portugal, Espanha, França, Alemanha, Suíça, Luxemburgo, Inglaterra...) e deslocaram-se à Bruxelas, onde decorreu a manifestação.

Estão inconformados com o facto de se ter reconhecido Umaro Sissoco Embaló, que assumiu o poder em Fevereiro passado, e que foi, posteriormente, reconhecido pela CEDEAO, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

Os manifestantes apelavam ao respeito da "legalidade", utilizando slogans como "golpe de Estado" ou "Governo narco-golpista" e declaravam-se indignados com a atitude dos europeus nesta contenda denunciando o papel que consideram dúbio de algumas potências regionais, caso do Senegal, Níger, Nigéria e Gâmbia.

Flávio Baticã Ferreira, um dos organizadores da manifestação disse que entregaram desde Março cartas à Comissão Europeia para o conselho Europeu e o Parlamento Europeu.

“Responderam nos  a dizer que nunca a União Europeia reconheceria o Umaro Sissoco Embaló enquanto presidente da república enquanto o Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau não resolvesse o contencioso eleitoral”, referiu. Quem financia essa força da CEDEAO [estacionada desde 2012] é a própria União Europeia. E a UE não pode continuar a financiar uma força que não consegue resolver o problema do país”, referiu.

Ferreira acrescentou que a Guiné-Bissau tornou-se num campo de ensaio das potências regionais, e  que hoje, praticamente, a Guiné-Bissau não é um Estado soberano, “é dirigido, de longe, através do Senegal, do Níger, da Nigéria e da própria Gâmbia".

Interrogado sobre se, após a CEDEAO, mediadora para o país, ter reconhecido as novas autoridades de Bissau, não seria normal que a União Europeia tomasse idêntica posição Flávio Baticã Ferreira descartou tal cenário afirmando que "não é normal por saber que há um contencioso eleitoral na Guiné-Bissau" e "devem ajudar a reforçar as instituições democráticas dos Estados membros, não a substituí-las".

Flávio Baticã Ferreira, organizador principal do protesto, afirmava-se muito satisfeito com a adesão ao movimento,  e disse que entre quarta e quinta-feira 3 dirigentes do movimento devem voltar a Bruxelas com a perspectiva de se avistarem com o chefe da diplomacia Josep Borrell.

 O protesto de quinta-feira passou pela entrega de um documento às autoridades dos 27 acerca da situação política guineense.

"Fiquei muito satisfeito. A polícia nos disse que temos mais de 1 000 pessoas, o guineense da diáspora tem cada vez mais consciência de que tem que agir em defesa do seu próprio país", destacou.

 "Esperamos que na próxima quarta ou quinta-feira que [Borrell] nos possa receber para podermos explicar o que se passa na Guiné-Bissau e a posição que a diáspora pretende que a União Europeia, enquanto parceiro principal da União Africana, deve exercer no conflito guineense.

 A situação prestada se relaciona, entre outros, ao facto de o actual Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló ter assumido o poder sem que os protestos de sua vitoria eleitoral pelo Domingos Simões Pereira tivesse uma decisão final do Supremo Tribunal de Justiça. ANG/Lusa

Covid-19/Ministério da Saúde confirma rutura de medicamentos na Guiné-Bissau  

Bissau,24 Jul.20(ANG) - O inspetor-geral da Saúde Pública  Benjamim Dias, confirmou quinta-feira a existência de rutura de medicamentos no país, devido à situação da pandemia do novo coronavírus. 

Na semana passada, O secretário executivo e porta-voz da Associação Nacional dos Proprietários da Farmácia(Anaprofarm), afirmou em entrevista à ANG que o país está a beira de rotura total do stock de medicamentos neste período da pandemia.

Na referida entrevista, Ahmed Akhdar disse que, dos três depósitos de medicamentos existentes no país, um foi encerrado recentemente pelas autoridades judiciais e os restantes não têm capacidade de resposta para as necessidades dos operadores farmacêuticos.

O inspetor-geral da Saúde Pública não avançou com um número exato, mas confirmou que há rutura de estoque de medicamentos no país já que, disse, as três empresas legalmente autorizadas para abastecer o mercado não o conseguem fazer de forma regular, notou.

Benjamim Dias disse que das três, apenas uma empresa tem estado a abastecer o mercado “com alguma regularidade”, mas mesmo esta tem dificuldades para fazer chegar os medicamentos junto das farmácias do interior do país, observou.

“Desde que foram autorizadas em 2017 a abastecer o mercado, nenhum dos grossistas têm estruturas no interior do país”, afirmou o inspetor-geral da Saúde Pública.

Na segunda-feira, Benjamim Dias vai reunir-se com os representantes de todas as farmácias em Bissau para ouvir as suas preocupações e conjuntamente delinear uma estratégia para fazer face ao problema.

O inspetor admitiu que a rutura também afeta o fornecimento às farmácias de produtos de higienização.ANG/Lusa

Covid-19/ Alta Comissária agradece países europeus que dão me

dicamentos para salvar vidas dos guineenses

Bissau,24 Jul 20(ANG) - A Alta Comissária para o combate ao coronavírus (Covid-19), Magda Robalo, agradeceu os países europeus que disponibilizaram medicamentos e equipamentos para combate à pandemia na Guiné-Bissau.

A antiga ministra de Saúde e que agora dirige o Alto Comissariado de Luta Contra a Covid-19, falava quinta-feira, durante a cerimónia da entrega de um primeiro carregamento de 45 toneladas de material médico orçado em dois milhões de Euros, trazidas num voo que saiu de Lisboa para Bissau.

A cerimónia de entrega dos materiais decorreu no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, na presença dos Embaixadores de Portugal, António Alves de Carvalho, da União Europeia, Sónia Neto, do representante da Organização Mundial de Saúde no país e de outras individualidades.

Em declarações à imprensa, Magda Robalo reconheceu que um conjunto de homens e mulheres de diferentes instituições governamentais e não-governamentais, bem como organizações multilaterais e países com os quais a Guiné-Bissau mantém cooperação bilateral, “conspiraram para fazer o bem e salvar vidas” dos guineenses.

“Neste momento conturbado que vivemos e em que as fronteiras de diferentes países estão encerradas, em que a economia mundial está ameaçada como nunca esteve desde a grande recessão, a solidariedade humana é um valor seguro que deve ser apreciado, acarinhado e partilhado”, realçou. 

 Assegurou que a Guiné-Bissau também não foi poupada pela pandemia de Covid-19, com a qual convive desde março último, que veio fragilizar a economia, o tecido empresarial e o setor educativo.

A embaixadora da União Europeia na Guiné-Bissau, Sónia Neto, disse estar convicta que o multilateralismo é a resposta certa para superar a magnitude dos desafios do combate àCovid-19.

Explicou que as quatro pontes aéreas humanitárias da União Europeia “são um excelente exemplo do muito que podem fazer, se todos estiveram concertados e fiéis aos valores essenciais do multilateralismo que são a solidariedade e a cooperação entre os povos”.

A Embaixadora da União Europeia disse que o apoio foi um esforço coletivo, coordenado de forma exemplar por Portugal, o qual se traduz em mais de 45 toneladas de material e equipamento médico no valor de mais de dois milhões de euros, que ajudará a Guiné-Bissau a lidar com as consequências humanitárias e sanitárias da pandemia.

De salientar que a União Europeia financiou a totalidade dos custos de transporte desta operação, tendo Portugal coordenado a logística e a angariação de doações dos vários parceiros, nomeadamente PNUD e outras agências das Nações Unidas, tais como o Banco Mundial, Fundações e ONG’s de Portugal.

A Espanha e a Itália  juntaram-se igualmente aos esforços para enfrentar e ultrapassar as consequências humanitárias e sanitárias da pandemia de Covid-19 na Guiné-Bissau.ANG/O Democrata


         

Covid-19/ Mais de 10 mil profissionais de saúde infectados em África

Bissau,24 Jul 20(ANG)  - Mais de 10.000 profissionais de saúde na região africana estão infectados com a covid-19, revelou quinta-feira a directora regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África, noticiou a Lusa.

Matshidiso Moeti falava no encontro online com especialistas em saúde sobre a pandemia de covid-19, hoje dedicado à forma como os profissionais de saúde estão a ser atingidos pela doença.

Até ao momento, e apesar de a OMS reconhecer dificuldades no registo de profissionais de saúde afetados, estão notificados mais de 10.000 trabalhadores de saúde que foram infetados com o novo coronavírus.

Sobre estes profissionais, Moeti disse que é preciso saber, cada vez com mais rigor, como estão a ser tratados os que tratam dos outros.

“Os trabalhadores da saúde receiam levar o vírus para casa, sofrem pressões psicossociais por trabalharem 24 horas por dia e, em algumas comunidades, enfrentam o estigma e a discriminação”, disse.

De acordo com esta responsável da OMS para a região africana, neste continente um dos maiores desafios na proteção dos trabalhadores da saúde tem sido a escassez global de equipamento de proteção individual (EPI).

Isso mesmo corroborou Jemima Dennis-Antwi, uma especialista internacional em saúde materna e obstetrícia, oriunda do Gana, para quem “é altura das autoridades se aperceberem que qualquer paciente é um potencial infectado com covid-19”.

Para esta médica, os fatos de proteção individual são um verdadeiro desafio para os profissionais de saúde, não só pelas dificuldades que o seu uso acarreta, como também ao nível do acesso a este material.

No Ghana, que contabiliza 28.989 infectados e 153 mortos, os profissionais de saúde com a covid-19 ascendem aos 2.000, disse.

“Os profissionais têm de proteger os doentes, a eles próprios, e aos seus familiares”, prosseguiu, alertando para os riscos que o confinamento aumentou ao nível da violência doméstica e também no controlo das doenças crónicas.

Individualmente, defendeu, a aposta tem de continuar a ser na aplicação dos protocolos de prevenção, como lavar as mãos com regularidade.

A ministra da Saúde do Burkina Faso, Leonie Claudine Lougue, que participou igualmente neste encontro online, sublinhou o “papel fundamental dos profissionais de saúde no combate à doença” desde que os primeiros casos foram registados neste país, a 09 Março.

“Desde então, a segurança dos profissionais de saúde passou a ser uma prioridade” para o Governo do Burkina Faso, país com 1.065 infetados e 53 mortos devido à covid-19.

Por seu lado, o ministro da Saúde e da População da Serra Leoa, Alpha Wurie, mostrou-se confiante na recuperação dos infectados e explicou a importância das lições que o combate ao vírus do Ébola para a luta contra o novo coronavírus.

Este país sofreu um surto de Ébola entre 2014 e 2016 e registou os primeiros casos de covid-19 relativamente mais tarde que muitos outros países: a 31 de março. Actualmente contabiliza 1.727 casos e 66 mortos.

Segundo Alpha Wurie, os profissionais de saúde naquele país estão a ser alvo de grande cuidado, mas seis já morreram devido à covid-19.

Tal como nos encontros anteriores sobre a pandemia em África, Matshidiso Moeti defendeu uma frente comum contra a doença, apelando à solidariedade para com os países com menos meios.

Segundo afirmou, a OMS está a seguir a oferta de material de prevenção que está a chegar ao continente, como máscaras e factos, e reiterou o comprometimento para que seja devidamente distribuído e utilizado.

Segundo Matshidiso Moeti, “a diáspora africana tem estado significativamente envolvida em ajudar a divulgar informação, formação e a melhorar as competências. Mobilizaram também apoio para a resposta na região”, disse.

A pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus já provocou a morte a mais de 627 mil pessoas e infectou mais de 15,2 milhões em todo o mundo, de acordo com o último balanço feito pela Agência France-Presse (AFP).

Em África, foram infectadas 771.160 pessoas e 16.432 morreram devido à doença.ANG/Angop

 


quinta-feira, 23 de julho de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

     


  ANG/Director-Geral apela preservação de boas relações entre funcionários

Bissau, 23 Jul 20 (ANG) – O Director-geral  da Agência de Noticias da Guiné(ANG) apelou aos funcionários deste órgão de comunicação social público a preservarem o espírito de boas relações na família da ANG.

Salvador Gomes falava esta quinta-feira no “acto simbólico” de comemoração de mais um aniversário da jornalista de ANG, Agnela Aleluia Lopes Sá, e disse que numa instituição não se deve apenas se dedicar ao trabalho que naturalmente une os funcionários, mas também partilhar mo

mentos de confraternização que reforcem essa união e amizade que devem existir entre colegas de profissão e de serviço..

“Hoje sou o Director mas não vou  ficar para sempre nessas funções.Um dia a  Agência vai ter outro Director, mas que encontre em vós uma ligação não só profissional mas também familiar, que facilite o cumprimento da missão da ANG de informar e formar as nossas populações, disse.

Gomes louvou   a jornalista Agnela Aleluia por ter preferido celebrar o seu o seu aniversário junto de colegas da profissão, em vez de o fazer em ambiente familiar ou com outros próximos.

Em nome dos colegas,Sadjo Jenny Silva Diouf, para além de desejar toda a felicidade do mundo a Agnela pediu a união no trabalho de jornalistas da ANG não apenas como profissionais mais como irmãos.

Disse esperar que o Estado não deixe os funcionários da Agência cair no esquecimento porque é um órgão-mãe e precisa de muitos apoios do Governo para, de facto, cumprir a sua missão.

Genny Diuf referiu  que não obstante as dificuldades  que o órgão enfrenta actualmente, consegue-se  produzir muitos textos que são publicados on line e aproveitados por outros órgãos de comunicação social nacional e estrangeira.

O jornalista do Jornal Nô Pintcha, Alfredo  Saminanco e igualmente  presidente interino do sindicato de base deste órgão de comunicação social, pediu ao Governo e aos directores dos dois órgãos de comunicação social neste caso a ANG e o Jornal Nô Pintcha, para se empenharem  no sentido de resolver os problemas dos contratados que estão há muito tempo, sem receber ordenados, “porque são gentes com família e moram em casas arrendadas”.

Segundo o Director-geral da ANG,Salvador Gomes, o Governo através do Ministério das Finanças já se engajou para a satisfação dessa preocupação do jornalista Alfredo Saminanco .

“Numa reunião do Conselho Directivo na terça-feira(21) fomos informados que o Governo inscreveu no OGE para o próximo ano, o cabimento de verba para pagamento de salário dos jornalistas dos órgãos de comunicação social público em processo  de efectivação na Função Pública e ainda se comprometeu a pagar os 13 meses de subsídios em dívida”, disse GomesANG/MI/ÂC//SG

Covid-19/África Ocidental já registou 100. 900 infectados e 1642 mortes

Bissau,23 Jul 20(ANG) – O Presidente do parlamento da Comunidade

Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), revelou que a covid-19 já infectou 100.900 pessoas, em que 61.326 recuperados e dentre os quais 1642 mortes.

Sidie Mohamed que falava por video conferência na cerimónia de abertura da 2ª sessão extraordinária do ano 2020, do parlamento da CEDEAO, que decorreu no passado dia 21 do corrente mês, em Niamey Niger, disse que é preciso  levar em conta o impacto do coronavirus nas actividades económicas das populações da sub-região.

Disse ainda ser necessário implementar as recomendações da cimeira dos chefes de Estado da sub-região reunidos no passado dia 22 de Abril, do ano em curso sobre formas de proteger as populações da pandemia.

O parlamento da CEDEAO designou para o efeito, o chefe de Estado da Nigéria Mohamed Bouhari como champion de luta contra a pandemia na África Ocidental.

Sidi Mohamed apleou na ocasião o cumprimento das recomendações dos chefes de Estado da CEDEAO afim de limitar o impacto da propagação de covid-19 nas populações.ANG/ÂC//SG

     Agrícultura/Director-geral espera que 2020 seja “bom ano agrícola” no país
Bissau, 23 Jul 20 (ANG) – O Director-geral da Agricultura disse esperar que o ano 2020 seja um bom ano agrícola na Guiné-Bissau, visto que “foram criadas as condições para o efeito.
Júlio Malam Injai, em entrevista à Rádio Jovem disse que o Governo já disponibilizou mais de 60 tractores para todo o território nacional facto que, na sua opinião,  vai aumentar a produção para este ano.
“Estes tractores já estão a cultivar em várias localidades do país. Contudo ainda os consideramos  poucos para satisfazer todas as necessidades dos agricultores tendo em conta que estão a precisar de, no mínimo, de 300 tractores”, referiu.
Injai frisou que por isso a sua instituição almeja ter para o próximo ano agrícola pelo menos  300 tractores para satisfazer as necessidades que têm em termos de agricultura mecanizada.
O DG da Agricultura salientou este ano,tendo em conta a forma como tem chovido,  com apoios dados aos agricultores, e que se mais chuva houver até ao fim, o país vai ter uma boa campanha agrícola.
.Júlio Injai disse  que o país importa actualmente quase todos os produtos alimentícios, sublinhando que, tendo o arroz como base da dieta alimentar da população, devem ser criados os mecanismos para se inverter essa situação para se produzir internamente quantias suficientes,  de forma a diminuir a importação de cereais.
“Devemos lutar para sermos auto-suficientes e deixar de trazer arroz da Índia ou Vietnam. Temos condições climáticas, é questão de investimento em capitais para poder produzir em grande quantidade e podermos exportar também para outros países”,vincou.
O Governo e os parceiros da área da agricultura abriram o ano agrícola no país em Maio, mas os camponeses queixam-se de dificuldades relacionadas ao combate da pandemia da Covid-19. ANG/MSC/ÂC//SG

Eleição na Federação/Candidato Benelívio  promete retomar a competição da taça “Amílcar Cabral” caso for eleito

Bissau, 23 Jul 20 (ANG) – O candidato à Presidência da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), prometeu quarta-feira a retomada das competições da taça “Amílcar Cabral”, como forma de preservar à imagem do líder guineense, caso for eleito no próximo sábado( 25).

Benelívio Cabral Nancassa Insali que falava à imprensa durante o acto de lançamento de sua candidatura, deixou garantias de que se for escolhido para liderar à Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), durante um período de quatro anos, os clubes de futebol vão ter quatro campos com relvados sintécticos para à prática de futebol.

Acrescentou  que a sua Direcção trabalhará no sentido de criar  federações regionais, promover formações, estágios e reciclagem aos técnicos profissionais de desporto.

O candidato prometeu ainda atacar a formação de atletas das camadas juvenis, para poderem competir e participar  nos mundiais de Sub 17, e Sub 20, (Chan), tendo prometido por outro lado, liquidar todas as dívidas da Direcção cessante, para a retoma das competições nacionais, com  prémios para o vencedor da primeira liga de futebol, no valor de  50 milhões de FCA.

Nancassa Insali declaro

u que a sua Direcção trabalhará ainda no sentido de assinar um protocolo de acordo com os parceiros para o estabelecimento de contratos com uma companhia aérea para as deslocações da Selecção Nacional de Futebol, e promete inscrever os atletas no Seguro e garantir-lhes     clausulas jurídicas de protecção .

Prometeu, por outro lado, uma boa coabitação com o governo, assim como dar a Liga dos Clubes de Futebol (LCF) o seu campo de acção, porque está conciente que ele, enquanto Presidente de FFGB, a sua maior preocupação deve ser a Selecção Nacional de Futebol.

Questionado sobre caso não vencer o congresso e for convidado para tomar parte na Direcção do candidato vencedor qual seria a sua reação, Benelívio  disse que nunca teve problemas de coabitar, porque a sua vocação é futebol, acrescentando  que, de igual modo, a sua Direcção fará o mesmo, mas mediante um controlo rigoroso e transparente.

Por seu turno, o Director de Campanha da candidatura de Benelívio Cabral Nancassa Insali apelou aos presidentes dos diferentes clubes do país para darem votos de confiança ao projecto do seu candidato, porque “apresenta melhor perfil e visão para estar a frente da FFGB”.ANG/LLA/ÂC//SG        

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

ANP/ Comissões Especializadas sem condições financeira e materiais para funcionamento

Bissau, 22 Jul 20 (ANG) – As Comissões Especializadas dos assuntos Jurídicos, Constitucionais, Direitos Humanos e Administração Publica e dos Assuntos da Administração Interna, do Poder local e Defesa, da Assembleia Nacional Popular não funcionam devido a falta de  condições financeiras e materiais.

A revelação foi feita hoje pelos  presidentes de duas destas  Comissões, nomeadamente Higino Cardoso e José Carlos 

 Macedo Monteiro, durante a IV Sessão ordinário em curso na Assembleia Nacional Popular.

Higino Cardoso disse que a falta de condições financeiras e materiais dificultam  os trabalhos da Comissão que dirige em termos de deslocação para  as diferentes instituições para se inteirarem dos seus funcionamentos, sobretudo os estabelecimentos prisionais e instituições administrativos para se acompanhar o recrutamento do pessoal.

A Deputada  Salimatu Sanhá considera de grave essa situação e solicita a criação de condições necessárias para que todas as Comissões Especializadas possam funcionar regularmente.

Perante esta situação, o presidente da Comissão Especializada dos Assuntos da Administração Interna, do Poder local e Defesa defendeu a criação, com carácter de urgência, de condições necessárias que permitam o maior empenho e rendimento de todas as Comissões especializadas da Assembleia Nacional Popular, tendo em conta as denúncias recebidas não só dos deputados bem como dos cidadãos comuns relativamente à crimes de violação dos direitos humanos e que precisam de acompanhamento da parte da referida Comissão .

Em consequências destas solicitações dos dois presidentes das comissões acima mencionados, o Deputado Nelson Moreira considerou  insuficiente  o valor de 500 mil francos cfa disponibilizados a cada comissão para funcionamento.

A mesm

a opinião foi defendida pelo Deputado Domingos Quadé.

Conduto de Pina exortou a Comissão Especializada dos assuntos da Administração Interna, do Poder local e Defesa  a prestar  atenção sobre algumas situações que ocorreram no Sector de Bubaque relativamente a uma cidadã  Francesa que, segundo o deputado, já levou 10  crianças para Europa de forma “duvidosa”.

A Sessão de hoje começou com a tomada de posse do Deputado Gibril Djassi em substituição do líder da bancada parlamentar do PAIGC, Califa Seidi, que alegou  questões familiares para pedir a sua substituição no hemiciclo.

ANG/LPG//SG


Direitos Humanos/LGDH capacita oficiais  das forças de segurança no contexto do estado de emergência

Bissau 22 Jul 20 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) ,iniciou hoje uma formação em direitos humanos no contexto de estado de emergência aos oficiais superiores e subalternos das forças de segurança.

Falando na abertura do acto, o Secretario de Estado da Ordem Públi

ca agradeceu a iniciativa e todos os parceiros envolvidos, salientando que a formação em causa vai colmatar algumas lacunas com que as forças de segurança se deparam e que se agravou com a chegada da pandemia de Covid-19.

Mário Fambé disse que a capacitação das forças de segurança é uma das prioridades da sua instituição e enquadra-se na visão de moralização das mesmas de forma a leva-las a interpretar e  cumprir a sua missão constitucional, recomendado pela nova liderança governamental.

“As forças de segurança não podem perder de vista,  de forma nenhuma,  a sua missão que  de zelar pelos direitos humanos ou seja  garantir o exercício dos direitos e liberdades fundamentais aos cidadãos ”, referiu.

O governante disse que não vão poupar esforços na criação de  condições mínimas  indispensáveis para um desempenho satisfatório das forças de segurança, mas que também não concordam com  comportamentos de funcionários que comprometem  a imagem e o prestigio da instituição.

Fambé prometeu que serão  mais vigilantes, implacáveis e rigorosos no cumprimento das regras policiais, baseadas na ética e deontologia.

Declarou que o agente que não respeitar os direitos humanos será chamado a responsabilidade disciplinar e até criminal, se for o caso.

Segundo a  Alta Comissária para Covid-19 essa formação em Direitos humanos será extensiva  a todas as forças de segurança, nomeadamente,

Polícia de  Ordem Pública, os agentes de segurança e a Guarda Nacional.

“O Alto Comissariado para Covid-19, também definiu como factor de sucesso  o resgatar das populações, uma vez que neste momento existe um virar de costas entre elas e as autoridades que estão a implementar a respostas a Covid-19, isto porque, existe um défice de comunicação entre aquilo que se deve fazer e aquilo que se faz”, disse Magda Robalo.

Acrescentou que  esta formação é a primeira  de seis sessões que se vai realizar a nivel do território nacional, salientando que é um marco na colaboração muito importante com o Ministério de Interior e Liga Guineense dos Direitos Humanos.

“Esta colaboração deve continuar noutros lugares, casos das  fronteiras do país”, disse tendo lamentado as infecções no seio das forças de segurança, médicos e outros que estão na linha de frente na luta contra o coronavírus.

Por sua vez, o Presidente da LGDH disse que os formandos devem servir de agentes multiplicadores dos conhecimentos que vão ser recolhidos ao longo da formação, acrescentando que não é segredo para ninguém que a situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau é muito precária e inconstante , caracterizada pelos avanços e recuos nos mais variados leques.

Augusto Mário da Silva disse que registam no país casos de violações dos direitos humanos conforme indica os relatórios produzidos pela LGDH no âmbito do projecto de Observatório dos Direitos, salientando que os casos mais frequentes estão relacionados com as práticas tradicionais nefastas ,impunidade generalizada, disfuncionamento dos serviços de segurança e da administração da justiça.

“O quadro geral dos direitos humanos agravou-se com a pandemia do Covid-19 e as subsequentes medidas de prevenção adoptadas para fazer face a sua propagação, o estado de emergência, sucessivamente decretada, teve implicação directa nos direitos e liberdades fundamentais e no gozo de direitos”, explicou.

Aquele responsável afirmou que as células da LGDH reportaram  casos da violação dos direitos humanos, incluindo detenções arbitrárias e tratamentos degradantes perpetrados pelas forças de segurança, na tentativa de aplicação  das medidas de confinamento social decretada, sem o mínimo da pedagogia que o contexto impunha.

A primeira fase da formação em direitos humanos no contexto de estado de emergência é destinado aos oficiais superiores e subalternos das forças de segurança, e a segunda será para os agentes de segurança e contam com o apoio do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) e o Gabinete da Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNOGBIS) que apoiaram técnica e financeiramente.ANG/MSC/ÂC//SG


                 Sudão/Julgamento de Omar al-Beshir adiado para Agosto

Bissau, 22 jul 20 (ANG) - O processo do antigo Presidente do Sudão e de outras 27 pessoas acusadas de conspiração no golpe de Estado de 1989 começou esta terça-feira, em Cartum mas a audiência foi suspensa a pedido da defesa de Omar al-Beshir e o julgamento retoma em  Agosto.   

O presidente do Tribunal declarou na abertura da audiência que cada um dos 28 acusados será ouvido e ser-lhes-a dada a possibilidade de se defenderem.

No entanto, a audiência foi suspensa a pedido dos advogados de defesa de Omar al-Beshir que alegou precisar de mais tempo para a preparação dos argumentos.

Segundo a agência noticiosa estatal SUNA, os procuradores acusam Omar al-Bashir de conspirar no golpe de 1989 que depôs o Governo eleito do primeiro-ministro, al-Sadiq al-Mahdi.

O antigo Presidente do Sudão tem estado detido em Cartum desde a sua expulsão do poder, enfrentando vários julgamentos separados relacionados com o seu governo e a revolta que o ajudou a expulsar.

O Tribunal Penal Internacional emitiu no passado um mandado de captura sob a acusação de crimes de guerra e genocídio ligados ao conflito do Darfur nos anos 2000.

Três juízes dirigem este julgamento sem precedentes no mundo árabe, uma vez que nenhum autor de um golpe de Estado bem-sucedido terá sido julgado na história recente.

A próxima audiência está marcada para o dia 11 de Agosto. ANG/RFI


     

Saúde/Hospital Simão Mendes  garante de novo refeições aos internados

Bissau, 22 Jul 20 (ANG) - O serviço de cozinha do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM) tomou a responsabilidade de oferecer, gratuitamente, as refeições aos doentes internados neste maior centro sanitária do país, servindo pequeno-almoço, almoço,lanche e jantar.

A confirmação foi feita hoje à ANG pelo  Director-geral do HNSM Agostinho Semedo.

“Na cozinha do HNSM, além dos cozinheiros também estão lá as nutricionistas para dar orientações sobre o tipo de comida que deve ser consumida por diferentes patológias de modo a garantir saúde aos que estão internados”, explicou aquele responsável.

 Semedo acrescentou  que, por enquanto, a cozinha está a funcionar de melhor forma possível e que a direcção não tem nenhuma razão de queixa face a gestão da actual responsável da cozinha de HNSM.

Segundo a  Chefe de Cozínha do hospital, Odete Robalo  para o almoço costumam preparar  75 quilogramas de arroz diariamente  com molho de peixe ou carne e servem sopa no jantar.

“Servimos o pequeno almoço para todos os doentes e lanches, à tarde, para as crianças”, disse Odete Robalo.

Na  cozinha do HNSM, o repórter da ANG constatou que a mesma estava em boas condições higiénicas e com os frigoríficos cheios de géneros alimentícios.

ANG/AALS/ÂC//SG 

       Nilo/Etiópia e Egipto alcançam entendimento  sobre mega-barragem

Bissau, 22 jul 20 (ANG) -  A Etiópia, o Egipto e

o Sudão alcançaram um "importante entendimento comum" nas discussões sobre uma mega-barragem em território etíope que nos últimos meses tem levantado tensões regionais, anunciou terça-feira o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed.

Uma declaração do gabinete do primeiro-ministro, citada pela Bloomberg, refere que os três países alcançaram um "importante entendimento comum que possibilitará um acordo revolucionário" durante uma reunião mediada pela União Africana (UA).

Segundo o documento, na reunião mediada pelo presidente da UA e chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, e que contou com a presença de importantes actores regionais -- como o presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, os três países concordaram em aprofundar "discussões técnicas" sobre o enchimento da barragem.

"Alcançámos um entendimento para continuar a negociar e para obter um acordo quanto ao enchimento e à operação da barragem", escreveu o primeiro-ministro sudanês, Abdalla Hamdok, na plataforma Twitter.

A declaração surge depois de fotos por satélite apontarem que o nível de água na Grande Barragem do Renascimento Etíope se encontra num máximo em quatro anos.

Na semana passada, surgiram relatos que referiam que as autoridades etíopes tinham decidido iniciar o enchimento da barragem antes de um acordo final ser alcançado.

A Etiópia afirmou que este aumento se deve às fortes chuvas e, na declaração, refere que se tornou "evidente nas últimas duas semanas da época chuvosa, que o primeiro ano de enchimento da barragem está concluído e a que barragem, ainda em construção, está a transbordar".

"A Etiópia pretende uma negociação equilibrada com situações vantajosas que assegurem que o Nilo Azul vai beneficiar os três países", acrescenta a nota citada pela Bloomberg.

O projecto, avaliado em mais de 4 mil milhões de dólares, vai permitir à Etiópia gerar 6.000 megawatts de electricidade e controlar o fluxo de água do Nilo Azul, um rio que conflui com Nilo Branco e com o rio Atbara e origina o rio Nilo.

A Etiópia considera que a mega-barragem vai permitir retirar milhões dos seus cidadãos da pobreza ao transformar-se num país exportador de energia.

"É absolutamente necessário que o Egipto, Sudão e Etiópia, com o apoio da União Africana, alcancem um acordo que preserve os interesses de todas as partes", escreveu Moussa Faki Mahamat no Twitter, acrescentando que o Nilo "deve continuar como uma fonte de paz".

As negociações entre os três países prolongam-se há vários anos, não tendo sido verificados progressos significativos nos últimos meses, apesar das discussões terem contado com diversos mediadores -- incluindo a administração norte-americana.

Citado pela Associated Press, o investigador Kevin Wheeler, do Instituto da Mudança Ambiental, da Universidade de Oxford, afirmou que os receios de uma seca "não são justificados nesta altura e servem para aumentar uma retórica que se deve à alteração das dinâmicas de poder na região".

Ainda assim, o investigador alertou que "se houver uma seca nos próximos anos, isso poderá tornar-se um problema". ANG/Angop