terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Burquina Faso/Presidente  demite-se após golpe de Estado militar

Bissau, 25 Jan 22(ANG) – O Presidente do Burkina Faso, Roch Kaboré, demitiu-se hoje após a tomada do poder pelos militares, na sequência do golpe de Estado de domingo.


Numa carta divulgada pela televisão estatal RTB, Kaboré, de 64 anos, disse que se demitia numa carta dirigida ao novo homem forte do país, o tenente-coronel Paul Henri Sandaogo Damiba.

“No interesse da nação, na sequência dos acontecimentos de domingo, decidi demitir-me das minhas funções de Presidente (…), chefe de governo e comandante supremo das Forças Armadas Nacionais. Deus abençoe o Burkina Faso”, escreveu.

A carta de Kaboré, governou aquele país da África Ocidental desde 2015, foi divulgada após os militares terem confirmado na segunda-feira à noite na televisão estatal, através da leitura de dois comunicados, a tomada do poder e anunciado tanto a dissolução do Governo e do parlamento, como a suspensão da Constituição.

Em nome do Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração (MPSR), um porta-voz disse que a decisão de derrubar Kaboré foi tomada “com o único objectivo de permitir ao país regressar ao caminho certo e reunir todas as forças para lutar pela sua integridade territorial (…) e soberania”.

“Face à contínua deterioração da situação de segurança que ameaça as fundações da nossa nação, à manifesta incapacidade de Roch Marc Christian Kaboré de unir o Burkina Fase para lidar eficazmente com a situação, e seguindo as aspirações dos diferentes estratos sociais da nação, o MPSR decidiu assumir as suas responsabilidades perante a história”, acrescentou.

Os golpistas também anunciaram o encerramento das fronteiras aéreas e terrestres e o estabelecimento de um recolher obrigatório das 21:00 às 05:00 em todo o país “até nova ordem”.

Por outro lado, asseguraram que tinham tomado o poder “sem derramamento de sangue e sem qualquer violência física contra os detidos, que se encontram num lugar seguro e com respeito pela sua dignidade”.

Os militares, cujo golpe foi condenado pela União Africana (UA) e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), comprometeram-se a propor, “dentro de um prazo razoável, após consulta das forças vivas da nação, um calendário para o regresso à ordem constitucional”.

O Burkina Faso viveu uma situação tensa no domingo após tiros disparados de manhã cedo em vários quartéis militares na capital e noutras partes do país (Ouahigouya e Kaya), incidentes descritos como o início de um alegado motim para exigir melhorias nas Forças Armadas.

O Governo negou inicialmente ter sido uma tentativa de golpe de Estado e os meios de comunicação locais indicaram que se tratou de um motim para exigir melhorias ao Governo, incluindo mais recursos para combater o terrorismo ‘jihadista’ (do qual as tropas são geralmente o alvo), e a demissão de altos funcionários militares e dos serviços secretos.

A situação de domingo foi precedida por um dia de manifestações não autorizadas no sábado, convocadas por grupos da sociedade civil para expressar um descontentamento social generalizado sobre a insegurança gerada pela violência rebelde e para exigir a demissão de Kaboré.

As organizações internacionais, nomeadamente a União Europeia, União Africana e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), bem como os EUA, já sublinharam a sua preocupação com os acontecimentos no Burkina Faso e responsabilizaram as forças armadas pela integridade física do Presidente Kaboré.

O Presidente Kaboré, reeleito em 2020 com a promessa de lutar contra os terroristas, tem vindo a ser cada vez mais contestado por uma população atormentada pela violência de vários grupos extremistas islâmicos e pela incapacidade das Forças Armadas do país responderem ao problema da insegurança.

Kaboré liderou o Burkina Faso desde 2015, após uma revolta popular que expulsou o então Presidente, Blaise Compaoré, no poder durante quase três décadas.

Ainda que reeleito em Novembro de 2020 para mais um mandato de cinco anos, Kaboré não conseguiu combater a frustração que tem vindo a crescer devido à sua incapacidade de conter a propagação da violência terrorista no país.

Os ataques ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico têm vindo a aumentar sucessivamente desde a sua chegada ao poder, reclamando já milhares de vidas e forçando a deslocação de, segundo uma estimativa das Nações Unidas, de 1,5 milhões de pessoas.

Também os militares têm vindo a sofrer baixas desde que a violência extremista começou em 2016. Em Dezembro, mais de 50 elementos das forças de segurança foram mortos na região do Sahel e nove soldados na região centro-norte, em Novembro. ANG/Inforpress/Lusa

 

Cabo Verde/Comandantes das FA consideram “irresponsáveis” e “irreflectidas” as declarações da ministra da Defesa

Bissau, 25 Jan 22(ANG) – Os comandantes das Forças Armadas de Cabo Verde consideram “irresponsáveis” e “irreflectidas” as declarações da ministra da Defesa, Janine Lélis, quando afirmou que a instituição celebra 30 anos aos serviços prestados à pátria.


A acusação foi feita hoje em declarações à Inforpress pelo comandante das Forças Armadas (FA) Álvaro Dantas Tavares, que, em nome dos comandantes das Forças Armadas (FA) e do comandante de brigada, Pedro Pires, manifestou a sua “indignação”, afirmando que já enviaram uma declaração ao primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e ao Presidente da República, José Maria Neves, a apresentar o seu descontentamento.

“Manifestamos a nossa indignação perante uma atitude da ministra que achamos que é irresponsável e irreflectida e que nos ofende, porque quando ela diz que as Forças Armadas têm 30 anos, quer dizer que nós que lutamos pela independência deste País estamos fora da história”, disse.

Nas comemorações do acto central do Dia das Forças Armadas, em São Vicente, no dia 15 de Janeiro, a ministra Janine Lélis referiu que a instituição celebra 30 anos, em vez de 55 anos mas, segundo Álvaro Tavares Dantas, a criação da instituição foi estabelecida por um decreto governamental de 1988, referindo-se a data de 15 de Janeiro de 1967, quando Amílcar Cabral e grupos de combatentes em preparação militar prestaram juramento de fidelidade na luta pela independência.

Conforme o comandante, esta data, pelo seu simbolismo, foi escolhida como o Dia das Forças Armadas, esclarecendo que é uma questão consensual no seio dos militares que “têm orgulho desta data” que marca o “momento de viragem na história”.

Entretanto, segundo a ministra da Defesa Nacional, “foi com o advento da democracia em 1991 e com a Constituição da República de 1992 que as Forças Armadas de Cabo Verde passaram a ser de facto Forças Armadas de Cabo Verde e a estar ao serviço da nação cabo-verdiana”.

“Consideramos que o pronunciamento da ministra é de uma certa ligeireza, para não dizer mesmo, uma certa leviandade, porque ela não pode mudar a história, já que ela é ministra de Estado e da Defesa. Como que um decreto aprovado pelo Governo, ela afirma, em frente das Forças Armadas, que não é assim?”, questionou.

Na missiva enviada ao Governo e à Presidência da República os comandantes exigem que seja resposta a verdade e que a declaração da ministra seja retirada das páginas oficiais, quer das Forças Armadas, quer do Ministério da Defesa, pedindo ao executivo que anote este facto e reponha a verdade. ANG/Inforpress

 

Regiões/Presidente da República recomenda  construção de  Esquadra Policial em Quinhamel para combater roubos de gado

Bissau, 25 Jan 22 (ANG) – O Presidente da República (PR), recomendou  ao ministro de Estado e de Interior Botche Candé a construção de  uma Esquadra Policial em Quinhamel, sede da região de Biombo, para combater  roubos de gados.

Umaro Sissoco Embaló que falava.no último fim-de-semana,  num comício que assinalou o arranque da Presidência Aberta às regiões, em Quinhamel , na Região de  Biombo, norte do país.

O chefe de Estado disse que durante o seu mandato, a região de Biombo vai beneficiar de contrução de estradas, escolas e hospitais equipados com médicos e professores, em benefício dos populares locais.

“Vou vos garantir que antes de final do ano, o país inteiro beneficirá da energia electrica”, disse o PR.      

O Presidente da República defendeu que  o desenvolvimento do país deve iniciar nas regiões, e para o efeito, prometeu que, no prazo de um mês, o Governo vai prceder a  nomeação de governadores  regionais.

O Chefe de Estado realçou ainda que, durante este ano, será feito um estudo de viabilidade no porto de Piquil, para que  o Governo saiba que tipo de porto pode ser construido naquela localidade.

Na ocasião, o governador da Região de Biombo, Midana Fanda declarou que sua   luta de dia-à-dia  é trabalhar para o desenvolvimento da região , o que o leva a estar sempre em contacto com a  comunidade, para se inteirar das dificuldades que  enfrentam.

Segundo Fanda, a região enfrenta várias dificuldades, e entre as quais  a falta dos médicos e de professores nas escolas públicas.

“Entabulamos contacto com parceiros e numa viagem que efectuamos a Portugal, conseguimos assinar  acordos que futuramente vão benefiar os populares da região de Biombo Em Março deste ano, alguns profissionais portugueses chegarão ao país com a finalidade de formar os técnicos de diferentes Instituições de Estado na região de Biombo”, garantiu o Governador.

Acrescentou que no quadro dessas  diligências junto de parceiros portugueses, conseguiram vagas para formação,em Fevereiro, em Portugal,de alguns elementos dos Bombeiros da Região, que ainda deverão beneficiar de equipamentos para o exercício das suas funções. ANG/LLA/ÀC//SG

              Moçambique/Acidente rodoviário causa 26 mortos e 3 feridos

Bissau, 25 Jan 22(ANG) - Pelo menos 26 pessoas morreram e três ficaram feridas na sequência de um acidente de viação ocorrido na tarde de sábado na província da Zambézia, no centro de Moçambique.


As causas do acidente que envolveu um camião de mercadorias e um transporte de passageiros são ainda desconhecidas. 

Um camião de mercadorias embateu contra um transporte de passageiros e semeou o luto e a dor no distrito de Mopeia, na província da Zambéziam no centro de Moçambique.

Na sequência deste acidente, 26 pessoas tiveram morte imediata e três outras ficaram gravemente feridas, tendo sido transportadas para o o hospital central de Quelimane. Entre os mortos e feridos havia crianças.

As causas do acidente estão ainda por apurar, segundo o chefe de delegação da polícia de trânsito na Zambézia, Atigua José.

"Ainda é um trabalho de peritagem que está sendo feito. Neste momento é prematuro avançar [com as causas], ainda se está a fazer um trabalho e só depois é que iremos chegar à conclusão das reais causas do acidente", explicou o chefe das forças da ordem da Zambézia.

Em Moçambique, os acidentes de viação são uma das principais causa de morte. Em média, pelo menos mil pessoas morrem anualmente nas estradas, segundo dados avançados à Lusa pela Associação Moçambicana para Vítimas de Acidentes de Viação.

O Governo prometeu no final do ano anunciar medidas para travar os altos índices de sinistralidade. ANG/RFI

 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

   Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Dia dos heróis nacionais/PAIGC diz que esta não é a Guiné-Bissau que Cabral sonhava

Bissau, 22 jan 22 (ANG) – O Secretário Nacional do Partido Africano da Independencia da Guiné e Cabo Verde(PAIGC) afirmou quinta-feira que actual Guiné-Bissau não era o que Amilcar Cabral pensava.

Aly Hijazi citado pela Rádio Sol Mansi falava depois da deposição da coroa de flores no Mausolêu do fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana no Mausoléu dAmura, no quadro das cerimónias comemorativas do Dia dos Heróis Nacionais, assinalado quinta-feira, 20 de Janeiro.

Hijazi  disse que era impensável que o país, até a data presente, podia estar como está em termos de desenvolvimento, frisando que o sonho não era esta.

O politico sublinhou que devido as constantes crises politicas, a Guiné-Bissau não conseguiu ser o que Amilcar Cabral estava a sonhar, salientando que houve tempos em que o nível de desenvolvimento da Guiné-Bissau era comparado  ao do Senegal.

 “Por isso, hoje, 20 de Janeiro é o momento de refletirmos, pensarnos de que esta realidade em que estamos não foi sonhado por nenhum guineense e o que é preciso é o retorno  a legalidade constitucional, justiça e a verdade”, salientou o secretário nacional do PAIGC.

Aly Hijazi disse que são esses os  ingredientes necessários para que um país possa avançar. “Por isso digo que ninguém acredita que, a Guiné-Bissau estaria como está hoje”,lamentou.

O Dia dos Heróis Nacionais, 20 de janeiro, assinala a data de assassinato de Amílcar Cabral, em Conacri, em 1973.ANG/MSC/ÂC//SG

 

Dia dos heróis nacionais/Presidente da República anuncia envio de contingente guineense  para força de alerta da CEDEAO

Bissau, 21 Jan 22(ANG9 – O Presidente da República anunciou quinta-feira que brevemente o país terá um contingente que irá integrar a força de alerta da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Umaro Sissoco Embaló falava após a deposição de coroas de flores  nas campas de Amílcar Cabral e de Nino Vieira no aquartelamento dAmura. 

Na ocasião,   o chefe de Estado reconheceu e valorizou  todos os que de uma forma direta ou indireta contribuíram para a libertação  da Guiné-Bissau do  jugo colonial.

Questionado sobre alegadas  reivindicações   de alguns combatentes que dizem que seus sacrifícios de luta não são  reconhecidos pelas autoridades,  respondeu que ninguém vai a luta para trazer factura, mas que sim é um “ato de patriotrismo”.

O Presidente Sissoco pediu aos políticos  para deixarem de politizar a história dos combatentes, “porque durante a luta ninguém recebia salário” e reterou que  o Estado tem um compromisso  e dívida moral   para com os comabtentes da liberdade da Pátria.

Criticou  que a Guiné-Bissau é o único país no mundo onde o número dos antigos combatentes aumenta cada vez mais, em vez de diminuir.

O chefe de Estado guineense disse vai assumir o processo dos antigos combatentes visando a melhoria das suas condições de vida.

ANG/JD/ÂC//SG



Covid-19/Assinado acordo para dar acesso a medicamento antiviral a 105 países pobres

Bissau, 21 Jan 22 (ANG) – Um acordo abrangente foi quinta-feira assinado com a Medicines Patent Pool (MPP), organização de saúde pública apoiada pela ONU, para dar acesso a 105 países de baixo e médio rendimento ao comprimido anti-covid-19 do grupo farmacêutico Merck.


Segundo um comunicado da MPP, várias dezenas de fabricantes de medicamentos genéricos assinaram o acordo.

“É um passo fundamental para o acesso universal a tratamentos contra a covid-19 extremamente necessários, e estamos confiantes (…) em que esses tratamentos tão aguardados estarão rapidamente disponíveis em países de baixo e médio rendimento”, declarou o director executivo da MPP, Charles Gore, citado no comunicado.

O contrato assinado com 27 empresas de todo o mundo surge na sequência do acordo de licenciamento voluntário assinado com a Merck em Outubro de 2021 para facilitar o acesso global, a um preço acessível, ao molnupiravir, o medicamento antiviral oral experimental contra a covid-19 desenvolvido pelo grupo farmacêutico norte-americano, precisou a MPP.

O acordo dá às empresas abrangidas, que cumprem os rígidos critérios da MPP, a autorização para produzir quer os ingredientes, quer o próprio medicamento.

Cinco empresas vão concentrar-se no fabrico dos ingredientes, 13 produzirão ingredientes e produto final e nove apenas o medicamento.

Essas empresas estão sediadas em 11 países: Bangladesh, China, Egipto, Jordânia, Índia, Indonésia, Quénia, Paquistão, África do Sul, Coreia do Sul e Vietname.

Em meados de Novembro de 2021, a gigante farmacêutica Pfizer anunciou um acordo semelhante com a MPP, que permitia aos fabricantes de medicamentos genéricos licenciados fornecer o novo medicamento em associação com o ritonavir (um medicamento utilizado contra o vírus da sida) a 95 países, cobrindo até cerca de 53% da população mundial.

O anúncio pela Merck e pela Pfizer destes tratamentos orais para a covid-19 traz muita esperança ao combate à pandemia que já fez mais de 5,5 milhões de mortos, segundo dados oficiais e, sem dúvida, muitos mais não-contabilizados.

Os dois antivirais atuam diminuindo a capacidade do vírus para se reproduzir, travando assim a doença. Fáceis de administrar, porque podem ser tomados em casa, estes tratamentos representam um complemento às vacinas, que são atualmente a forma mais eficaz de combater a covid-19.

O tratamento com molnupiravir e o tratamento da Pfizer, comercializado com o nome Paxlovid, devem ser feitos nos primeiros três a cinco dias seguintes à manifestação dos sintomas de doença.

Estes medicamentos são mais fáceis de produzir que as vacinas: não necessitam de uma cadeia de frio e podem ser tomados pelo doente na sua casa, embora o facto de deverem ser tomados rapidamente implique que haja testes disponíveis e que o diagnóstico seja confirmado por um médico.

De acordo com os mais recentes dados clínicos, o comprimido da Merck reduz o risco de hospitalização e de morte em 30% entre a população frágil – muito menos do que o laboratório tinha inicialmente anunciado.

O tratamento da Pfizer reduz esse risco em 90%, segundo os ensaios clínicos.

A covid-19 causou 5.553.124 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse (AFP), com base em dados oficiais.

Em Portugal, morreram, desde Março de 2020, 19.447 pessoas e foram contabilizados 2.059.595 casos de infecção, de acordo com a última actualização da Direcção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detectada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em Novembro, tornou-se dominante em vários países. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 

Política/Comité Central do PAIGC renova  confiança no seu líder, Simões Pereira

Bissau,21 Jan 22(ANG) – O Comité Central do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), aprovou quinta-feira,  por unanimidade, uma Resolução que renova a confiança desta direção alrgada do partido ao líder desta formação política, Domingos Simões Pereira.

A renovação de confiança ao Simões Pereira acontece numa altura em que, em vésperas de realização do X congresso do PAIGC, várias correntes de opinião , inclusive de alguns dirigentes do partido se insurgem contra a continuidade de Domingos Simões Pereira na liderança do partido.

O Comité central através desssa Resolução apela aos subscritores de uma  Carta Aberta a reconsiderarem as suas posições e que, doravante, passam a observar os mecanismos internos existentes no seio do Partido.

Um grupo de cinco dirigentes, por via dessa Carta Aberta, responsabilizam Domingos Simões Pereira pela perda de mandatos  parlamentares verificada durante os dois mandatos que dirigiu o partido e pela situação de oposição em que o PAIGC se encontra actualmente, entre outras.

Igualmente os Membros do Comité Central aprovaram 3 moções, nomeadamente de Gratidão e Reconhecimento aos Combatentes da Liberdade da Pátria por ocasião do Dia 20 de Janeiro; Moção de felicitações ao autor e compositor  Adriano Ferreira Atchutchi, pela atribuição do Diploma “Fidju di Guiné Bali” pela Universidade Colinas de Boé e de Condenação ao Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, pelas “ameaças, tentativas de intimidações e de ingerência nos assuntos internos do PAIGC”.

Segundo Muniro Conté, secretário nacional do PAIGC para  Informação e Comunicação, no seu discurso de encerramento dessa reunião do Comité Central,  Domingos Simões Pereira recomendou o respeito aos compromissos  com os ideais de Amilcar Cabral, como forma de tornar o Partido cada vez mais unido e coeso.ANG/ÂC//SG

 

                      Crise na Ucrânia/EUA e Rússia voltam ao diálogo

Bissau, 21 Jan 22 (ANG) - O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, e o homólogo russo, Sergey Lavrov, reúnem-se esta sexta-feira, 21 de Janeiro, em Genebra, na Suíça, para discutir a crise usso-ucraniana.


 As partes concordaram em manter o diálogo, apesar das diferentes posições e das centenas de milhares de soldados russos concentrados nas fronteiras da Ucrânia. 

O encontro entre Sergei Lavrov e Antony Blinken é o último passo do intenso ballet diplomático que começou há 11 dias, em Genebra, com representantes de ambos os países a tentarem encontrar uma solução para a crise russo-ucraniana 

Os dois chefes da diplomacia concordaram em manter o diálogo, apesar das diferentes posições e das centenas de milhares de soldados russos concentrados na fronteira da Ucrânia. 

Na quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos afirmou, em Washington, que "será um desastre" caso a Rússia decida invadir a Ucrânia e reiterou ameaças de sanções económicas nunca vistas.

Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse que a União Europeia "está pronta" para responder a uma intervenção russa na Ucrânia com sanções económicas e financeiras "massivas".Relativamente à adesão da Ucrânia à NATO, Joe Biden considerou que “não é muito provável” no curto prazo. A Rússia tem reiterado que nunca aceitará a integração da Ucrânia na Aliança Atlântica.

A Rússia nega qualquer veleidade belicista na Ucrânia, diz-se ameaçada pelo reforço da NATO na região e assegura que os seus milhares de soldados nas proximidades da fronteira ucraniana não são uma ameaça.

Em Moscovo, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, alegou que o discurso dos ocidentais e ucranianos sobre uma iminente invasão russa constituem uma “cobertura para efectuarem provocações em larga escala, incluindo de caráter militar. ANG/RFI

 

 

 

Política/Advogado Octávio Lopes candidato à liderança do PAIGC


Bissau,21 Jan 22(ANG) - O advogado
 Octávio Lopes anunciou quinta-feira que vai ser candidato à liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), cujo congresso se realiza em fevereiro.

"Com muita honra e sentido de missão, e após reunião com o presidente do partido sexta-feira dia 14, torno pública a minha disponibilidade e intenção de ser o primeiro subscritor de uma Moção de Estratégia Global e, consequentemente, candidato à liderança do PAIGC no X congresso ordinário e por inerência de funções candidato ao cargo de primeiro-ministro da Guiné-Bissau", refere o advogado, em comunicado.

O congresso do PAIGC realiza-se entre 17 e 19 de fevereiro, em Bissau.

O candidato vai apresentar uma moção, denominada "Uma Agenda para o Partido e para a Guiné-Bissau", que, refere, é um "instrumento pragmático, com metas e objetivos estratégicos ambiciosos a médio e curto prazo".

No comunicado, Octávio Lopes, antigo assessor jurídico do ex-presidente guineense José Mário Vaz, explica que a curto prazo pretende "assumir a governação do país", antes do final do primeiro trimestre de 2022, que reflita a "vontade do povo expressa nas eleições legislativas de 2019", que o PAIGC venceu.

A médio prazo, o advogado pretende "ganhar as legislativas de 2023 com uma maioria absolutamente inequívoca" e a longo prazo fazer eleger um chefe de Estado apoiado pelo PAIGC.

"Ao estabelecermos este nexo de causalidade entre estas prioridades programáticas, fazemo-lo com a convicção de estar a interpretar e expressar a vontade da maioria silenciosa de militantes, responsáveis e dirigente que reconhece e compreende a necessidade de mudar de direção e a urgência de trilhar um novo caminho que permita ao PAIGC assumir a plenitude das suas responsabilidades com o povo guineense", sublinha.

Octávio Lopes já tinha subscrito uma lista de dirigentes do PAIGC que questionam a liderança do atual presidente do partido, Domingos Simões Pereira, e que inclui nomes como o antigo primeiro-ministro Artur Silva; o ex-secretário de Estado das Pescas Mário Dias Sami; o ex-diretor-geral da Geologia e Minas Gilberto Charifo, e o empresário e atual deputado Hussein Farath.ANG/Lusa

 

África Ocidental/Pobreza extrema aumentou quase 3% na região  em 2021 devido à covid-19

Bissau, 21 Jan 22 (ANG) -  A pobreza extrema na África Ocidental aumentou quase 3% em 2021, segundo o relatório de monitorização do impacto socioeconómico da pandemia da covid-19 nessa região, divulgado quinta-feira pela CEDEAO, em sessão ‘online’ a que a Inforpress assistiu.


O relatório, desenvolvido em parceria com o Escritório Sub-regional para a África Ocidental da Comissão Económica das Nações Unidas para a África (CEA) e o Programa Alimentar Mundial (PAM), afirma que a proporção de pessoas que vivem com menos de 1,90 dólares por dia aumentou de 2,3% em 2020 para 2,9% em 2021.

“O endividamento dos países da região também aumentou em um contexto marcado por uma lenta recuperação económica, redução do espaço fiscal e fraca mobilização de recursos”, refere o estudo, que destaca os efeitos das medidas de barreira contra a pandemia, nomeadamente o fecho de fronteiras, restrições de circulação e a perturbação das cadeias de abastecimento.

Conforme o documento, todas essas medidas tiveram um impacto negativo nas actividades geradoras de renda e levaram a preços mais altos dos alimentos nos mercados.

“Os mais afectados são aqueles que dependem de fontes de renda instáveis, como pequenos comerciantes, vendedores ambulantes e trabalhadores informais. Esta deterioração da situação económica teve um impacto negativo na segurança alimentar e nutricional das mulheres, homens e crianças”, precisou.

“Mais de 25 milhões de pessoas na África Ocidental não conseguem suprir suas necessidades alimentares básicas na região, um aumento de 34% em relação a 2020”, acrescenta o documento, apontando ainda que a situação é mais grave em áreas afectadas por conflitos como a Bacia do Lago Chade, Liptako-Gourma e o Sahel, pressionando as famílias a vender seus bens e meios de subsistência para atender às suas necessidades alimentares.

“A crise de saúde do coronavírus aniquilou particularmente as conquistas na luta contra a insegurança alimentar e a desnutrição feitas pela CEDEAO e seus Estados Membros”, disse Sekou Sangare, comissário responsável pela Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Comissão da CEDEAO.

Aquele responsável salientou que, embora a organização estivesse satisfeita com a reacção dos governos por meio de suas acções de mitigação, a mesma está preocupada com os efeitos residuais da crise sanitária e económica que, provavelmente, continuarão a perturbar, por muito tempo, os sistemas alimentares e comprometer a vida das pessoas acesso a alimentos devido a múltiplas dinâmicas.

A publicação desse relatório acontece num contexto marcado por uma economia regional ainda “frágil e insuficientemente dinâmica” para permitir às famílias recuperar a sua situação de bem-estar social e económico antes da crise.

Entretanto, o director regional do PAM considera que o mesmo vai permitir que os actores públicos e privados forneçam respostas adequadas e resolutas às consequências nocivas da pandemia de covid-19 na vida das populações da África Ocidental.

“As consequências socioeconômicas da covid-19 exigem acções imediatas e concertadas visando as causas profundas da vulnerabilidade das pessoas. O custo da inação será maior para uma população que já enfrenta muitas crises na região”, disse Chris Nikoi.

O relatório de monitorização do impacto socioeconómico da pandemia da covid-19 na África Ocidental realça ainda que desde o início da pandemia em 2020, a CEDEAO e os seus parceiros implementaram várias medidas económicas e financeiras para responder ao aumento das necessidades induzidas pela covid-19 na região.

“Em estreita colaboração com a Organização da Saúde da África Ocidental (OOAS), a CEDEAO mobilizou quase 38 milhões de dólares durante o primeiro semestre de 2021 para atender às necessidades das populações”, refere o documento.

ANG/Inforpress/fim

 

Política/Domingos Simões Pereira diz temer  que a Guiné-Bissau se torne num não-Estado

Bissau, 21 Jan 22 (ANG) - O líder do PAIGC disse quinta-feira que existem pessoas que querem instalar a anarquia e o caos na Guiné Bissau e referiu temer que o país se torne num não-Estado.

Segundo a RFI, Domingos Simões Pereira reagia assim depois das declarações de Umaro Sissoco Embaló, segundo as quais, mesmo em caso de vitória do PAIGC nas legislativas de 2023 não vai nomear Domingos Simões Pereira como primeiro-ministro.

O chefe de Estado considerou impossível uma coabitação entre ele e Domingos Simões Pereira porque aquele não o reconhece como Presidente da Guiné-Bissau.

Numa entrevista ao Blogue Ditadura de Consenso, Domingos Simões Pereira considerou as  declarações do Presidente Sissoco Embaló   como sendo uma tentativa de distracção ao PAIGC.

Disse que, neste momento, o partido está embalado rumo ao seu décimo congresso, marcado para Fevereiro deste ano.

Domingos Simões Pereira defendeu que nada poderá impedir o PAIGC de assumir as suas responsabilidades perante o povo da Guiné-Bissau. Também disse que o PAIGC não se vai deixar enredar naquilo que considera de cenas de teatro”.

Domingos Simões Pereira também disse que há pessoas na Guiné-Bissau que querem instalar a anarquia e o caospara que o país entre numa situação de um não-Estado.

Sem se referir a Sissoco Embalo, o líder do PAIGC afirmou que todas as declarações sobre a sua pessoa não passam de uma "tentativa de afugentar fantasmas pessoais”.

Em relação à sua pessoa, Simões Pereira disse não estar preocupado com nada e reiterou que o único propósito que o move é a verdade.

Numa reunião quinta-feira,em Bissau, o Comité Central do PAIGC renovou a sua confiança em Domingos Simões Pereira na liderança do partido, não obstante as criticas, inclusivé de dirigentes do partido contra os dois mandatos de Simões Pereira. ANG/RFI

Covid-19/Números de infecções e mortes caíram “significativamente” em África – OMS

Bissau, 21 Jan 22 (ANG) – O número semanal de casos de covid-19 “caiu significativamente” em África, assim como o número de mortes, pela primeira vez desde o pico da quarta vaga, induzida pela variante Ómicron, anunciou quinta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).


“Este declínio assinala o fim do surto mais curto no continente, que durou 56 dias”, revelou o gabinete regional de África da OMS em Brazaville num comunicado após a conferência de imprensa semanal do organismo.

“O número de novos casos registados diminuiu 20% numa semana até 16 de Janeiro, enquanto o número de mortes diminuiu 8%”, anunciou a organização da ONU.

A OMS África acrescentou que a África do Sul, onde a variante ómicron foi sequenciada pela primeira vez, registou uma tendência decrescente durante as últimas quatro semanas.

Apenas a região do Norte de África registou um aumento de casos na semana passada, com um pico de 55%, acrescenta a declaração.

Apesar desta tendência, “enquanto o vírus continuar a circular, são inevitáveis novas vagas futuras”, sublinhou Matshidiso Moeti, diretora da OMS para África, na conferência de imprensa.

O continente “deve, não só, generalizar a vacinação, mas também alcançar um acesso alargado e equitativo aos tratamentos essenciais” da covid-19, acrescentou a responsável.

As taxas de vacinação permanecem baixas em África. De acordo com a OMS, apenas 10% da população está totalmente vacinada.

De acordo com os dados anunciados hoje pelo Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o continente ultrapassou na última semana os 10,4 milhões de casos de covid-19, resultando em 235 mil mortes.

“O total de casos chegou a 10,4 milhões nos 55 Estados-membros da União Africana, resultando infelizmente em 235 mil mortes desde o início da pandemia de covid-19”, anunciou hoje John Nkengasong, director do África CDC, na habitual conferência de imprensa semanal, difundida a partir de Adis Abeba.

Analisando a tendência da última semana, em comparação com a anterior, o responsável afirmou que há 46 países na quarta vaga, e já oito na quinta vaga, incluindo a Guiné-Bissau, juntamente com o Quénia, Somália e Tunísia, entre outros.

“Comparando a semana entre 10 e 16 de Janeiro com a de 3 a 9 de Janeiro, houve um total de 249.943 novos casos, o que representa uma descida de 20%”, disse Nkengasong, vincando que em termos de número de mortes, houve um aumento médio de 4% neste período, totalizando 2.791 novas mortes, que compara com as 2.688 mortes na semana anterior.

A variante Ómicron, afirmou John Nkengasong, já foi registada em 40 países so continente, concluiu.

A covid-19 provocou 5.553.124 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detectada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Cultura/Carnaval 2022 sem concurso e com desfile dos países da UEMOA

 Bissau,21 Jan 22(ANG) - O governo  anunciou, que o carnaval 2022, previsto para decorrer entre 26 de Fevereiro e 01 de Março, será só de desfile e sem concurso, e que nele  tomarão parte os oito (8) países da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) que vão  apresentar a cultura dos seus respectivos países.

O anúncio é do secretário de Estado da Cultura durante a cerimónia de posse quarta-feira do novo presidente da comissão organizadora deste maior manifestação cultural do país que representa o factor da “unidade nacional”.

De acordo com Francelino Cunha, o executivo pretende este ano um carnaval diferente sem concurso dos grupos. “ Isto vai permitir a população guineense ver um carnaval diferente. Estamos numa integração sub-regional, aliás terminamos de preparar a carta de política nacional de cultura que também alberga o componente integração (sub-regional)”, explicou.

Contudo, no empossamento do presidente da Comissão Organizadora do Desfile do Carnaval, o governante manifestou  alguns receios  quanto a realização desta maior manifestação cultural devido o aumento de casos da Covid-19 no país.

“Estamos em preparação para a realização do carnaval, mas também, estamos prontos para sermos confrontados com “um não” do governo a semelhança do ano passado, por causa da covid-19”, diz o responsável.

Por seu turno, o novo presidente da Comissão Organizadora do Desfile do Carnaval, Leonardo Cardoso, disse que é hora de internacionalizar o carnaval como forma de dar outra imagem ao país.

 Desde 2020 que não se realiza a maior manifestação cultural no país devido a adopção de  medidas restritivas para travar a propagação do coronavírus no país. ANG/Rádio Sol Mansi

 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Portugal/PS pede a maioria absoluta em Portugal com oposição à direita e à esquerda

Bissau, 19 Jan 22(ANG) - As eleições legislativas portuguesas aqueceram terça-feira com um debate com nove líderes partidários, com o Partido Socialista a pedir maioria, a restante esquerda a apontar o dedo à governação socialista e a direita a mostrar-se fragmentada com a possível subida da extrema-direita.


António Costa, primeiro-ministro português e candidato às eleições legislativas de 30 de Janeiro, pediu sem tabus num debate com oito dos seus rivais que os portugueses dêm ao Partido Socialista a maioria absoluta de forma a ter a estabilidade necessária para governar.

"A melhor solução é ter uma maioria absoluta”, disse António Costa, pronunciando pela primeira vez a expressão maioria absoluta desde o chumbo do Orçamento do Estado para 2022 que levou à queda do Governo apoiado pela esquerda na Assembleia da República.

Mas Rui Rio, líder do PSD e candidato às eleições, não se deixou galvanizar por este pedido do adversário. 

"​A probabilidade de haver uma maioria absoluta é muito próxima de zero", argumentou o antigo autarca do Porto, dizendo que também o PSD pode trazer estabilidade ao país, mostrando-se disponível para negociar no pós-eleições, deixando mesmo a possibilidade de um acordo com os socialistas.

Também contra a maioria do PS está o Bloco de Esquerda, partido que até 2021 tinha apoiado a governação de António Costa.

"Ninguém vem pedir uma maioria absoluta. Mesmo o doutor António Costa não conseguiria assinalar uma maioria absoluta que Portugal teve como exemplo a que queira voltar", disse Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, lembrando que o último primeiro-ministro a governanr com maioria absoluta em Portugal foi José Sócrates.

O outro partido de esquerda com representação parlamentar, o Partido Comunista, mostrou-se mais uma vez disponível para negociar, argumentando que os governos maioritários são mais instáveis para a vida dos cidadãos.

"Não temos uma ideia de auto-suficiência. Estamos disponíveis para convergir", disse João Oliveira, deputado comunista que substituiu o líder Jerónimo de Sousa que está a recuperar de uma intervenção cirúrgica.

O Livre, partido de esquerda fundado pelo académico Rui Tavares, prefere uma maioria "o mais ampla possível", esclarecendo que caso haja uma maioria de direita, fará parte da oposição.

Já o PAN, através de Inês de Sousa Real, mostrou-se disponível para entendimentos dos dois lados do espectro político, já que "constrói pontos, não ergue muros". 

À direita do PSD, o CDS assegurou que o voto nas suas fileitas era um voto útil, pois mesmo que entrem em coligação com o sociais-democratas, terão mais força para advogar as suas próprias propostas. Francisco Rodrigo dos Santos garantiu que o voto no CDS é "um voto certo para quem quer uma maioria de direita", acabando com o mandato da esquerda.

O Chega espera ser a terceira força política nestas eleições, tendo como ambição eleger 20 deputados, e não viabilizará uma maioria de direita caso não esteja no Governo.

"Se o Chega tiver uma votação expressiva, exigirá a presença no Governo", declarou André Ventura, líder do Chega.

João Cotrim de Figueiredo, líder do partido Inciativa Liberal, considera o que partido será "essencial" para uma maioria de direita, defendendo ser mais reformista do que o PSD. ANG/RFI



Finanças
/Ministro realça empenho dos trabalhadores da instituição na arrecadação das receitas fiscais

Bissau,19 Jan 22(ANG) - O ministro das Finanças, João Alage Mamadu Fadiá realçou o empenho dos trabalhadores da instituição que dirige na arrecadação das receitas fiscais e na gestão das finanças públicas.

De acordo com a página oficial do Ministério das Finanças na Facebok , a revelação foi feita hoje na cerimónia de cumprimentos  de Ano Novo dos funcionários daquela instituição ao pessoal dirigente do Ministério das Finanças, designadamente, ministro das Finanças, João Alage Mamadu Fadiá, Secretario de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais, José Carlos Casimiro Varela e Secretário de Estado do Tesouro, Ilídio Vieira Té.

Contudo, o governante sublinhou a necessidade de todos se  empenharem para  melhorar o nível de arrecadação das receitas para fazer face à despesas correntes, nomeadamente salários e de funcionamento da administração pública.

"Apenas o salário consome 84% de receitas fiscais. A Guiné-Bissau ainda continuará a depender das receitas não fiscais”, diz o ministro das Finanças, citando dados do FMI.

Neste particular, Fadiá traçou um quadro favorável na perspectiva de retoma, à curto prazo, do Programa de Facilidade de Crédito Alargado com o Fundo Monetário Internacional, (FMI),  capaz, segundo o ministro, de  estimular outros parceiros para financiarem projectos de desenvolvimento de vulto na Guiné-Bissau.

"Nunca à Guiné-Bissau  beneficiou do FMI, só num ano, de 60 milhões de dólares, facto que revela um sinal de confiança e do empenho dos funcionários das finanças públicas" disse João Alage Mamadu Fadiá.

O ministro adianta que  "o restabelecimento das relações financeiras internacionais”, permite igualmente ao país beneficiar de financiamentos do Banco Mundial à título de donativo.

Na ocasião, o Porta-voz do sindicato de base dos trabalhadores do Ministério das Finanças, Malam Home Indjai voltou a  propor a reactivação da Folha A-4 e “efectivação” dos funcionários ainda com vínculo precário no Ministério das Finanças.

Em resposta, o Ministro das Finanças voltou a defender o contrato de "Provimento para a resolução definitiva da situação dos trabalhadores inscritos na folha de A-4", com vista a legalização desse grupo, tendo prometido  a resolução do problema dos funcionários com vínculo precário.

No seu discurso, o Secretário-geral do Ministério das Finanças, Vençã Mendes enumerou várias acções desenvolvidas no sector durante o ano findo, destacando, a retoma das relações financeiras internacionais e o rigor na gestão das finanças públicas.

"Apelo à todos os funcionários no sentido de se mobilizarem com vista a implementação integral dos instrumentos de governação, nomeadamente, Programa do Governo, Orçamento geral de Estado, (OGE) e Plano Nacional de Desenvolvimento", disse Vençâ Mendes.ANG/ÂC//SG