quinta-feira, 24 de julho de 2025

Turquia/Rússia considera positivas negociações humanitárias com ucranianos

Bissau, 24 Jul 25 (ANG) - O Governo russo afirmou hoje que a terceira ronda de negociações com a Ucrânia foi positiva, especialmente na questão humanitária, embora tenha afirmado que a Rússia continua a avançar com os seus planos de conquista do país vizinho.


"Diante da difícil situação provocada pela resistência ucraniana, repito, mais uma vez, que é impossível esperar qualquer tipo de progresso [nas negociações]. Assim, é apropriado avaliar positivamente as conversações em relação às questões humanitárias", disse o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, à imprensa local.

De seguida, Peskov elogiou as propostas russas, que eram "concretas, construtivas e essenciais para os cidadãos de ambos os países: a continuação das trocas, o regresso de civis que estão praticamente reféns e a continuação da devolução dos corpos dos soldados mortos".

O porta-voz russo considerou ainda importante a sugestão russa de criar três grupos de trabalho online, "cujo trabalho seria tão intenso e regular quanto à disposição das partes".

No entanto, o porta-voz garantiu que o exército russo está a "fazer tudo o que é possível para criar uma zona de segurança" no norte da Ucrânia e "destruir as infraestruturas militares e semi-militares do regime ucraniano", enquanto Kyiv "tenta levar a guerra para território russo".

Nas suas declarações anteriores, o Kremlin lamentou o atraso na convocação da terceira ronda de negociações com a Ucrânia, mas, assim que foram anunciadas, manifestou ceticismo.

"Não esperávamos progressos. É difícil esperar qualquer avanço", declarou Peskov, sobretudo devido às "abordagens diametralmente opostas dos projetos de memorandos trocados" na segunda ronda, que aconteceu em 02 de junho.

A Rússia mantém-se firme nas suas exigências iniciais, continuando a atrasar o processo de paz à medida que avança para território ucraniano.

A terceira ronda de negociações entre a Ucrânia e a Rússia aconteceu na quarta-feira, em Istambul, na Turquia.

O chefe da delegação russa às conversações de paz, Vladimir Medinsky, afirmou na quarta-feira ter proposto a Kiev tréguas de "24 a 48 horas" nas linhas da frente e aceitado nova troca de prisioneiros.

O chefe da delegação negocial ucraniana, Rustem Umerov, afirmou ter proposto à Rússia durante a ronda de negociações que o Presidente russo, Vladimir Putin, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se reunissem antes do final de agosto, na presença dos seus homólogos turco e norte-americano, Recep Tayyip Erdogan e Donald Trump, para promover uma solução negociada para a guerra. Umerov adiantou que Kiev voltou também a propor um cessar-fogo que, no mínimo, acabaria com os ataques às infraestruturas civis.

No final, o negociador-chefe russo rejeitou uma possível cimeira entre Putin e Zelensky, sem antes ser alcançado um acordo de paz.

As últimas duas rondas de conversações, em 16 de maio e em 02 de junho, acabaram sem resultados sobre um acordo para um potencial cessar-fogo. Kyiv e Moscovo conseguiram acordar trocas de prisioneiros de guerra e de corpos de combatentes.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, numa nova fase do conflito, que começou com a anexação da península ucraniana da Crimeia pelos russos em 2014. ANG/Lusa

 

Regiões/Movimento da Sociedade Civil de Bissorã preocupado com constrangimentos para a obtenção de Registo Civil  online

Bissorã, 24 Jul 25 (ANG) – O Presidente do Movimento da Sociedade para a Paz e Desenvolvimento do Setor de Bissorã, região de Oio  ,manifestou , terça-feira, a sua preocupação sobre a demora que se verifica para a obtenção do Registo Civil ,via on line, divido a dificuldades de comunicações.

Ussumane Djaló falava ao Correspondente regional da ANG de Oio, e disse que , as vezes ,os documentos fazem mais de uma semana sem puderem ser assinados pelo Conservador, que alega ser o único e residente em Mansoa.

Djaló admite que essa demora pode ser desmotivador para as pessoas interessadas na obtenção do  Registo Civil por essa via, e que são obrigados a aguardar por duas semanas para terem os seus registos.

Ussumane   apela ao  Ministério da Justiça para encontrar soluções que possam diminuir essa demora.

O Correspondente da ANG em Oio falou com  populares sobre o assunto e foram unânimes nas lamentações sobre essa demora.

Mussa Djaló disse que as vezes fazem semanas para obter os seus documentos e muitos arriscam, deixando as suas casas durante vários dias passando sacrifícios em Bissorá para obter, sobretudo ,o Registo de Nascimento das crianças.

 “Muitas crianças correm o risco de não terem o Registo de Nascimento caso a situação não melhorar”, admitiu Mussa .

Inussa Camará disse que a  demora tem haver com o facto de haver apenas um conservador para  Bissorá e Mansoa. ANG/AD/MSC//SG

Saúde/ Embaixada da Bissau em  Gâmbia alerta  funcionários  sobre  identificação do primeiro caso de M-Box neste país vizinho

Bissau, 24 Jul 25 (ANG) – A Embaixada da República da Guiné-Bissau em Gâmbia na  comunicou aos  funcionários, em nota informativa, que foi identificado do primeiro caso de Monkeypox na  Gâmbia.

"É com grande preocupação que informamos sobre a identificação do primeiro caso de Mpox na Gâmbia, esta é uma situação que exige a máxima atenção e colaboração de todos nós," lê-se na nota, à que a ANG teve acesso esta quinta-feira .

 Mpox, anteriormente conhecida como Monkeypox, é uma doença viral rara, mas potencialmente grave, causada por um vírus que pertence à mesma família da variola.

Os sintomas iniciais podem incluir febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dores nas costas, inchaço dos ganglios linfáticos, arrepios e fadiga. Após esses sintomas, pode surgir uma erupção cutânea, que muitas vezes começa no rosto e se espalha para outras partes do corpo, incluindo as mãos e os pés e as lesões podem evoluir de manchas planas para bolhas cheias de líquido, que depois secam e formam crostas.

Ainda de acordo com a Nota Informativa da embaixada guineense, Mpox pode ser transmitida através de contacto próximo com uma pessoa infetada, incluindo o contacto fisíco direto com as lesões, fluidos corporais, ou materiais contaminados (como roupas de cama), Também pode ser transmitida por gotículas respiratórias durante o contacto face a face prolongado, animais infetados também podem transmitir o vírus.

“Embora a maioria dos casos de Mpox seja leve e se resolva em algumas semanas, a doença pode levar a complicações graves, como infeções secundárias, pneumonia, encefalite e problemas de visão, e em casos raros, pode ser fatal”, refere a nota.

A Embaixada apela à colaboração e responsabilidade de todos para mitigar a propagação da Mpox, e recomenda a lavagem das mãos com frequência com água e sabão ou uso de  desinfetante à base de álcool. ANG/MI//SG

 

Transporte Terrestre/ Empresa STGB lamenta morte por acidente do seu funcionário na estrada que liga Buba à Catio

Bissau, 24 Jul 25 (ANG) – O Administrador da Sociedade de Transportes da Guiné-Bissau (STGB), lamentou hoje a morte, no passado dia 21 de Julho, de um dos seus funcionários, na localidade de Darsalam, sul da Guiné-Bissau, quando tentava resolver problemas técnicos no autocarro de transporte da empresa, que faz ligação entre Bissau e Catio.


O sentimento de pesar foi manifestado numa conferência  de imprensa, em jeito de  esclarecimentos sobre  as circunstâncias em que o funcionário .,de 32 anos de idade sofreu o acidente mortal.

Malam Dabó disse que não reagiram ao que foi veiculado devido ao sentimento de luto e consternação provocado pela morte do funcionário.

Disse que, ao contrário das notícias postas a circular, o acidente não tem nada a ver  com troca de pneus ou  uso do macaco de roda.

“O acidente  aconteceu na localidade de Darsalam, por volta de 17 horas da tarde, devido a um problema no autocarro e o condutor e a sua equipa chegaram a conclusão de que os passageiros e as cargas devem ser transferidos  para  outro carro, para se continuar a viagem, devagar, com o autocarro com avaria, com a intenção de consertá-la em Catio”, disse.

Dabó acrescentou que o funcionário falecido sugeriu aos colegas  que o carro fosse consertado em Darsalam, o que acabou por acontecer. “Soldaram a batente do balão para permitir o normal andamento  do carro. O trabalho foi feito e na tentativa de controlar se o trabalho estava bem feito o ajudante e condutor entraram debaixo do carro, e  quando o balão arrebentou, um ferro atingiu o malogrado no rosto, e foi isso  que provocou a sua morte”, contou.

Disse que  depois de serem informados do incidente, uma delegação fez o que era necessário fazer, retirando o corpo do local e entregar à família que já levou o cadáver para a República da Guiné, seu país Natal.

Segundo Malam Dabó , o acidente podia ser pior uma vez que o ajudante e o motorista ambos estavam debaixo do carro, tendo garantido que vão continuar a acompanhar o caso e analisar    a possibilidade de responsabilizar o soldador que concertou o autocarro.

Questionado se são o ajudante e o motorista que fazem a manutenção das viaturas, Dabó disse  que a empresa dispõe de uma equipa de mecânicos, mas admitiu que há  momentos, que diz de “pequenas avarias”, em que o motorista e ajudante atuam..

 “Geralmente, a equipa de mecânicos é que fazem os trabalhos. Desde a criação da empresa, em 2007 ,nunca acontecceu casos como este”, disse. ANG/MSC//SG

 Médio Oriente/Media internacionais pedem a Israel mais acesso a Gaza para jornalistas

Bissau, 24 Jul 25(ANG) -  As agências noticiosas France Presse, Reuters e Associated Press, bem como a televisão pública britânica BBC, pediram hoje ao Governo israelita para permitir a entrada e saída de jornalistas em Gaza, perante as crescentes dificuldades de acesso.

"Instamos mais uma vez as autoridades israelitas a permitir que os jornalistas entrem e saiam de Gaza. É essencial que a população receba alimentos suficientes", afirmaram os meios de comunicação social num comunicado conjunto, manifestando a sua "preocupação desesperada" com os respetivos jornalistas destacados no enclave palestiniano, "cada vez mais incapazes de conseguir alimentos para si próprios e para as suas famílias".

Na mesma nota conjunta, estes media internacionais sublinharam que "durante muitos meses, estes jornalistas independentes têm sido os olhos e os ouvidos do mundo em Gaza".

"Os jornalistas sofrem muitas privações e sofrimentos em zonas de guerra. Estamos profundamente alarmados com o facto da ameaça de fome ser agora uma delas", afirmaram, depois de denúncias de que alguns jornalistas estavam a passar fome no enclave.

As autoridades da Faixa de Gaza, controladas pelo movimento islamita Hamas, elevaram hoje para pelo menos 115 o número de mortes por fome ou desnutrição desde o início da ofensiva israelita, em outubro de 2023.

Também o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou, na quarta-feira, para o aumento de mortes de crianças por subnutrição.

"Os dados recolhidos (...) mostram que a subnutrição em Gaza atingiu níveis muito críticos", disse a agência das Nações Unidas, acrescentando que quase 5.000 das 56.000 crianças com menos de 5 anos observadas durante as duas primeiras semanas de julho nas províncias de Deir al-Bala (centro do enclave) e Khan Yunis (sul) estavam "gravemente subnutridas".

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 59 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.ANG/Lusa

 

 Angola/Presidente João Lourenço alerta para perigo que lei de nacionalidade portuguesa pode trazer à lusofonia

Bissau, 24 Jul 25 (ANG)- O chefe de Estado angolano advertiu , terça-feira , os riscos que a lei de imigração de Portugal pode representar para as relações bilaterais e para o futuro da CPLP, admitindo algum incómodo ao projeto, que garante abordar com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.


 Falando ao canal português CNN, João Lourenço também abordou as relações entre os dois países, a sucessão Presidencial e minimizou a vaga de manifestações que tem acontecido um pouco por todo o país. 

O Presidente da República concedeu, na noite de 23 de Julho, em Luanda, uma entrevista à CNN Portugal, onde falou das relações entre Luanda e Lisboa, bem como da sucessão Presidencial e das manifestações, resultado do aumento dos combustíveis e serviços dos transportes públicos e privados. 

Ao canal televiso português, João Lourenço afirmou seguir com atenção a lei de nacionalidade portuguesa, admitindo algum incomodo ao diploma.

Bom, de facto existe algum incómodo. Estamos a seguir a evolução da situação com muita atenção. Portanto, os portugueses emigraram para todo o mundo e o mínimo que a gente exige é que Portugal não trate os imigrantes que escolheram Portugal como um destino para a fazer em suas vidas, de forma pior que foram tratados nos países que os acolheram aos longos dos anos dos anos”, garantiu.  

Questionado se vai abordar o assunto com o seu homólogo português, o chefe de Estado de Angola admite que sim, desconfiando que o projeto venha a “beliscar as relações” dentro da comunidade lusófona. 

Eu penso que sim, eu penso que sim. É nossa obrigação, enquanto Estados-membros da CPLP, incluindo Portugal, tudo fazer para evitar que isso possa vir a acontecer, portanto, vamos trabalhar todos em conjunto, incluindo Portugal, para não fazer descambar esse grande projeto de comunidade que é a CPLP”, disse o chefe de Estado. 

Sobre os protestos em Angola, João Lourenço desvalorizou-os pelo facto de não existir motivos aparente.

Às vezes, as pessoas manifestam-se sem nenhuma razão aparente. Neste momento, o argumento é o aumento do preço dos combustíveis. Mas é preciso que se diga que, depois do aumento do preço do diesel, hoje custa 400 kwanzas o litro. O preço do diesel, neste momento, em Angola, ronda os 40 cêntimos do dólares. Portanto, não há muitos países do mundo que tenham combustível a este preço”, esclareceu o político.

O Presidente angolano falou, igualmente, do futuro sucessor que, a seu ver, tem de fazer igual ou melhor que o seu programa de governo. 

Quem quer que seja que venha a substituir, seja igual ou melhor que eu. Que faça igual ou melhor que eu. Se não conseguir isso, ficarei com remorso, ficarei sem ter-me, digamos, de alguma forma responsabilizado por isso”, alertou João Lourenço.ANG/RFI 

 

Médio Oriente/Mais de cem ONG's interpelam comunidade internacional sobre a fome na Faixa de Gaza

Bissau, 24 Jul 25 (ANG) - Uma centena de organizações não-governamentais denunciam a "fome" na Faixa de Gaza e apelam Israel a permitir a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano.  

Num comunicado divulgado a 23 de Julho, 111 organizações não-governamentais, entre as quais a Médicos Sem Fronteiras (MSF), Médicos do Mundo, Caritas ou ainda a Amnistia Internacional denunciam o bloqueio por Israel, fora do território palestiniano, de toneladas de produtos alimentares, água potável e medicamentos, numa altura em que a população civil "morre de fome e de sede", como alertou a Organização Mundial da Saúde, para além de viver sob a ameaça constante de bombardeamentos. 

As ONG internacionais alertam que os seus próprios trabalhadores no terreno "estão agora sob perigo de morte", devido à falta de comida. Criticando o bloqueio total deste enclave palestiniano e os vários entraves à entrada da ajuda humanitária, as 111 organizações acusam o governo israelita de Benjamin Netanyahu de ter deliberadamente provocado "o caos, a fome e a morte". 

Israel, que controla todos os acessos à Faixa de Gaza, negou esta quarta-feira ser responsável pela penúria de alimentos no território palestiniano e acusou o Hamas de ter deliberadamente criado a crise. "Não há fome em Gaza criada por Israel", afirmou o porta-voz do governo israelita, acrescentando que "a penúria de alimentos foi criada pelo Hamas". 

No comunicado, as ONG's apelam a comunidade internacional a exigir o levantamento de todas as restrições, a abertura de todos os pontos de passagem terrestre e o fim do sistema de distribuição de ajuda alimenta controlado pelo exército israelitaacusado pela ONU de ter morto a tiro cerca de mil palestinianos enquanto vinham buscar comida, em menos de dois meses. 

Como alternativa, as organizações apelam ao regresso da distribuição da ajuda conforme os princípios do direito humanitário e sob supervisão das agências das Nações Unidas. 

"Os Estados devem aplicar medidas concretas para colocar um ponto final ao cerco a Gaza, como por exemplo, acabar com a venda ou transferência de armas e de munições" para Israel, lê-se no comunicado. ANG/RFI

 

China/UE e China assinalam 50 anos de relações com cimeira marcada por tensões comerciais

Bissau, 24 Jul 25 (ANG)  - A cimeira entre a União Europeia e a China, realizada esta quinta-feira em Pequim, marcou os 50 anos de relações diplomáticas.

O encontro decorreu num clima tenso, num momento em que Bruxelas tenta redefinir a sua posição entre os Estados Unidos e a China, num cenário de rivalidade crescente entre Washington e Pequim.

O presidente chinês, Xi Jinping, apelou a um reforço da “confiança mútua e considerou que “não existe entre a China e a UE nenhum conflito de interesses nem desacordo geopolítico fundamental”. Sublinhou ainda que “quanto mais grave e complexa for a situação internacional, mais os dois lados devem intensificar a comunicação”.

Por seu lado, a presidente da Comissão Europeia foi clara: “A nossa relação chegou num momento chave. É essencial que a China e a Europa reconheçam as suas preocupações respectivas e proponham soluções concretas”. Ursula von der Leyen reiterou a necessidade de um maior equilíbrio na relação económica e comercial, tema central do encontro.

A União Europeia apresenta um défice comercial recorde com a China (cerca de 305,8 mil milhões de euros em 2024), resultando no crescimento das exportações chinesas e da queda das exportações europeias.

Em entrevista a RFI, Luis Mah, professor no Instituto Universitário de Lisboa analisa a posição da UE neste contexto :

“A União Europeia tem vindo a tomar uma série de medidas de fortalecimento das suas indústrias, das suas capacidades industriais, das suas capacidades de defesa face a estes conflitos comerciais. A União Europeia, naturalmente, pode utilizar uma série de instrumentos, como tem usado, por exemplo, com a China, o início de investigações a vários produtos chineses que entram no mercado europeu e que a Europa está a investigar. Há um dumping, ou seja, há uma venda de produtos a um preço muito baixo e que acaba por destruir as indústrias europeias. E depois claramente o apoio, mesmo que a China diz que mantém-se neutral, mas claramente a China tem mantido toda uma relação de proximidade com Moscovo desde o início da invasão e da guerra na Ucrânia. Pequim tem evitado criticar o comportamento de Moscovo. Temos, alguns países da União Europeia que continuam a manter-se mais próximos de Moscovo ou pelo menos a manter ação com Moscovo e até com Pequim."

Parralelamente a Comissão Europeia procura um acordo para evitar tarifas aduaneiras de 30% nos produtos europeus a partir de 1 de Agosto por parte dos Estados Unidos. O 27 Estados da União Europeia aprovaram quinta‑feira medidas comerciais de retaliação no valor de 93 mil milhões de euros contra os EUA, caso não haja acordo com Washington. Estas medidas, repartidas por dois pacotes de 21 e 72 mil milhões, entrarão em vigor após 7 de Agosto. Washington e Bruxelas negoceiam uma taxa de 15%, sujeito à aprovação de Donald Trump. Questionado sobre o posicionamento a assumir contra os EUA e a China, Luis Mah indicou que a EU tem que encontrar uma via diplomática.  

“Parece-me que a União Europeia está a tentar encontrar o seu caminho. Ainda não está claro. A União Europeia tem vindo a tomar uma série de medidas de fortalecimento das suas indústrias, das suas capacidades industriais, de defesa face a estes conflitos comerciais. A União Europeia tem vindo a tomar uma série de medidas de fortalecimento das suas indústrias, das suas capacidades industriais, das suas capacidades de defesa face a estes conflitos comerciais. A União Europeia, naturalmente, pode utilizar uma série de instrumentos, como tem usado, por exemplo, com a China, o início de investigações a vários produtos chineses que entram no mercado europeu e que a Europa está a investigar. Há um dumping, ou seja, há uma venda de produtos a um preço muito baixo e que acaba por destruir as indústrias europeias. Depois, também com os Estados Unidos também poderá utilizar instrumentos anti coerção. Portanto, a União Europeia está num momento, volto a repetir, de muita complicação, ainda por mais porque realmente tem que encontrar um consenso interno que tem vindo a ser construído. Temos, alguns países da União Europeia que continuam a manter-se mais próximos de Moscovo ou pelo menos a manter ação com Moscovo e até com Pequim. Mesmo atraindo investimentos chinês eh que poderia ser pode ser problemático para a Europa. Estou a falar do caso desculpe, da Hungria ou mesmo da Eslováquia.” ANG/RFI

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Brasil/Juiz decide que Bolsonaro cometeu 'irregularidade isolada' e não será preso

Bissau, 24 Jul 25 (ANG) - O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu hoje que o ex-Presidente Jair Bolsonaro cometeu uma irregularidade isolada das medidas cautelares que lhe foram impostas pela Justiça e não será preso.

Moraes respondeu às alegações da defesa de Bolsonaro sobre o alegado incumprimento das medidas cautelares e esclareceu que, perante os argumentos e a conduta do ex-Presidente, não cabe decretar prisão preventiva.

"Por se tratar de irregularidade isolada, sem notícias de outros descumprimentos até ao momento, bem como das alegações da defesa de Jair Messias Bolsonaro da 'ausência de intenção de fazê-lo, tanto que vem observando rigorosamente as regras de recolhimento impostas', deixo de converter as medidas cautelares em prisão preventiva, advertindo ao réu, entretanto, que, se houver novo descumprimento, a conversão será imediata", escreveu Moraes na decisão.

Os advogados de Jair Bolsonaro tinham sido convocados para comentar uma possível violação dessas restrições, depois do ex-Presidente ter participado num evento na Câmara dos Deputados com dezenas de deputados na segunda-feira, que foi transmitido nas redes sociais.

Moraes decretou, na semana passada, novas medidas cautelares contra o ex-chefe de Estado brasileiro, incluindo o uso de uma pulseira eletrónica, obrigatoriedade de permanecer em casa entre as 19:00 e as 06:00 de segunda a sexta-feira e em tempo integral aos fins de semana e feriados, não podendo também manter contacto com embaixadores e autoridades estrangeiras.

O juiz justificou essa decisão com o argumento de que havia indícios de crimes de "coação, obstrução" da Justiça e "atentado à soberania nacional", segundo o relatório da Polícia Federal.

Bolsonaro e o filho e deputado Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos há cinco meses, procuraram "induzir, instigar e auxiliar" o Governo de Donald Trump "na prática de atos hostis contra o Brasil", com o objetivo de "arquivar" o processo do golpe, segundo a investigação da polícia brasileira.

O ex-Presidente brasileiro e líder da extrema-direita no país enfrenta um julgamento criminal sob a acusação de "liderar" um plano golpista para se manter no poder e impedir a posse do seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, depois de perder as eleições de 2022.

Esse processo, no qual enfrenta uma possível pena de 40 anos de prisão, foi o principal motivo que levou o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a anunciar uma tarifa adicional de 50% sobre as importações brasileiras a partir de 01 de agosto.

O líder republicano alegou que Bolsonaro está a ser vítima de uma "caça às bruxas" e exigiu que o julgamento "termine imediatamente".ANG/RFI

 

Cooperação /Embaixador de Portugal  e Ministro de Agricultura  fazem balanço da cooperação no domínio da Agricultura

Bissau, 24 Jul 25 (ANG) - O Embaixador de Portugal  e o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural procederam, quarta-feira ao balanço da cooperação no sector de Agricultura com destaque para o  novo Programa de Promoção das Cadeias de Valor da Agricultura(PPCVA).

A revelação do encontro para o efeito foi feita através do sitio da Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, segundo o qual, o novo Programa de Promoção da Cadeia de Valor da Agricultura é financiado pela União Europeia, e implementado e cofinanciado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P

O PPCVA visa contribuir para o crescimento económico, a criação de empregos  e a segurança alimentar e nutricional, através do desenvolvimento inclusivo e sustentável de cadeias de valor de elevado potencial no setor da agricultura, num contexto de alterações climáticas.

O encontro serviu,  para Miguel  Cruz Silvestre   renovar, perante Keta Baldé, o compromisso de Portugal, ao nível bilateral e multilateral, de continuar a apoiar o desenvolvimento sustentável do setor agrícola da Guiné-Bissau, numa lógica de parceria sólida, duradoura e centrada nas prioridades identificadas pelas autoridades guineenses.

Este programa  tem também uma vertente dedicada à Cadeia de Valor da Pesca, que será implementada pela Expertise France.

“A reunião ainda permitiu que as duas personalidades  revisitassem o historial de colaboração entre Portugal e a Guiné-Bissau, quer entre os ministérios homólogos, quer ao nível de outras instituições públicas e do meio académico, com destaque para a aposta na formação”, refere o sitio da Embaixada Lusa em Bissau.. ANG/LPG//SG

Energia/ Guiné-Bissau lança processo de elaboração da primeira política nacional para sector

Bissau, 24 jul 25 (ANG) – A Guiné-Bissau lançou oficialmente , quarta feira, o processo para elaboração da primeira Política Nacional de Energia(PNE).

Segundo a Rádio Sol Mansi o plano visa transformação do sector energético do país.


A iniciativa é financiada pelo Banco Mundial e outros parceiros, nomeadamente a Associação Lusófona de Energia Renováveis (ALER), através da colaboração com o Ministério da Energia, a Comissão da Comunidade dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) no âmbito do Projeto Regional de Acesso à Eletricidade Fora da Rede (ROGEAP).

Na ocasião, o ministro da Energia José Carlos Varela Casimiro destacou a importância do PNE como um marco estratégico para o desenvolvimento sustentável do sector no país.

Para o governante, a PNE deverá abranger áreas cruciais como combustíveis fósseis e derivados de petróleo, gás, geração, transmissão, distribuição e acesso à energia, tanto em rede quanto fora da rede, além da promoção de tecnologias de baixo carbono.

"Agradecemos de forma especial ao Sylla, coordenador do ROGEAP, pelo seu papel fundamental nesta jornada, assim como ao Banco Mundial e a ALER pelo apoio contínuo ao Ministério da Energia", disse.

A PNE, diz o ministro Varela Casimiro , será elaborada com base em metodologia participativa, que envolverá consultas amplas à diferentes segmentos da sociedade, incluindo governo, setor privado, organizações da sociedade civil e comunidades locais, para  garantir que o documento final reflita as reais necessidades do país e esteja alinhado com os compromissos internacionais como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o Acordo de Paris.

José Carlos Varela Casimiro sublinhou ainda a importância da adoção formal da PNE pelo Conselho de Ministros, o que garantirá o seu reconhecimento como instrumento estratégico nacional e facilitará sua implementação.

Para alcançar os objetivos traçados, Varela disse que o processo exigirá o reforço da colaboração institucional, a promoção da igualdade de género, a inclusão dos jovens e o fortalecimento das parcerias para mobilização e gestão eficaz dos recursos.

O governante disse que estão perante uma oportunidade única de democratizar o acesso à energia para superar obstáculos estruturais e impulsionar o desenvolvimento sustentável, inclusivo e próspero da Guiné-Bissau, ANG/RSM//SG

 Governador de Biombo apela empresários para cumprirem suas obrigações fiscais perante o Estado

Quinhemel, 24 Jul 25(ANG) – O Governador de Biombo apelou aos  empresários que operam na região para cumprirem as suas obrigações fiscais perante o Estado, a fim de poderem exigir seus direitos.

Em declarações  à ANG, Fernando Djú, disse que marcou encontros com seus parceiros depois da recente  visita que efetuou  as empresas que operam na quela região, concretamente nos  setores de Safim e Prábis, para se inteirar dos funcionamentos e das dificuldades, para juntos encontrar  soluções para os problemas existentes nas empresas , desde despachos  dos produtos, até as cobranças ilícitas e outras.

Fernando Djú  disse que o objectivo da reunião era de  saber o número das empresas instaladas na Região, das suas atividades e  dificuldades .

Djú  agradeceu aos empresários que escolheram a região para  instalar as suas fábricas, promovendo o desenvolvimento da região e beneficiando os moradores que vão sustentar suas famílias.

Em representação  dos empresários  Nosolino Sá , disse que o encontro com Governador regional permitiu-lhes expor ideias e opiniões diferentes para encontrar soluções para o funcinamento das empresas em dificuldades.

Disse que após o encontro com o administador da região de Biombo, perspetiva criar uma associação de funcionários das empresas que operam nos diferentes sectores da região,  para defender os trabalhadores.

ANG/JD//SG

Óbito / Pescador encontra  corpo de um homem morto  amarrado a um pilar na margem do rio Mansoa

Bissau, 24 jul 25 (ANG) -  Um pescador encontrou,  quarta-feira, sobre as águas do “Rio Mansoa”,  em João Landim, um corpo sem vida de um homem que aparenta ter    30 anos de idade , amarado contra um pilar.

Segundo a Rádio Sol Mansi, que cita testemunhas, o corpo foi descoberto por um pescador não identificado.

De acordo com o responsável dos pescadores de João Landim, o pescador encontrou o corpo amarado a um pilar, há cerca de três quilómetros da ponte Amílcar Cabral, do Rio Mansoa.

 “Foi um homem que encontrou o corpo e ele estava no mar a pescar  e há três quilômetro para a ponte e viu-o de longe e foi até lá depois descobriu que era uma pessoa. O corpo foi encontrado sem vida bem amarrado com arame queimado e contra um pilar”, explicou Luís Pansau, informando que o corpo do malogrado ainda tenha  roupas preta e calçado nos pés.

Luís Pansau revelou que esta não é a primeira vez, e que por isso, apela ao reforço de vigilância nos mares.

“É uma preocupação para nós que todos os dias estamos no mar a praticar a nossa atividade. Esta não é a primeira vez com que deparamos com essa situação. ”, afirmou o pescador.

A ponte "Amílcar Cabral", sobre o rio Mansoa na localidade de João Landim, está há tem 20 quilómetros de Bissau, tem 785 metros de comprimento e 11,4 metros de largura. ANG/LPG//SG

quarta-feira, 23 de julho de 2025

 Saúde Pública/Governo  faz  apresentação pública do “Barómetro Participativo de Saúde Pública”

Bissau, 23 Jul 25 (ANG) – O Governo através do Ministério da Saúde Pública (MSP), com os parceiros que atuam no setor,  fizeram ,esta quarta-feira, a apresentação pública  do “Barómetro Participativo de Saúde Pública”.

O “Barómetro Participativo de Saúde Pública” é um estudo financiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Consolidação da Paz (PBF), num montante não revelado.

Ao preferir o seu discurso no ato,  o Diretor Administrativo do Sistema Nacional de Saúde Pública,  Suande Camará disse que o Barómetro de Saúde Pública é um estudo cujo o objetivo é de favorecer o diálogo entre os cidadãos, os profissionais da saúde e o Governo, sobre os problemas que afetam o setor.

Acrescentou que o “Barómetro Participativo de Saúde” foi realizado no quadro do projeto “Reforço a Coesão Social  através da promoção, gestão e administração inclusiva e eficaz do setor da saúde pública”. coordenado pela OMS com a participação do UNICEF e do Ministério de Saúde Pública da Guiné-Bissau, e é financiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Consolidação da Paz (PBF).

O estudo recomenda um atendimento digno e de qualidade aos utentes, e atualização de documentos que regulamentam o funcionamento das estruturas de saúde e o desempenho dos profissionais.

Ainda recomenda a atualização da legislação e os documentos existentes dos profissionais de saúde, para que possam estar ao nível dos desafios atuais.

O Estudo refere que o desempenho dos profissionais da saúde deve ser caracterizado pela qualidade, e refere que  os mesmos devem conhecer e aplicar as orientações existentes na classe.

Recomenda  a criação de mecanismo imparciais para a avaliação periódica do  desempenho, com compensações e sanções disciplinares e criminais, conforme os resultados alcançados.

As estruturas da saúde existente, de acordo com o estudo , devem ser adequadas  às necessidades da população, pelo que recomenda a reabilitação e ampliação das  estruturas da saúde, o aumento  da cobertura sanitária para melhor responder às demandas da população.

Adquirir os  meios de transportes para a evacuação de doentes, ambulâncias, botes e vedetas nas zonas insulares, e em todas as áreas sanitárias, e disponibilizá-los de forma gratuita, para qualquer emergência, são outras recomendações feitas pelo mesmo estudo. ANG/LLA//SG

 

 

 

          ONU/PAM sem meios suspende ajuda alimentar no nordeste da Nigéria

Bissau, 23 Jul 25 (ANG) - O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) anunciou hoje que suspenderá toda a assistência alimentar e nutricional de emergência a 1,3 milhões de pessoas no nordeste da Nigéria no final deste mês por falta de financiamento.

De acordo com o comunicado de imprensa do PAM, esta decisão resulta de graves falhas de financiamento internacional, num contexto de aumento da violência e de níveis de fome no nordeste deste que é o país mais populoso de África.

"As reservas de alimentos e suplementos nutricionais do PAM estão totalmente esgotadas. Os últimos fornecimentos deixaram os armazéns no início de julho e a assistência vital terminará assim que a atual ronda de distribuições for concluída", anunciou a entidade.

Consequentemente, sem financiamento imediato, "milhões de pessoas vulneráveis enfrentarão escolhas impossíveis: suportar uma fome cada vez mais severa, migrar ou, possivelmente, correr o risco de serem exploradas por grupos extremistas da região", frisou a agência das Nações Unidas.

Concretamente, segundo dados do PAM, cerca de 31 milhões de pessoas na Nigéria enfrentam fome aguda. Um número recorde, segundo o diretor do PAM no país, David Stevenson. 

Para o PAM, as crianças estarão entre as mais afetadas, caso a ajuda vital seja interrompida.

"Mais de 150 clínicas de nutrição apoiadas pelo PAM nos estados de Borno e Yobe irão encerrar, comprometendo o tratamento de mais de 300.000 crianças com menos de dois anos e aumentando o risco de desnutrição aguda", lamentou.

Nas zonas do norte afetadas pelo conflito, a violência crescente de grupos extremistas está a provocar deslocações em massa.

Cerca de 2,3 milhões de pessoas em toda a bacia do Lago Chade foram forçadas a abandonar as suas casas, pressionando recursos já escassos e levando comunidades ao limite, contextualizou.

Durante o primeiro semestre deste ano, o PAM diz ter ajudado a conter a fome no norte desta nação ao apoiar 1,3 milhões de pessoas com alimentos e suplementos nutricionais.

"Estava previsto o apoio adicional a 720.000 pessoas na segunda metade do ano, mas a falta de fundos coloca agora estes programas em risco", ressalvou.

A agência precisa urgentemente de 130 milhões de dólares (cerca de 110 milhões de euros) para evitar a rutura dos fornecimentos e garantir a continuidade das operações até ao final do ano, concluiu.ANG/Lusa