segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Saúde Pública


                        Guiné-Bissau vai dispor de um Centro de Tele-Medicina

Bissau, ANG - A Guiné-Bissau vai, brevemente, passar a contar  com um Centro de Tele-Medicina para efeitos de diagnóstico local dos pacientes, graças ao apoio do governo indiano em parceria com a União Africana.

A garantia foi dada pelo Secretário de Estado de Saúde, Augusto Paulo da Silva em entrevista concedida à ANG.

Aquele governante explicou que o referido projecto de Tele-Medicina consiste na introdução de novas tecnologias de diagnósticos e tratamento de pacientes em certas especialidades médicas inexistentes no país.

“Com a instalação da Tele-Medicina, vai ser possível recorrer-se a certas parcerias com especialistas que podem, a partir dos seus países, contribuir no diagnóstico de um doente aqui na Guiné-Bissau sem que seja necessário a evacuação do paciente.”, disse.

O Secretário de Estado de Saúde sublinhou que o Ministério de Saúde iniciou há cerca de dois anos, um processo de reforma no sector hospitalar da Guiné-Bissau.

“Iniciamos com os hospitais regionais e actualmente foi alargado para o Hospital Nacional Simão Mendes. Como sabem, o Simão Mendes encontra-se em obras de reabilitação e construção, financiadas pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). Então, existem exigências para que o Simão Mendes disponha de um novo modelo de gestão, por exemplo, deve ter um Conselho de Administração”, explicou.

Augusto Paulo Silva afirmou que, antes de chegarem a este ponto, têm que se criar primeiramente uma Comissão que irá preparar o nascimento do referido Conselho de Administração. Adiantou que, por essa razão, entendeu-se que a Direcção antiga do Hospital Simão Mendes não corresponde com essas exigências e para tal certas alterações foram feitas na sua orgânica.

Questionado sobre o prazo estipulado para que a Comissão de Gestão do Hospital Simão Mendes concretize os seus trabalhos, Augusto Paulo da Silva disse que tem um tempo indeterminado porque o seu trabalho será acompanhado com as de obras de reabilitação.

“A Comissão não tem um tempo limitado, contudo as suas acções serão sincronizadas com as obras de reabilitação do Hospital Simão Mendes para que possa vir a receber um hospital totalmente reabilitado e equipado, e, por outro lado, preparar o nascimento do seu Conselho de Administração”, frisou.

Aquele governante considerou que não é correcto esperar até que forem terminadas as obras de reabilitação do Simão Mendes para depois instituir o seu Conselho de Administração.

Abordado sobre o que a população guineense poderá vir a ganhar com os trabalhos da reestruturação do Hospital Nacional Simão Mendes, Augusto Paulo da Silva esclareceu que vai tirar muitos proveitos se a Comissão de Gestão conseguir organizar o Hospital de tal forma  que possa prestar melhor serviço à população.

Salientou que o maior desafio do Ministério de Saúde actualmente é de prestar serviços de saúde de qualidade ao nível dos hospitais para que os cidadãos possam beneficiar em termos de cura, tratamento e reabilitação.

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O Secretário de Estado de Saúde sublinhou que as reformas têm o seu custo, acrescentando que é por causa disso que estão a mobilizar recursos para por a disposição do Hospital Simão Mendes para que a Comissão criada possa atingir os objectivos preconizados.

Explicou que existem recursos que vão sair do Banco Africano de Desenvolvimento, para apoiar a reabilitação das infra-estruturas, equipamentos, formação, entre outros, no Simão Mendes.

Disse que a Comissão de Gestão do Hospital Simão Mendes conta com oito membros entre os quais um especialista francês em gestão.

Apelou a compreensão da população porque estão a deparar-se com enormes dificuldades em todas as áreas com maior ênfase em diagnóstico e tratamento dos doentes.

“Certos tipos de medicamentos existem à vontade no país como são os casos de anti-palúdicos, mas quando vamos para outros tipos de patologias, como doenças crónicas, então os medicamentos tornam-se mais raras.

A nossa intenção é fazer com que num futuro muito próximo, as nossas populações quando entram num estabelecimento de saúde pública encontrem disponível, pelo menos 99 por cento de medicamentos de que necessitam. “É esse o desafio que queremos vencer”, destacou.

ANG/ÂC

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