quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

União Africana

“RDS é imprescindível para estabilização da Guiné-Bissau”, diz Presidente da Comissão da UA

Bissau, ANG – O Presidente da Comissão da União Africana (UA) considerou a reforma do sector da Defesa e Segurança (RDS) como condição básica e fundamental para a estabilização política da Guiné-Bissau.

Presidente da Comissão da UA, Jean Ping
Jean Ping prestava declarações à imprensa, após uma serie de encontros que manteve dia 28, com as autoridades guineenses, nomeadamente o Primeiro-Ministro, o Ministro da Defesa e dos Combatentes da Liberdade da Pátria acompanhado de chefias militares, membros da Sociedade Civil e do Corpo Diplomático.

“Vou pessoalmente fazer diligências com vista a apoiar as Forças Armadas guineenses, inclusive em uniformes e materiais da primeira necessidade”, prometeu o Presidente da Comissão da UA, na visita que fez ao país para se inteirar da  suposta sublevação militar, entretanto, abortada e que teve lugar no passado 26 do mês em curso em Bissau..

Jean Ping sublinhou que as FA,s guineenses sempre respeitaram a Constituição da República, as instituições democráticas e elogiou também a classe castrense pelo seu posicionamento ao repor a ordem constitucional.

O presidente da comissão da UA apelou às autoridades civis e militares da Guiné-Bissau, para trabalharem rapidamente para a normalização da vida institucional do país, de forma a possibilitar o retorno à paz e à estabilidade.

"As autoridades civis e militares devem tudo fazer, para que a Guiné-Bissau possa encontrar a paz, a estabilidade, para que todas as instituições civis e militares possam trabalhar normalmente, para que este grande país possa reencontrar o seu lugar no seio dos países da sub-região, no seio da CPLP e no mundo", frisou Jean Ping.   

Por sua vez, o Ministro da Defesa e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, afirmou que o Presidente da Comissão da União Africana veio ao país para apoiar em coisas concretas.

Baciro Djá acrescentou que os apoios da CPLP, da CEDEAO e Angola ao processo da RDS são indiscutíveis mas que irá mobilizar outros países para ajudar o país.

“Jean Ping pediu-nos uma lista das necessidades e os elementos que existem para reforçar a capacidade institucional e do montante em dinheiro necessário para complementar o Fundo de Pensão Especial para a reforma” esclareceu o Ministro da Defesa.

Entretanto, o Porta-voz do Movimento Nacional da Sociedade Civil informou que o encontro com o Presidente da UA serviu para responsabilizar, de certa forma, a Comunidade Internacional sobre a necessidade urgente de apoiar a RDS.
“Todos nós sabemos que o que aconteceu à dias tem implicações muito graves para o tecido social guineense e foi simplesmente mais um episódio da mesma moeda, ou seja, se a reforma não for feita ninguém nos pode dar garantia de que dentro de três à seis meses não voltará acontecer actos idênticos ou piores”, advertiu Luís Vaz Martins.

O porta-voz do MNSC declarou que o assento tónica do encontro com Jean Ping foi no sentido de apelar a Comunidade Internacional a dar ao país o prometido para que efectivamente seja materializado o processo da RSS.

Outro motivo da visita de algumas horas que o Presidente da Comissão da União Africana efectuou a Guiné-Bissau, tem a ver com o pedido de apoio deste as autoridades do país para a sua reeleição no cargo.

ANG/ÂC

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