segunda-feira, 12 de setembro de 2022

 Brasil/Lula chama Bolsonaro de "genocida" após morte de apoiante do PT

Bissau, 12 Set 22 (ANG) - As divergências políticas no Brasil fizeram mais uma morte, com um apoiante do Partido Trabalhista e de Lula da Silva a ser morto por um apoiante do Partido Liberal de Jair Bolsonaro, em Confresa, em Mato Grosso.

Os dois homens eram colegas de trabalho e o desentendime
nto terá vindo do facto de cada um apoiar candidatos diferentes às eleições presidenciais que se realizam em Outubro.

Numa disputa acesa, Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, terá então morto Benedito Cardoso Santos, de 42 anos, com cerca de 15 golpes de faca na manhã de quinta-feira. A disputa terá começado na véspera, quando os dois homens se desentenderam no trabalho numa conversa sobre política. No dia seguinte, a disputa tornou-se física, com o homem de 24 anos a matar o de 42 e a confessar o crime apenas quando procurou ajuda médica devido aos ferimentos que tinha sofrido. 

O agressor foi entretanto detido pelas autoridades e aguarda julgamento em prisão preventiva.

Lula da Silva disse num comício de campanha em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, no sábado, que o apoiante do PT tinha sido "vítima do genocida Bolsonaro".

"Tentei chegar à família e não fui capaz de o fazer. Com o nosso senador Paulo Rocha, queremos saber se ele tem mulher ou filhos, porque o PT [Partido dos Trabalhadores, partido de Lula] tem a obrigação de saber tudo para ajudar esta família que foi vítima do genocida Bolsonaro", afirmou o candidato às presidenciais.

Por seu lado, Jair Bolsonaro disse lamentar esta morte "politicamente motivada", tal como lamenta qualquer "motivação estúpida" para se cometer um homicídio.

A disputa entre os dois principais candidatos continua renhida, com a última sondagem do Instituto Datafolha, publicada na semana passada, a dar conta que Lula da Silva lidera as intenções de voto com 45% contra 32% para Bolsonaro. A primeira volta das eleições acontece a 02 de outubro e a segunda volta das presidenciais em 30 de outubro. ANG/RFI

 

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