Campo de Tarrafa/ PR considera festejo
de 50 anos da libertação dos presos
politicos como uma justa homenagem a todos aqules que contribuiram para reforço
do nacionalismo africano
Bissau, 02 Mai 24 (ANG) – O Presidente da República considerou que as celebrações dos 50 anos da libertação dos presos políticos do Campo de Tarrafal, em Cabo Verde, é uma justa homenagem a todos aqueles que contribuiram para o reforço do nacionalismo africano.
Vista do Campo de concentração de Tarrafal |
Sissoco Embaló falava
em Cabo Verde, onde assistiu as
comemorações do 50.º aniversário de libertação dos presos políticos do Campo de
Concentração de Tarrafa, à convite do seu homólogo cabo-verdiano,José Maria
Neves.
Qualificou o evento de resgate da memória e de exercício de
reflexão que vai ser seguramente um momento de homenagem à centenas de
portugueses, angolanos, guineenses e cabo-verdianos que passaram anos encarcerados
no Campo de Concentração do Tarrafal, conhecido como um campo de “morte lenta e
um lugar de sofrimento”, no qual muitos
perderam a vida.
“Neste campo de
concentração, além de estar representada sucessivamente a memória de um portugal amordeçado a memória do
anti facismo e da aspração da democracia que animou tanto os portugueses contra
a ditadura , também encontramos no Tarrafal a representação da memória histórica
do nacionalismo dos africanos, dos angolanos e dos guineenses, que se ergueram pela libertação
nacional dos seus povos contra o império colonial português”, afirmou o Presidente guineense.
De acordo com o Chefe de estado guineense, Tarrafal representa
ainda algo que foi essencial para a luta dos povos, a consciência da
solidariedade estrutural e anti facista e anti colonialistas contra a ditadura
em Portugal e o império colonial.
Lembrou no evento os compatriotas guinneeses que perderam
vida, nomeadamente Cutubó Cassamá e Abiela Na Bué, que seriam sepultados no
cemitério deste campo de trabalho de Chão Bom.
Umaro Sissoco Embalò acrescentou que apesar disso há quatro
guineenses sobriviventes da prisão de Tarrafal,todos eles já bastante idosos e diz
que, com muito prazer, integrou um deles
na sua delegação, o guineense Mário Soares,
que passou sete anos nesse campo de trabalho de Chão Bom.
O Presidente da República,em nome do povo guineense, rendeu homenagem à todos os combatentes da liberdade de Angola,Cabo Verde, Guiné-Bissau e Portugal. ANG/LPG//SG
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