Função
Pública/Festejos
de 1º de Maio têm efeitos negativos na
produção das instituições públicas
Bissau, 02 Mai 24(ANG) – Os festejos do Dia Internacional
dos Trabalhadores que se assinala ao 1 º de Maio, têm efeitos negativos na produção nas diferentes instituições públicas
do país, sobretudo quando ococrrem nos
dias úteis da semana.
Funcionários Públicos na festa de 1 de maio |
Este ano tal como em
anos anteriores a função pública voltou a ser praticamente deserta no
dia 02 de Maio, conforme pude constatar um repórter da Agência de Notícias da
Guiné-ANG.
Neste órgão de comunicação social público, por exemplo, apenas compareceram no serviço quatro funcionários inclusive o Diretor-geral, os restantes nove não deram sinal de vida.
Uma visita em diferentes instituições púbicas, nomeadamente aos Ministérios das Finanças ,da Função Pública ,da Saúde e de Educação Nacional , esta quinta-feira, permitiu a constatação de uma fraca presença dos funcionários nos diferentes serviços.
O mesmo se
verificou nos principais licéus da Capital nomeadamente Rui Barcelos da
Cunha, Agostinho Neto, Kwame Nkurmah, e na escola Salvador Allende.
Queluntam Sanha estudante do 9º ano no licéu Agostinho
Neto, um dos poucos alunos que foram a escola, diz que esta situação não é de
hoje, tendo questionado a autoridade do Estado
e dos país e encaregados de educação.
Sanhá diz que os alunos não são funcionários, mas são eles que
mais festejam o primeiro de Maio, e não
comparem as aulas no dia seguinte.
“Quando falo dos alunos, posso dizer o mesmo de muitos
professores. Como podes ver, as aulas serão retomadas só na segunda-feira, e num
país que precisa de tudo como o nosso não se deve aceitar comportamentos destes.
É preciso muita sensibilização das autoridades nas escolas, que sejam marcadas avaliações para dias depois desta paragem”,explicou.
Funcionários Públicos na festa de 1 de maio |
Esta fonte que preferiu o anónimato disse que o Estado
perde muito e que para desencorajar a
prática o Governo deve ser mais rigoroso
e marcar e descontar as faltas dadas no dia ou nos dias a seguir a 01 de Maio.
“Este tipo de
comportamento não é de agora e prejudica, de que maneira, o avanço do país”,
diz a senhora.
A ANG tentou sem sucesso falar sobre o assunto com os
Serviços de Inspeção do Ministério da Administração Pública, Formação
Profissional e Segurança Social.
Uma fonte de uma das direções deste Ministério reconheceu
que essa “prática recorrente” é de conhecimento desse Ministério que gere os
servidores públicos.
“Sempre que há uma paragem sobretudo na quarta-feira
muitos funcionários boicotam
simplesmente o serviço por toda a semana.Isso não acontece noutros países da
sub-região”, disse.
O 1º de Maio tem sido celebrado com festas em grupo, de
funcionários públicos, trabalhadores independentes, mas quem mais celebra são os
jovens rapazes e raparigas que organizam piqueniques por tudo quanto é zona de praia
ou braço de rios, de Bissau e várias localidades do interior do país.
ANG/MSC//SG
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