terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Política/"País corre risco de entrar na situação de não Estado" diz Domingos Simões Pereira

Bissau, 21 Jan 25 (ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), igualmente Coordenador da Plataforma da Aliança Inclusiva PAI Terra Ranka, disse que o país está a correr risco num dado momento aproximar-se de uma situação de não Estado, uma vez que não tem instituições pelo facto de estarem ultrapassados sem legitimidade para funcionar.

Domingos Simões Pereira falava à imprensa numa mensagem alusiva ao Dia dos Heróis Nacionais, assinalado no Domingo, 20 de janeiro.

“As instituições estão todos ultrapassados sem legitimidades  para poderem funcionar, o presidente da República tem só quarenta e um dias para repor as referidas instituições a funcionar, nomeadamente a Assembleia Nacional Popular, Supremo Tribunal de Justiça e outras que vêm a seguir como Comissão Nacional de Eleições e outras, para permitir criar condições e que através de diálogo vai ser encontrado consensos necessários para poder repôr  Estado de direito democrático na Guiné-Bissau.

Disse que, mesmo em quarenta e um dias ainda existe prerrogativas que a Constituição confere ao Presidente da República e que ainda pode aproveitar para contribuir de alguma forma e corrigir o problema que o próprio e as pessoas que o acompanham estão a criar.

"Se aquilo acontecer com a intervenção dos partidos políticos, Sociedade civil e todos atores ativos do país vamos dar um passo e sair do imbróglio em que estamos mergulhados, e quando a comunidade internacional vir, seja CEDEAO, CPLP e outras organizações que interessam a situação da Guiné-Bissau  vão encontrar um quadro facilitado onde vão poder facilmente ajudar a consolidar resultados de elementos que conseguimos, "disse.

Aquele líder disse que, na realidade e de acordo com as leis e a Constituição da República do país, ninguém tem condições de fixar a data das eleições incluindo o Presidente da República que não tem a competência legal para fixar eleições, uma vez que,  para o fazer  é preciso prazo de noventa dias e que à ele só restou quarenta e um dias.

Por  outro lado, disse ter a certeza que, o Umaro Sissoco Embalo nos momentos realíssimos que tem, conta para sua pessoa que melhor coisa que tem para fazer é respeitar a Constituição da República, a lei e o calendário que sabe que decorre de aplicação das normas do país.

Simões Pereira chamou atenção as pessoas no sentido de que existe um antes e vai ter um depois do dia vinte e sete de Fevereiro próximo o dia em que vai terminar o mandato do Presidente da República Umaro Sissoco Embalo.

“Séria bom que todos respeitássemos as normas para permitir que saíssemos da situação em condições de normalidade, uma vez que uso de força não vai resolver sempre o problema”, frisou.

Para aquele político, a responsabilidade maior de toda a situação vai ser do povo guineense que deve levantar para exigir respeito à seu direito, a escolha de forma livre, sublinhando que para além do conselho que está dar ao Presidente da República a outra parte tem de ser para o povo, porque tem que mobilizar suas forças e estarem determinados para fazer com que as coisas aconteçam.

"Chegou a altura de facto para levantarmos e dizer que se os nossos direitos não são respeitados, vamos levantar para tomarmos o poder que a lei coloca nas nossas mãos e fê-lo funcionar”, disse o líder do PAIGC.ANG/MI/ÂC

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