terça-feira, 14 de outubro de 2025

Ambiente/Ministro Viriato Cassamá qualifica de “ marco histórico”, realização da reunião da Comissão Técnica, Climática dos Estados Insulares Africanos em Bissau

Bissau, 14 Out 25 (ANG) – O ministro  do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática (MABAC), qualificou de “ marco histórico”, realização da reunião da Comissão Técnica, Climática dos Estados Insulares Africanos em Bissau.

“Não é apenas um marco nacional mas sim de todos os Estados Insulares Africanos  na luta contra as ações climáticas”, disse Viriato Luís Soares Cassamá, ao presidir a cerimónia de abertura da Reunião da Comissão Técnica, Climática dos Estados Insulares Africanos que decorre entre hoje e  17 do corrente mês, na capital guineense.

Cassamá sustentou citando o relatório das Nações Unidas (NU) sobre o desenvolvimento sustentável 2025, que a Guiné-Bissau atingiu o  ODS 13, de ação climática.

 “Não nos acomodámos nesta conquista, pelo contrário, ela serve de alicerce e inspiração para  desafios que agora enfrentamos e hoje estamos na cerimónia de abertura deste evento que representa o pilar da nossa estratégia”, disse o ministro.

O governante sublinhou  que a reunião técnica dos pontos focais constitui a base operacional das suas cooperações, em que se  harmonizam metodologias,  se partilham  conhecimentos, e se  fortalecem  as  vozes coletivas dos estados membros em fóruns internacionais.

Sobre o ateliê de financiamento inovador, que também decorre em Bissau, aquele responsável disse  que representa a vanguarda das suas ações, em que  será explorado os mecanismos financeiros criativos para a conservação da biodiversidade e aceleração da transição climática nacional.

“O Arquipélago de Bijagós, Património Natural Mundial da Humanidade, com os vastos mangais e ecossistema único, apresenta condições excecionais para testar e implementar soluções inovadoras tais como mecanismos de carbono azul para a proteção do ecossistema marinho e costeiro, solução baseada na natureza, e para o financiamento da adaptação climática e modelo de investimento verde que valorizem a nossa biodiversidade”, disse Cassamá.

Em representação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Nelvina Barreto destacou que a sua Organização se associa ao Governo da Guiné-Bissau e à Comissão Climática dos Estados Insulares Africanos, na organização desse “marco significativo” para o continente, com o objetivo de reafirmar a determinação de África de falar  com uma só voz nas negociações globais sobre o clima.

Barreto destacou  ações climáticas como  prioridade transversal e  eixo essencial para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e caraterizar a agenda 2063 da União Africana.

“O PNUD reitera o seu compromisso de continuar a apoiar os Estados-Membros na formulação  de estratégias climáticas ambiciosas, no fortalecimento das suas capacidades institucionais e no acesso a mecanismo de financiamento internacional que tornem a ação climática uma realidade para todos.

Durante o encontro, os membros da Comissão Técnica Climática dos Estados Insulares Africanos irão discutir  e apresentar  necessidades e prioridades da problemática das alterações climáticas  para 2025/30, e essas propostas  serão apresentadas no ateliê ministerial prevista para decorrer entre os dias 16 e 17, após o qual os países membros deverão assinar  um documento técnico de comunicação, que será validado pelos ministros.

São no total 09 países membros da Comissão Técnica Climática dos Estados Insulares Africano, actualmente, liderada por “Seicheles”: Cabo Verde, Comores, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Ilhas Maurícias, Madagáscar, São Tomé e Príncipe
e Tanzânia. ANG/LLA/ÂC//SG

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