sexta-feira, 3 de março de 2017

Fiscalização marítima

               Ministro do Interior visita novo bote cedido pela Espanha

Bissau, 03. Mar. 17 (ANG) – O Ministro do Interior visitou quinta-feira, no Porto de Bissau, o novo bote cedido pelo Reino de Espanha para a guarda costeira. 

Botche Candé
No final da visita, o Comandante Geral da Guarda Nacional, Armando Marna informou que, ainda no quadro da cooperação entre Bissau e Madrid, o segundo navio de patrulha chegará ao país no dia 26 deste mês, para depois, no dia seis de Abril próximo, se efectuar a entrega oficial dos mesmos na presença do Ministro de Interior de Espanha.

De acordo com o responsável máximo da Guarda Nacional, os dois botes permitirão a Guiné-Bissau fiscalizar, com maior eficácia, o seu mar.

No quadro do acordo entre a Guiné-Bissau e a União Europeia, a Espanha é um dos países do “Velho Continente” que possui os seus barcos de pesca no mar do país. 

Dada a incapacidade, em termos de equipamentos, a Guiné-Bissau confronta-se sempre com a pirataria ou actividade de pesca ilegal na sua Zona Económica Exclusiva (ZEE). 

No entanto, no mês passado, as forças da Guarda Costeira apreenderam seis navios piratas nas águas territoriais guineense.
ANG/QC/SG



“Carnaval 2017 Seguro”:



                 Comissariado da Polícia faz balanço positivo da operação

Bissau, 03. Mar. 17 (ANG) – A Polícia de Ordem Pública (POP) registou 24 casos de agressão física, dos quais 14 graves, durante o Carnal deste ano.
 
A informação foi dada à imprensa, quinta-feira em Bissau, pelo Comissário Geral da Polícia de Ordem Pública (POP), Celso de Carvalho.

De acordo com este responsável todos os casos ocorreram aqui na capital, ou seja, não se registou nenhum caso no interior do país.

Comparativamente a 2016, o Comissário Geral da Polícia de Ordem Pública, sem falar em números, afirmou que este ano “houve menos dores de cabeça” para as forças de segurança.

Para operação “Carnaval 2017 Seguro”, o Comissariado da POP colocou no terreno 1200 agentes a nível do país.

O desfile nacional do Carnaval de 2017 foi ganho pelo Bairro Chão de Papel/Varela, seguido de Região de Cacheu e na terceira posição, a Região de Biombo (ambas no norte do país). 
ANG/QC/JAM/SG




quinta-feira, 2 de março de 2017

Advertência


                                                  Mundo em risco de guerra nuclear

Bissau, 02 Mar 17  (ANG) - A aposta da nova Administração dos Estados Unidos na multiplicação e sofisticação das armas nucleares, para ganhar vantagem estratégica em relação à Rússia e à China, segundo Donald Trump, voltou a colocar o mundo sob a ameaça de um conflito nuclear sem precedentes.

Foto Arquivo
Especialistas advertem que o clima de insegurança é mais elevado que nos anos oitenta, quando os dirigentes da ex-União Soviética e dos EUA se encontraram em Reykjavik para iniciar o processo de redução dos potenciais nucleares.

Líderes de várias organizações que trabalham em defesa da paz, como os Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear (IPPNW em inglês) e o movimento Pugwash (Cientistas para a Segurança Internacional), avaliaram a possibilidade de uma guerra nuclear e concluíram que existem sérias ameaças que, se não forem afastadas, o pior pode acontecer. 

O grupo de cientistas e outros especialistas avaliaram a situação mundial em Moscovo, na Academia de Ciências da Rússia. Algumas dessas organizações receberam o Prémio Nobel da Paz pela sua contribuição para apaziguar as tensões internacionais e estabelecer contactos directos entre os dirigentes de Estados beligerantes, no início das negociações oficiais, quando era necessário parar um conflito armado ou impedir que este se transformasse numa guerra de envergadura internacional.
O actual presidente do comité russo da Associação Pugwash, Aleksander Dunkin, e Sergei Kolesnikov, que representa a IPPNW, receberam os cientistas europeus e juntos traçaram um plano de acção para diminuir a tensão no mundo, principalmente na linha de cruzamento dos Estados Unidos e a Rússia. 

Após um longo período sem encontros neste formato, foi decidido reatar os contactos em Moscovo, devido à insegurança que insiste em persistir, numa altura em que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou um decreto que aumenta o esforço nuclear.

Os especialistas que participaram do encontro tentaram analisar as iniciativas que seriam aceitáveis para políticos e diplomatas e podem contribuir para a redução dos potenciais nucleares mundiais.
Os participantes fizeram chegar uma mensagem ao primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, e a outros políticos na Europa. O aumento da tensão entre a OTAN e a Rússia, na Europa e no Médio Oriente, é comparável ao de tensões na Ásia do Sul, entre a Índia e o Paquistão e à situação perigosa na península coreana e no mar da China Meridional, consideram os especialistas. 

Pesquisas recentes mostraram que a utilização de 0,5 por cento dos arsenais nucleares existentes provoca alterações climáticas em todo o planeta, um declínio de dez anos na produção alimentar e no aumento da fome, que já matou mais de “ mil milhões de pessoas. 

Em resposta a essa ameaça, mais de 120 países que não têm armas nucleares comprometeram-se a entabular negociações sobre o Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares. “Escrevemos a esses dirigentes para exortar os seus países a se juntarem a estas negociações e encabeçar o processo contra as armas nucleares”, reza uma nota da organização distribuída à imprensa.

Entre as propostas, foram destacadas a retirada das armas nucleares dos territórios dos países que não as produzem, a recusa de fornecer material nuclear e tecnologias de dupla utilização para os chamados países no “limiar nuclear”, bem como a remoção de material nuclear em excesso dos programas militares nacionais.  O porta-voz do Presidente russo, Dmitry Peskov, aconselhou a não levar a sério matérias sobre a Rússia que minam a costa dos EUA com “mísseis-toupeiras” nucleares.
“Anteriormente, um comentador militar da edição Komsomolskaya Pravda, Viktor Baranets, relatou num texto que a Rússia mina a costa dos Estado Unidos com mísseis-toupeiras nucleares, que são enterrados e ‘dormem’ até receber um comando urgente.” 

“Pelos vistos, vocês precisam procurar o jornal. Eu, simplesmente, não entendo sobre o que estão a falar. Isso parece na melhor das hipóteses estranho, portanto, eu sugiro que não levem a sério tais reportagens”, disse Peskov, respondendo à pergunta do jornalista da BBC sobre a matéria. 
ANG/JA

Iraque




Líder do Estado Islâmico admite a derrota do grupo 


Bissau, 02 Mar 17 (ANG) - O líder máximo do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Bagdadi,  despediu-se dos seus seguidores num discurso escrito, distribuído na cidade de Mossul, no qual admitiu a derrota das suas forças frente às tropas iraquianas, informaram quarta-feira fontes militares.

A publicação foi distribuída entre colaboradores 
próximos de Al-Baghdadi e entre os ímãs das mesquitas dos bairros do oeste de Mossul que ainda estão em mãos dos rebeldes, explicou à Agência Efe o chefe do Conselho de Segurança da província de Ninawa - da qual Mossul é capital -, Mohammed Ibrahim al Bayati.

No texto, Al-Baghdadi admitiu a derrota do Estado Islâmico na província de Ninawa e nos demais estados de seu califado, segundo Al Bayati. O líder instruiu os membros do grupo a fugirem para zonas montanhosas no Iraque e na Síria, apesar de ordenar que ataquem caso estejam cercados pelas forças iraquianas.


As forças iraquianas têm informações de que alguns integrantes do chamado “Conselho Consultivo” do Estado Islâmico escaparam de Mossul e da comarca de Tal Afar, ao oeste de Mossul, rumo ao território sírio, onde ainda mantêm Al Raqqa, cidade considerada a capital do autoproclamado “califado”.


Al Bayati manifestou que os líderes destacados do Estado Islâmico “se movimentam sem rumo claro” nas fronteiras entre o Iraque e a Síria, entre as zonas de Al Beach e Al Qaim, temerosos pelo que ocorreu com seus companheiros que permaneceram nas frentes de combate. Enquanto isso, outros tiraram a barba e ficaram como células dormentes na cidade de Mossul, à espera de receber instruções dos líderes do grupo. As Forças de Segurança iraquianas perseguem as  cédulas e querem prender centenas de rebeldes com base em informações facilitadas pelos habitantes da cidade de Mossul, acrescentou o responsável policial. 


O Exército e a Polícia iraquianos, cujos serviços de inteligência têm uma lista dos procurados pela justiça, realizam uma ofensiva para expulsar o Estado Islâmico da metade oeste de Mossul, seu último grande reduto no Iraque.


Em Janeiro, as forças iraquianas conseguiramconquistar a metade leste da cidade de Mossul, que é a terceira mais populosa do país. ANG/JA