Bélgica/ Entradas irregulares na UE diminuíram 31% este ano
Bissau, 11 Abr 25 (ANG) - A entrada de migrantes
irregulares na União Europeia diminuiu 31% nos primeiros meses deste ano, face
ao mesmo período de 2024, segundo dados preliminares hoje divulgados pela
Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex).
A redução aprofunda a
tendência já registada no ano passado, já que no primeiro trimestre de 2024, o
número de travessias irregulares para a Europa foi 12% inferior ao registado no
período homólogo de 2023.
De acordo com a mesma fonte, entraram, até ao
momento, 33.600 migrantes sem os documentos necessários, verificando-se uma
mudança significativa nos fluxos migratórios para a União Europeia (UE) no
primeiro trimestre de 2025.
Os dados compilados pela agência sediada em
Varsóvia indicam que este declínio aconteceu em todas as principais rotas
migratórias para a UE, mas a maior quebra foi registada na rota dos Balcãs
Ocidentais, onde as entradas diminuiram 64% no primeiro trimestre do ano, face
ao mesmo trimestre do ano passado.
Em contraste, a queda foi menor na Fronteira
Terrestre Oriental, que separa a UE da Ucrânia e da Bielorrússia, onde o
decréscimo foi de apenas 8%.
As rotas do Mediterrâneo Oriental e da África
Ocidental (esta última inclui as Canárias) destacam-se como as mais ativas até
ao momento.
O Mediterrâneo Oriental (que descreve a rota
de quem vem do Médio Oriente, nomeadamente da Síria, e entra na Europa pela
Grécia, Chipre e Bulgária) registou 9.630 chegadas irregulares entre janeiro e
março, uma quebra de 29% relativamente ao ano passado, sendo as principais
nacionalidades detetadas a afegã, a egípcia e a sudanesa.
A rota da África Ocidental (a dos que partem
de países como Marrocos, Senegal, Gâmbia, Mauritânia e Sara Ocidental e se
dirigem às Canárias) veio logo atrás, com 9.200 chegadas no período em análise,
o que representa uma queda de 30% face ao primeiro trimestre de 2024.
Os principais países de origem desta rota
foram o Mali, o Senegal e a Guiné.
O Mediterrâneo Central (que sai sobretudo da
Líbia com destino a Malta e principalmente a Itália) registou 8.500 travessias
irregulares em 2025, uma redução de 26% em relação ao mesmo período do ano
passado.
Segundo a Frontex, as más condições
meteorológicas estão entre os fatores que contribuíram para o declínio desta
rota, tendo as principais nacionalidades detetadas sido bengaleses,
paquistaneses e sírios.
Em relação à rota do Canal da Mancha (que
descreve a passagem de França para o Reino Unido), o número de migrantes que
tentaram atravessar diminuiu 4% em relação ao ano passado, sendo o número de
casos ligeiramente superior a 11.200.
As principais nacionalidades detetadas nesta
rota foram a eritreia, a afegã e a síria.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) estima que 385 pessoas tenham perdido a vida no mar só nos primeiros três meses de 2025, enquanto tentavam chegar irregularmente à costa europeia, sendo que no total do ano passado foram perdidas 2.300 vidas. ANG/Lusa
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