Guerra comercial/ China contra-ataca e anuncia taxa de 125% sobre produtos americanos
Bissau, 11 Abr 25 (ANG) - A
guerra comercial entre as duas maiores potências económicas do mundo não pára
de subir de tom. A China anunciou, esta sexta-feira, um contra-ataque
surpreendente, aumentando de 84 para 125% as taxas alfandegárias sobre os
produtos importados dos Estados Unidos da América. É a resposta aos últimos anúncios
feitos por Donald Trump.
Nos últimos dias, as
taxas alfandegárias tornaram-se uma verdadeira roleta russa. O Presidente dos
Estados Unidos da América, Donald Trump, anunciou recentemente uma taxa de 145%
sobre os produtos chineses e a China não demorou a ripostar. Esta sexta-feira,
a segunda maior economia do mundo, anunciou uma taxa de 125% sobre as
importações americanas, que entrarão em vigor já este sábado, 12 de abril.
Um porta-voz do
governo chinês disse, esta sexta-feira, que as tarifas dos Estados Unidos
"violam as regras de mercado e as leis económicas básicas, bem como o
bom senso", salientando que Washington deve "assumir total
responsabilidade" pelo "grave choque e turbulência na economia
global, nos mercados e no comércio multilateral".
O executivo chinês
garante ainda que a imposição destas altas tarifas à China se tornou "um
jogo de números sem significado económico prático", anunciando ainda
que irá fazer uma nova queixa à organização Mundial do Comércio sobre estas
tarifas de Donald Trump. A China voltou a reiterar que luterá até ao fim para
defender os seus direitos e interesses.
A escalada de tensão
entre as duas maiores economias do mundo já está a ter consequências visíveis.
Esta sexta-feira, as principais bolsas europeias abriram em terreno positivo,
mas a meio da manhã afundaram para terreno negativo, precisamente após este
anúncio da China.
Esta semana foi
repleta de flutuações nos mercados financeiros, que têm respondido consoante os
mais recentes anúncios desta guerra comercial em curso.
Recorde-se que Donald
Trump anunciou uma suspensão das tarifas alfandegárias, por um período de 90
dias, e a União Europeia, bem como outros países esperam, durante este período,
ter margem para negociar. Ainda assim, há várias taxas que continuam em vigor,
desde logo uma taxa de 10% sobre todos os outros produtos importados pelos
Estados Unidos.ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário