China/Governo
acusa Estados Unidos de não quererem "diálogo sério"
Bissau,
08 Abr 25(ANG) - O Governo chinês afirmou esta terça-feira que as ações dos
Estados Unidos "não refletem uma vontade genuína de encetar um diálogo
sério", no meio de uma escalada de ameaças tarifárias e contramedidas
entre as duas maiores economias do mundo.
"Se os
EUA querem realmente dialogar, devem demonstrar uma atitude de igualdade,
respeito e benefício mútuo", disse Lin Jian, sublinhando que se Washington
"insistir numa guerra tarifária ou comercial" sem ter em conta
"os interesses de ambos os países e da comunidade internacional", a
China "está preparada para ir até ao fim".
Lin falava numa conferência
de imprensa, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter ameaçado
impor uma nova taxa de 50% sobre todas as importações oriundas da China se
Pequim não retirar as contramedidas anunciadas em retaliação contra as taxas de
34% impostas na semana passada.
O porta-voz sublinhou que os
interesses de soberania, segurança e desenvolvimento da China são inegociáveis
e avisou que o seu país "continuará a tomar medidas firmes e
enérgicas" para proteger os seus direitos legítimos.
"Não há vencedores numa
guerra comercial", insistiu Lin, denunciando que os EUA "têm vindo a
impor tarifas de forma imprudente", uma política que "viola
gravemente as regras da Organização Mundial do Comércio, mina o sistema multilateral
baseado em regras e desestabiliza a ordem económica global".
"Trata-se de
unilateralismo, protecionismo e intimidação económica no seu estado mais
puro", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Lin acrescentou que "o
povo chinês não está à procura de problemas, mas também não tem medo
deles" e que "a pressão, as ameaças e a chantagem não são a forma
correta de interagir com a China".
Pequim respondeu com um
pacote de contramedidas que incluía uma tarifa recíproca de 34% sobre todas as
importações oriundas dos EUA, bem como sanções contra certas empresas,
restrições à exportação de terras raras e a suspensão das importações
agrícolas.ANG/Lusa
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