quarta-feira, 11 de setembro de 2019

ONU


“Jovens e mulheres no governo são janela de oportunidade na Guiné-Bissau”, diz Bintou Keita

Bissau, 11 set 19 (ANG) – A secretária-geral assistente das Nações Unidas para África felicitou o novo governo guineense”pela conquista sem precedentes da paridade de género e pela nomeação de jovens altamente qualificados”.

Numa reunião do  Conselho de Segurança realizada terça-feira Bintou Keita disse que isso “abre uma nova janela de oportunidade para a governação inclusiva do país”.

O novo governo foi formado em julho, depois das eleições legislativas realizadas em março. Dos 16 ministros, oito são mulheres.

Bintou Keita destacou que o executvo adotou um plano de emergência de sete meses para  prestar assistência a alguns sectores-chave, como educação, saúde,infraestrutura e serviços públicos.

A representante afirmou  que “dadas as actuais tensões dentro e entre partidos políticos, inclusive dentro da aliança maioritária liderada pelo PAIGC, a aprovação do Programa do Governo será um testemunho da força e capacidade da aliança para governar o país.”

A representante afirmou que , desde a tomada de posse do novo governo, o debate político tem sido dominado pelos preparativos para eleições presidenciais,marcadas para 24 de novembro.

Referiu que vários partidos políticos organizaram eleições primárias para escolher os seus candidatos e que alguns candidatos independentes também surgiram.

O prazo para a apresentação das candidaturas  ao Supremo Tribunal de Justiça termina a 25 de setembro.

A secretária-geral assistente disse que o processo eleitoral continua cheio de desafios. Segundo ela, alguns representantes estão preocupados com a correcção da lista de eleitores para regularizar a situação de cerca de 25 mil eleitores que foram impedidos de votar nas eleições legislativas, devido ao medo de fraude.

Keita afirma que “há um sentimento de desconfiança entre as partes interessadas, que deve ser resolvido antes da eleição, para garantir um processo pacífico e consensual e um resultado que seja aceite por todos”.

Com 75 dias até eleições, a representante disse que é importante que o financiamento seja disponibilizado rapidamente para que todas as actividades estejam concluídas em tempo útil.

Keita usou a presença no Conselho de Segurança “para incentivar os parceiros internacionais a estender sua generosidade à Guiné-Bissau , fornecendo, com urgência, o apoio financeiro necessário para a eleição”.

Segundo ela , “tempo é essencial” e estas contribuições serão fundamentais para garantir a realização das eleições presidenciais”, na data prevista.

Disse  que “todos os esforços devem ser feitos para garantir a realização oportuna de uma eleição presidencial inclusiva, credível e pacífica”.

Para a representante da ONU, o ambiente político continua a ter um impacto negativo no desempenho económico do país e nas condições de vida das populações.

Disse que a situação dos Direitos Humanos continua a sofrer com  impactos negativos das tensões socioeconómicas, incluindo restrições direcionadas às liberdades civís.

Enquanto isso, Bintou Keita afirmou que “o narcotráfico e o crime organizado continuam a representar ameças à paz e à segurança no país e além”.

A representante lembrou a apreensão pela Polícia Judiciária de 1869 quilogramas de cocaína, a 02 e setembro. Segundo ela, isso indica que a Guiné-Bissau continua sendo uma rota de trânsito para o narcotráfico, mas também ilustra a melhoria da capacidade da Polícia Judiciária de combater o flagelo”.

Segundo uma resolução do Conselho de Segurança, continua a ser preparado o encerramento do Escritório Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis, a 31 de dezembro de 2020.

Como primeiro passo, um escritório regional foi fechado. Os três restantes devem encerrar até 31 de dezembro de 2019.

A nova representante especial do secretário-geral, Rosine Sori-Coulibaly, chegou à Bissau a 05 de setembro e trabalha no plano de transição.

Bintou Keita disse que “2019 é um ano crucial para a Guiné-Bissau aproveitar a oportunidade para encerrar  o ciclo recorrente de instabilidades que dificulta o seu desenvolvimento socioeconómico, há décadas”.

Segundo ela, o risco de instabilidade antes da eleição presidencial é alto, com rivalidades políticas  e más perspectivas económicas para a população.

A secretária-geral assistente terminou a apresentação dizendo que “todos os actores nacionais devem estar atentos aos seus deveres para com o povo e a necessidade de ir além dos interesses indivíduais e partidários”.
ANG/ONU News

Presidenciais de 2019


“Cadernos Eleitorais corrigidos só serão utilizados com anuência dos candidatos às presidenciais”,diz ministra Odete Semedo 

Bissau 11 Set 19 (ANG) – A ministra de Administração Territorial e Gestão Eleitoral disse  terça-feira que só vão utilizar os Cadernos Eleitorais corrigidos se os candidatos às eleições presidenciais de 24 de Novembro do corrente ano concordarem com o procedimento.

Maria Odete Costa Semedo falava após uma visita  à Comissão Nacional de Eleições (CNE), para se inteirar dos trabalhos que estão a levar a cabo.

“Estamos a trabalhar na correcção do Caderno Eleitoral para fazer constar os nomes de cerca de 25 mil eleitores que ficaram de fora nas eleições legislativas, mas cabe aos candidatos decidirem junto da CNE se vão ou não utilizar o Caderno Eleitoral corregido”, esclareceu a governante.

A ministra acrescentou que se a decisão dos candidatos vier  a ser a de não utilização do Caderno Eleitoral corrigido, vão simplesmente utilizar o caderno utilizado nas eleições legislativas de 10 de Março passado.

Costa Semedo sublinhou que a correcção do Caderno Eleitoral está sendo feito para se evitar  complicações no futuro, tendo justificado que se não fizeram a correcção pode até haver  reclamações do porquê de não correcção.

“Não vamos resistir com os candidatos no que toca com o uso de Caderno Eleitoral corrigido, porque esse trabalho é simplesmente de índole técnico. Se  não concordarem vamos apenas abdicar dele e os candidatos serão os decisores do procedimento final”, repisou a governante.

A ministra de Administração Territorial e Gestão Eleitoral  reafirmara  a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que esteve recentemente no país a impossibilidade de haver um  novo recenseamento de raiz, reclamado por  certas formações políticas.ANG/AALS/ÂC//SG

Bruxelas


                             Apresentada a nova Comissão Europeia
Bissau, 11 set 19 (ANG) - Pela primeira vez na história da Comissão Europeia, mulheres e homens irão participar de forma paritária das decisões do bloco.
A presidente do executivo do bloco, Ursula Von der Leyen, anunciou sua equipe e respectivos cargos nesta terça-feira (10), durante uma coletiva de imprensa.
 A recém-empossada presidente da comissão Europeia, Ursula von der Leyen,      , conseguiu cumprir a promessa de obter igualdade de gênero em sua equipe. Pela primeira vez na história da instituição, treze mulheres e quatorze homens vão decidir os rumos do do bloco.
Além da presidente, Ursula von der Leyen, da Alemanha, as outras representantes femininas são da Bulgária, Croácia, Chipre, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Malta, Portugal, República Checa, Romênia e Suécia.
Na linha de frente da nova Comissão Europeia, três vice-presidentes: o espanhol Josep Borrel, acumulando o cargo de Alto Representante para Política Externa e de Segurança da UE, a dinamarquesa Margrethe Vestager, que continua como Comissária para a Concorrência e o holandês Frans Timmermans, será responsável pelo Clima e tem a missão de produzir um “Green Deal” no prazo de cem dias.
A francesa Sylvie Goulard é a nova comissária para o Mercado Interno, enquanto o irlandês Phil Hogan, assume a pasta do Comércio. O ex-primeiro ministro italiano e antigo chanceler, Paolo Gentiloni, responderá pela pasta de Economia.
A Polônia ficou com a Agricultura, sob o comando de Janusz Wocjciechowski, e o veterano político belga Didier Reynolds se ocupará da Justiça na União Europeia. Assuntos Internos e Migrações, um dos dossiers mais complexs e politicamente sensíveis, ficará a cargo do austríaco Johannes Hahn Paulo Pimenta.
Von der Leyen também afirmou que o Reino Unido poderá indicar um comissário, caso o Brexit não acontecr no próximo dia 31 de outubro. 
Dez dos novos comissários são da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (SD), a segunda maior família política europeia; enquanto nove outros virão do Partido Popular Europeu (PPE), a maior bancada do legislativo da UE. Seis comissários são da Aliança dos Democratas e Liberais da Europa; um é da Aliança dos Reformistas e Conservadores, e um outro é independente e tem o apoio da bancada verde).
A nova equipe, que vai cumprir um mandato de cinco anos (2019-2024), representa os 27 países do bloco; o Reino Unido não participa do novo executivo pois deve deixar a União Europeia em breve. O próximo colégio de comissários assume suas funções em 1º de novembro, mas antes terá que ser aprovado pelo Parlamento Europeu.
Dependendo do país, a indicação é decisão direta do chefe de Estado, mas no caso de um governo de coalizão, há certamente negociações antes da indicação do candidato. Este ano, a premissa da comissão von der Leyen, era de que cada um dos 27 países do bloco europeu enviasse o nome de um homem e de uma mulher a Bruxelas.
No entanto, nem todos os governos acataram o pedido. Para os que fizeram, a escolha final coube à própria presidente da Comissão Europeia. Oito nomes da nova equipe participaram da comissão precedente, presidida por Jean-Claude Juncker.
Quando a presidente do executivo do bloco distribui os cargos, ela deve analisar o peso da pasta para cada país. Se obter consenso em uma família numerosa é difícil, em uma família com 27 posições diferentes é ainda mais complexo.
Para a eficacidade do processo na Comissão Europeia, alguns comissários assumiram vice-presidências. Após as sabatinas do Parlamento Europeu, o novo executivo jura fidelidade à União Europeia.
Todo comissário europeu tem a obrigação de se adaptar às políticas da União Europeia. Por isso, ao assumirem seus cargos, eles fazem um juramento de que não irão receber instruções dos governos de onde vieram.
Uma vez comissários, eles devem trabalhar para Bruxelas, mesmo que na prática exista muitos casos de promoção dos interesses nacionais. ANG/RFI



Futebol/Mundial 2022


                         Guiné-Bissau  qualificada para fase de grupo  

Bissau, 11 Set 19 (ANG) – A Selecção Nacional de Futebol da Guiné-Bissau, recebeu e derrotou em casa na terça-feira a sua congénere de São Tomé e Príncipe por 2-1, no segundo encontro da pré-eliminatória para a próxima Copa do Mundo que terá lugar em 2022, no “Qatar”.

Com esta vitória, a turma nacional garantiu a qualificação para a fase de grupos da eliminatória para o apuramento ao Campeonato de Mundo que será disputado no Qatar, em 2022.

A selecção nacional da Guiné-Bissau apresentou o mesmo “Onze” que já tinha enfrentado a selecção de São Tomé e Príncipe, na primeira mão da pré-eliminatória realizada em São Tomé e Príncipe, na semana passada.

Os Djurtus alinharam na baliza, Jonas Mendes, no quarteto defensivo Nanu, Juary, Rudilson  e Mamadú Candé e no centro do campo o técnico nacional Baciro Candé alinhou, Mancone, Burra, e Pelé, e os atacantes convocados foram Mama Balde, Piquete Djassi e Joseph Mendes.

Os santomenses foram os primeiros a inaugurar o marcador no minuto 12 resultado que vigorou até o fecho da primeira parte.

No segundo tempo do jogo, o seleccionador da Guiné-Bissau fez alteração na equipa, com a entrada do avançado Manconi em substituição da defesa Rudinilson, permitindo uma dinâmica a linha ofensiva dos “Djurtus” e que motivou o golo do empate aos 20 minutos da segunda parte apontado por intermédio do avançado Joseph Mendy.

A selecção nacional da Guiné-Bissau, a partir dessa altura, tomou o comando do jogo tendo chegado ao segundo golo aos 78 minutos, de novo por intermédio de Joseph Mendy, após um passe magistral de Piquete Djassi.

Em declarações à imprensa no final do jogo, o técnico dos Djurtus, Baciro Candé disse que a sua equipa está de parabéns, porque mostrou, mais uma vêz, que está a trabalhar, dia a dia, para conseguir os seus objectivos, e, por outro lado,trazer alegria ao povo guineense.

Acrescentou  que, apesar de terem perdido muitos golos na primeira metade do jogo, a turma nacional acreditou até no momento em que os golos apareceram.

Questionado sobre se a Selecção Nacional de Futebol da Guiné-Bissau está preparada para disputar a próxima fase do apuramento para o Campeonato do Mundo que terá lugar em 2022 no “Qatar”, em resposta, Baciro Candé destacou que vão aguardar para mais tarde para conhecerem os seus próximos adversários do grupo, a partir dai saberão que previdências serão tomadas para enfrentá-los.

“Mas gostaria de deixar uma palavra aos senhores jornalistas, quero que todos saibam que a Guiné-Bissau já entrou na classe dos países que marcam presença no Campeonato Africano das Nações (CAN), entretanto, pode vacilar mas não com todas as equipas”, vincou.

Por seu turno, o técnico São-tomense, Adriano Eusébio, reconheceu a derrota e considerou justa a vitória  da Guiné-Bissau.

Realçou por outro lado que a Guiné-Bissau apresenta uma equipa com  maiores números de jogadores profissionais que actuam no futebol estrangeiro,  enquanto que a maioria dos seus atletas actua no campeonato São-tomense.

“Apesar da derrota, sinto orgulhoso da minha equipa por ter marcado um golo a Guiné-Bissau, uma selecção que considero mais experiente que a nossa. Não temos que baixar a cabeça porque temos muitos trabalhos para a frente”, sustentou o técnico São-tomense.ANG/LLA/ÂC//SG
     


     


África do Sul/Xenofobia


           Mais de 600 nigerianos  se alistaram para o regresso forçado
Bissau, 11 set 19 (ANG) - A Nigéria se prepara para repatriar mais de 600 de seus cidadãos que vivem na África do Sul, devido a séries de ataques xenófobos dos últimos dias contra  estrangeiros no país, que deixaram 12 mortos.
Além das vítimas, dezenas de estabelecimentos comerciais administrados por estrangeiros foram vandalizados durante a onda xenófoba que assolou a África do Sul. De acordo com Emeka Ugwu, presidente do Fórum dos Médicos Nigerianos de Joannesburgo, nenhum cidadão da Nigéria foi assassinado nos ataques.
Um primeiro avião deve deixar Johannesburgo na quarta-feira (11) com vários nigerianos a bordo. O voo será pago pela companhia Air Peace, na Nigéria. A oferta foi feita pelo diretor-geral da empresa aérea, Allen Onyema. A operação deveria ter começado na última sexta-feira (6), mas sofreu atraso por razões administrativas.
No total, 100 mil nigerianos vivem na África do Sul atualmente. Entre os candidatos ao retorno para a Nigéria, se encontra Bartholomew Eziagulu, um pastor e pai de 5 crianças, residente em Durban, leste do país, há 19 anos. “Me dei conta que aqui não era um lugar seguro para a humanidade. O ser humano aqui não tem nenhum valor. Permanecer aqui, com a família, é correr um risco enorme. Jesus disse  “ame o próximo como a si mesmo”. Essas pessoas não têm amor por ninguém, nenhum valor”, disse à RFI.
Bartholomew Eziagulu afirmou ter observado o cansaço dos comportamentos xenófobos em diversos de seus compatriotas. Ele é presidente da Associação de Cidadãos Nigerianos da África do Sul na província de Kwazulu-Natal.
“Os nigerianos decidiram partir por causa dos assassinatos. Foi a gota d’água e eles não podiam mais continuar a exercer suas atividades econômicas”, afirma Eziagulu. “São pessoas que trabalham há vários anos.
Muitos nigerianos perderam tudo o que tinham, inclusive a esperança, e não têm mais confiança no governo sul-africano.”
Essa não é a primeira onda de episódios violentos contra imigrantes na África do Sul. Em 2015, várias pessoas foram mortas em manifestações contra estrangeiros em Durban.
A Nigéria e a África do Sul vivem atualmente uma crise nas relações diplomáticas. Na semana passada, as autoridades nigerianas boicotaram o Fórum Econômico Mundial Para a África, que aconteceu na Cidade do Cabo. ANG/RFI


Operação “Navarra”


Vice-presidente do PRS considera de “sequestro”  apreensão de sua viatura pela Polícia Judiciária

Bissau, 11 Set 19(ANG) – O vice-presidente do Partido da Renovação Social  (PRS) considerou  de “sequestro” a apreensão da sua viatura pela Polícia Judiciária  no quadro da operação “Navarra” que culminou com apreensão de cerca de duas toneladas de droga na passada semana nas localidades de Caió e Canchungo, no Norte do país.

Em conferência de imprensa na terça-feira, Orlando Mendes Viegas disse que o seu carro não estava no local onde a referida droga foi apreendida, mas sim estava estacionada numa das estações de venda de combustível na Avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria.

Explicou que comprou aquela viatura nos finais de 2016, na mão de um privado, acrescentando que na recente viagem à Portugal pediu ao chefe da referida estação de combustível para permitir o estacionamento do carro naquele espaço para evitar a humidade.

“Fui informado dias antes que a minha viatura foi apreendida, respondi que talvez seja um sequestro porque esta se encontrava estacionada numa das estações de combustíveis”, disse.

O político qualificou ainda o acto de abuso de poder por parte da autoridade, que pretende desviar assim a atenção de todos.

Viegas pediu ao governo para anunciar os nomes dos indivíduos detidos no caso da operação” Navarra”.

A operação “Navarra” para além   da viatura do dirigente político, resultou na apreensão   de cerca de duas toneladas de cocainas, e mais 10 implicados ente os quais, quatro guineenses, três colombianos e um maliano.ANG/JD/ÂC//SG

ONU


                    Brasil é alvo de denúncia inédita na organização
Bissau, 11 set 19 (ANG) - A Ordem dos Advogados do Brasil denuncia nas Nações Unidas o que qualifica de “retrocesso político” brasileiro.
Um documento criticando o governo de Jair Bolsonaro será entregue na Comissão de Direitos Humanos da ONU por representantes da OAB nesta quarta-feira (11).
A Ordem dos Advogados do Brasil decidiu utilizar seu espaço de foro consultivo na Comissão de Direitos Humanos da ONU para chamar a atenção para a situação atual brasileira.
A entidade vai entregar ao relator da Comissão de Direitos Humanos um documento sintetizando “desvios antidemocráticos” sob forma de denúncia para conhecimento da comunidade internacional.
Segundo Hélio Leitão, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, encarregado de entregar o documento, o Brasil assiste a uma espécie de “revisionismo ou negacionismo histórico”.
Na terça-feira (10), foi organizado um encontro paralelo, aberto aos outros países e à imprensa internacional para divulgar a iniciativa.
 Esse evento, embora já programado, coincide com o recente ataque de Jair Bolsonaro à Alta Comissária dos Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet      no qual o presidente brasileiro também evocou o ditador chileno Augusto Pinochet.
O episódio provocou reações em vários países. No Brasil, a OAB e o Instituto Vladimir Herzog alegaram que os comentários de Bolsonaro eram uma apologia à ditadura chilena.
O documento entregue em Genebra não é um pedido de processo, e sim uma denúncia que será acrescentada às irregularidades já mencionadas pela Alta comissária no seu relatório sobre a situação brasileira. Como o Brasil é candidato à reeleição como membro da direção da Comissão de Direitos Humanos, a iniciativa pode isolar o país, reforçando o número de nações contrárias à sua escolha.
Desde a chegada de Bolsonaro ao poder, o Brasil vem registrando uma mudança de posição na ONU. O país deixou de apoiar a igualdade entre os sexos, rejeita textos que referem aos homossexuais, transexuais ou bissexuais, e adotou uma postura conservadora sintetizada na promoção da família.
Brasília, que antes de Bolsonaro votava sempre com os países democráticos europeus na ONU, apoiou indiretamente o governo de extrema-direita das Filipinas, deixando de votar no pedido de abertura de investigações sobre execuções extrajudiciais pelo governo filipino.
O Brasil também apoiou ao governo militar egípcio e o Iraque num pedido de exclusão de um texto da ONU sobre o direito à saúde sexual e reprodutiva das mulheres.
Nessa mesma linha, as autoridades brasileiras apoiaram ainda a proposta paquistanesa de se retirar a menção relativa à educação sexual numa resolução da ONU. ANG/RFI

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Política


PRS exige ao primeiro-ministro “imediata” clarificação da situação da droga apreendida

Bissau,10 Set 19(ANG) – O Partido da Renovação Social(PRS), exige ao primeiro-ministro a “imediata”, clarificação da situação da droga apreendida e dos autores implicados no crime que o partido diz ser  Aristides Gomes o suspeito número um.

Sede Nacional do PRS em Bissau
Em comunicado distribuído hoje à imprensa, o PRS qualificou de demasiada coincidência a circulação de cocaína no país em períodos em que o governo do PAIGC dirigido por Aristides Gomes assume o poder.

Na passada semana, a Polícia Judiciária desencadeaou duas operações durante as quais foram apreendidas 1869 quilos de cocaínas nas localidades de Canchungo e Caio no Norte do país e nas quais foram detidas oito pessoas de diferentes nacionalidades, nomeadamente quatro guineenses, três colombianos e um maliano.

“Entretanto felicitamos e encorajamos a Polícia Judiciária e o Ministério Público a prosseguir com as suas acções de investigação de forma isenta, afastando-se de qualquer interferência da índole política, para  apurar a veracidade dos factos e em consequência, responsabilizar criminalmente, os infractores com todo o rigor da Lei”, disse os renovadores no comunicado produzido pelo gabinete jurídico do partido.

No que tange aos preparativos para as próximas eleições presidenciais de 24 de Novembro, o PRS afirma que neste caso em concreto, o que deveria ter sido feito pelo Governo, era simplesmente a actualização dos dados, o que é da Lei, uma vez que os dados produzidos no recenseamento passado, permanecem válidos também para om processo eleitoral subsequente.

“Esta seria mais saudável para o nosso frágil Estado de direito democrático, além de ser abrangente e mais eficaz”, frisou.

No comunicado, o PRS questionou ainda do porquê da não convocação até agora da sessão plenária para “o necessário e urgente exercício democrático” pelos representantes do Povo, o que evitaria o agudizar da crise política que colocou o Governo de Aristides Gomes, numa encruzilhada ficando reduzido a um governo de mera  gestão.

“Neste caso, o PRS aproveita para advertir aos dirigentes do PAIGC de que está fora de questão qualquer manobra de fazer o país voltar a situação da passada legislatura em que as portas da Assembleia Nacional Popular(ANP), mantiveram fechadas durante três anos consecutivos, por vontade dos que estiveram a frente daquele órgão legislativo por excelência”, lê-se no comunicado.ANG/ÂC//SG


Presidenciais 2019




Bissau,10 Set 19(ANG) - A missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que se deslocou à Guiné-Bissau na sexta-feira afastou a possibilidade de realização de um novo recenseamento para as eleições presidenciais.

"A missão insiste, salvo consenso total da classe política, na manutenção dos cadernos eleitorais utilizados nas eleições legislativas de 10 de março para as eleições presidenciais", pode ler-se, no comunicado, divulgado na segunda-feira ao final da noite, em Bissau.

"Além disso, o atual Governo resultante das eleições legislativas deve permanecer em funções até que sejam realizadas eleições presidenciais, de acordo com as decisões da última cimeira de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO", salienta.

A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais a 24 de novembro, mas a correção dos cadernos eleitorais para incluir cerca de 25.000 eleitores que foram recenseados, mas que não conseguiram votar nas legislativas devido a falhas técnicas, está a provocar tensão política no país.

Enquanto o Governo, através do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, está a proceder às correções que permitem àqueles eleitores votar, os principais partidos da oposição, Movimento para a Alternância Democrática e Partido da Renovação Social, insistem na necessidade de fazer uma atualização do recenseamento ou um novo recenseamento.

A missão da CEDEAO manifestou também estar preocupada com a criação no Governo da secretaria de Estado da Gestão Eleitoral e sugeriu ao executivo guineense que clarifique as suas atribuições ao presidente da Comissão Nacional de Eleições, bem como a todos os atores envolvidos nas eleições.

A CEDEAO pediu também ao Governo que finalize com urgência o orçamento para as eleições presidenciais, para que sejam solicitados os apoios necessários, destacando o nível apreciável de preparação do escrutínio.

Durante a sua estada em Bissau, a missão da CEDEAO reuniu-se com as autoridades guineenses, partidos políticos e candidatos às eleições presidenciais, bem como com os elementos da comunidade internacional.

A missão foi chefiada pelo ministro da Presidência de Conselho de Ministros da CEDEAO e chefe da diplomacia do Níger, Kalla Ankoura, e incluiu o ministro de Estado da Guiné Conacri, Youssouf Kiridi Bangoura, em representação do mediador e Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, e do presidente da Comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi-Brou. ANG/Lusa


Reino Unido


           Parlamento britânico volta a rejeitar eleições antecipadas
Bissau, 10 set 19 (ANG) - Antes de ser suspenso até 14 de Outubro, o Parlamento britânico voltou a rejeitar,  terça-feira à noite, o pedido do primeiro-ministro Boris Johnson de convocar eleições antecipadas.
Vista do parlamento britânico
A pausa parlamentar vai terminar duas semanas antes da data prevista para o Brexit.
O primeiro-ministro queria nova ida às urnas a 15 de Outubro, ou seja, quando os deputados regressassem da pausa parlamentar que ele lhes impôs. Mas, pela segunda vez em dois dias, Boris Johnson viu a sua proposta de eleições antecipadas rejeitada.
Apenas 293 votaram a favor, longe dos dois terços necessários para convocar novo escrutínio.
Antes do voto, Boris Johnson avisou que não vai pedir um novo adiamento do Brexit, previsto para 31 de Outubro, apesar de uma lei nesse sentido ter sido aprovada pelo Parlamento e ter entrado em vigor, esta segunda-feira, depois da luz verde da Rainha Isabel II.
O chefe do Governo disse ao líder da oposição, Jeremy Corbyn, que se quisesse um adiamento, bastava votar em eleições antecipadas.
Só que antes de qualquer ida às urnas, a oposição quer eliminar a possibilidade de um Brexit sem acordo e, por isso, quer o adiamento da saída de três meses, algo que o Parlamento aprovou na semana passada.
Esse documento obriga Boris Johnson a pedir mais tempo à União Europeia se não houver acordo de saída até 19 de Outubro.
A suspensão do Parlamento suscitou uma vaga de indignação no Reino Unido, com Boris Johnson a ser acusado de impedir voluntariamente os deputados de debater o Brexit para obrigar a um divórcio sem acordo com a União Europeia.
 O presidente do Parlamento, John Bercow, denunciou um “escândalo constitucional” e anunciou a sua demissão também esta segunda-feira.
Outro revés para o primeiro-ministro: a Câmara dos Comuns adoptou um texto que obriga o governo a publicar os documentos confidenciais sobre os impactos de um "no deal" face às suspeitas de que o governo os teria minimizado.
O Brexit estava inicialmente previsto para 29 de Março e já foi adiado duas vezes. Um novo adiamento teria de ser aprovado por unanimidade pelos 27 estados-membros da União Europeia.
Em caso de eleições antecipadas, Boris Johson iria tentar recuperar a maioria que perdeu ao excluir 21 dos seus deputados que votaram pelo adiamento do Brexit e ao ver outro deputado abandonar a sua bancada parlamentar em troca do partido pró-europeu dos liberais-democratas.
No sábado, Johnson sofreu outro revés com a demissão de um peso pesado do seu governo, o ministro do Trabalho Amber Rudd, depois da demissão do seu próprio irmão, Jo Johnson. ANG/RFI


Mundial 2022/Pré-eliminatória


Baciro Candé pede aos Djurtus  maior concentração no jogo frente à São Tomé e Príncipe 

Bissau, 10 Set 19 (ANG) – O seleccionador nacional de futebol da Guiné-Bissau apelou aos seus pupilos uma maior concentração na partida de hoje frente a sua congénere de São Tome e Príncipe, referente à segunda mão da pré-eliminatória para a entrada na fase de grupos de apuramento para o Mundial 2022, a disputar no Qatar.

 Baciro Candé que falava segunda-feira aos jornalistas após o último treino de seleção nacional “os Djurtus disse que tem a consciência de que o jogo não será fácil, masque  com vontade e dedicação podem fazer com que o mesmo se torne “ momento  histórico”  do futebol guineense.

O treinador sublinhou que está confiante de que “os Djurtus” vão dar o máximo para alegrar ao povo guineense e para enriquecer a história do futebol da Guiné-Bissau.

Por outro lado, Baciro Candé lançou um apelo aos adeptos no sentido de irem em massa ao estádio para apoiar a seleção nacional, de modo a dar-lhe mais ânimo para vencer o jogo.

“Os Djurtus estão motivados para a victória, mas também vão precisar de ajuda dos guineenses em geral para que consigam atingir o objectivo final. Por isso, vamos aguardar a contribuição de todos”, disse Candé.

A selecção nacional de futebol da Guiné-Bissau derrotou na passada semana a sua congénere de São Tomé e Príncipe, no seu próprio reduto, por uma bola à zero, na partida referente a primeira mão da pré-eliminatória para a entrada na fase de grupos de apuramento para o mundial 2022, a disputar no Qatar.

 A segunda mão disputa-se hoje a tarde pelas 16h30 TMG, no Estádio Nacional, em Bissau. ANG/AALS/ÂC//SG

Turismo internacional


                            OMT fala de um crescimento de  4% em 2019
Bissau, 10 set 19 (ANG) - O turismo internacional cresceu 4% no primeiro semestre de 2019, com melhorias notáveis no Oriente Médio, na Ásia e no Pacífico, mas registrou um recuo na América do Sul, de acordo com um relatório da Organização Mundial do Turismo, publicado  segunda-feira (9).
Vista da sede da OMT em Madrid
Os destinos da América do Sul sofreram uma queda de 5%. O motivo, segundo a OMT, é o declínio do turismo argentino, que afetou os países vizinhos.
A agência,sediada em Madri, também alertou para uma queda nos gastos com turismo das duas grandes economias latino-americanas, Brasil (-5%) e México (-13%) Globalmente, depois de dois anos com crescimento de 7% em 2017 e 6% em 2018, "o Brasil está retomando sua tendência histórica", afirmou a agência da ONU.
Em geral, o número de turistas internacionais aumentou, chegando a 671 milhões - 30 milhões a mais do que no mesmo período de 2018.
A OMT planeja fechar o ano com uma melhoria de 3% a 4%. A agência atribui esses resultados à força econômica, acessibilidade e conectividade dos voos e à maior facilitação de vistos, mas também alerta para ameaças ao setor.
"Os indicadores econômicos mais fracos, a incerteza prolongada sobre o Brexit, as tensões comerciais e tecnológicas e os crescentes desafios geopolíticos começaram a afetar a confiança de empresas e consumidores", alerta em seu comunicado.
A primeira metade de 2019 foi especialmente positiva para destinos no Oriente Médio, que registraram um aumento de 8% nas chegadas, e na Ásia e no Pacífico, onde cresceram 6%, graças principalmente aos turistas chineses.
O restante dos mercados também melhorou, mas com mais moderação. A Europa cresceu 4%, devido, em parte, à demanda inter-regional, e os EUA e a África, 2%.
Nessas duas últimas áreas, os resultados do norte da África se destacam, com 9% após o golpe sofrido no início da década, e o Caribe (+11%), impulsionado pelos Estados Unidos.ANG/RFI/AFP

Política


         APU-PDGB promete manter  estabilidade política e governativa  

Bissau, 10 Set 19 (ANG) – O partido Assembleia de Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) prometeu  segunda-feira trabalhar no sentido de manter  a estabilidade política e governativa da Guiné-Bissau.

A promessa foi feita pelo primeiro vice-presidente de APU-PDGB Mama Saliu Lamba após um encontro mantido com uma delegação de Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que se encontra no país para avaliação dos preparativos das eleições presidenciais de 24 de Novembro.

Lamba disse que o importante no processo de eleições presidenciais de 24 de Novembro é que tudo corra de forma transparente para que a comunidade internacional possa ter a confiança em colaborar com a Guiné-Bissau de modo a permitir o progresso do país.

“A estabilidade de um país significa o bem comum e a tranquilidade para o povo, por isso, vamos lutar para garantir a paz e bem estar-estar aos guineenses. Jamais pretendemos entrar em situações de conflitos que possam pôr em causa a paz social e o progresso da Guiné-Bissau”, disse.

Saliu Lamba lançou um apelo aos partidos políticos e a sociedade guineense em geral no sentido de trabalharem sempre para o bem de todos, tendo acrescentado que o país merece a segurança interna e a paz social.

“É necessário deixar os conflitos pessoais de lado, porque a Guiné-Bissau é de todos e sendo assim, todos devem pensar simplesmente no bem do próprio país”, disse Mama Saliu Lamba.

O partido APU-PDGB, com cinco deputados e mais outros dois partidos, de um deputado cada, mantêm  uma coligação  com o PAIGC, vencedor, com 47 deputados, das legislativas de março, que permitiu a maioria parlamentar indispensável à estabilidade política e governativa.ANG/AALS/ÂC//SG

África do Sul/Xenofobia


                          Moçambique recebe 400 de seus cidadãos
Bissau, 10 set 19 (ANG) - A África do Sul continua há mais de uma semana a enfrentar uma onda de violência xenófobas que se concentram essencialmente em Pretória e Joanesburgo com um balanço de pelo menos 12 mortos, danos consideráveis e mais e 600 detenções.
Apesar de nenhum moçambicano se encontrar entre as vítimas mortais, Moçambique optou também por acolher de volta os seus cidadãos.
Regressa a Moçambique o primeiro grupo dos 400 moçambicanos que decidiram abandonar a África do Sul e fugir dos ataques xenófobos que já duram há mais de uma semana no país vizinho.
Augusta Maíta, Directora geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades INGC, garante que o país já está preparado para receber esta nova vaga de imigrantes.
"Aquelas pessoas que por alguma razão não tiverem para onde ir, já identificámos um espaço em Muamba, onde vamos montar o nosso centro de acomodação."
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, os actos de violência xenófoba naquele país, já provocaram pelo menos 12 vítimas mortais.
De acordo com dados oficiais, mais de dois milhões de moçambicanos residem na África do Sul, parte dos quais trabalha em minas, agricultura e comércio, incluindo no sector informal com residências nas cidades de Johannesburg, Durban e Nelspruit. ANG/RFI

Burkina Faso


                   Ataques terroristas provocam dezenas de mortos
Bissau, 10 set 19 (ANG) -  Pelo menos 29 pessoas morreram  segunda-feira em dois ataques, um com engenho explosivo improvisado em duas localidades da província de Sanmatenga, no norte de Burkina Faso, segundo as autoridades governamentais e locais.
Segundo as mesmas fontes foram ataques terroristas levados a cabo por grupo jiadistas que operam naquela região.
Num dos ataques foi utilizado engenho explosivo improvisado no eixo Barsalogho-Guendbila. O primeiro balanço começou por ser de 15 mortos e 6 feridos, depois passou para  20 mortos até este mais recente de 29 mortos.
"Este domingo, 8 de setembro, um camião explodiu quando passou em cima do engenho explosivo no referido eixo da província de Sanmatenga", afirmou o porta voz, Remis Fulgance Dandjinou, num comunicado.
Uma fonte da segurança indicou que as vítimas eram na sua maioria comerciantes.
O segundo ataque, foi a 50 quilómetros de Barsalogho, "um ataque levado a cabo por terroristas contra uma coluna de carros", acrescentou o comunicado.
"Cerca de 10 motoristas das viaturas foram mortos", segundo um eleito local de Barsalogho, sublinhando que os carros transportavam alimentos para populações deslocadas de Dablo e Kelbo, visitado por indivíduos armados.
Foram enviados reforços militares para as localidades e estão em curso operações de busca e securização dos perímetros onde ocorreram os ataques".
Burkina Faso, país pobre da África do oeste vive há 4 anos e meio numa espiral de violência levada a cabo por grupos armados jiadistas, com ligações a Al Qaida e ao Estado Islâmico outro movimento terrorista.
Uma cimeira extraordinária dos chefes de Estado sobre a segurança na sub-região está marcada para 14 de setembro, em Uagadugu, capital de Burkina Faso.  ANG/RFI

Função pública


  Servidores do Estado descontentes com atrasos de pagamento de salários

Bissau, 10 Set 19 (ANG) – Alguns funcionários públicos manifestaram hoje as suas inquietações sobre  atrasos que têm sido recorrentes sobre o pagamento dos salários aos servidos do Estado.

Numa auscultação feita hoje pela Agência de Notícias da Guiné (ANG), o funcionário público José Mendes de Carvalho, disse que é muito complicado e delicado a situação que os funcionários públicos atravessam na Guiné-Bissau.

Segundo o funcionário, em nenhum país do mundo é admitido trabalhar sem receber no final do mês, acrescentando  que todos têm famílias e outros assuntos para resolver.

Por seu turno, a funcionária pública  Inês Fonseca de Pina salientou que o Estado da Guiné-Bissau deve recordar que o pagamento do  salário é obrigatório.

“Apesar do actual governo ter iniciado os seus trabalhos um pouco tarde, não implica que nós, enquanto funcionários públicos, não devemos exigir os nossos direitos”, disse Fonseca de Pina.

Acrescentou por outro lado que, o atraso de alguns meses de pagamento salarial por parte do patronato, está á deixar muitos funcionários sem-abrigo e sem poder financeiro para sustentar a sua casa.

 Djulei Abdu Djaló, disse que o governo deve recordar  que as pessoas que trabalham para o Estado  têm responsabilidades familiares, pelo que necessitam de receber para fazer face as suas necessidades.

Para Simões Na Motcha, a crise que o país está á enfrentar não está a ajudar no dia-a-dia  da convivência social dos guineenses.

“O actual governo herdou dívidas do governo transacto, e isto  está á dificultar o  governo no pagamento dessa dívida, mas apelamos o actual governo para fazer tudo para resolver esta situação”, referiu Na Motcha.

Dez dias passam do fim do mês funcionários públicos ainda não receberam os salários de agosto, havendo instituições cujos funcionários  nem de julho receberam. ANG/LLA/ÂC//SG