
"A missão insiste, salvo consenso total da classe política, na manutenção dos cadernos eleitorais utilizados nas eleições legislativas de 10 de março para as eleições presidenciais", pode ler-se, no comunicado, divulgado na segunda-feira ao final da noite, em Bissau.
"Além disso, o atual Governo resultante das eleições legislativas deve permanecer em funções até que sejam realizadas eleições presidenciais, de acordo com as decisões da última cimeira de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO", salienta.
A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais a 24 de novembro, mas a correção dos cadernos eleitorais para incluir cerca de 25.000 eleitores que foram recenseados, mas que não conseguiram votar nas legislativas devido a falhas técnicas, está a provocar tensão política no país.
Enquanto o Governo, através do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, está a proceder às correções que permitem àqueles eleitores votar, os principais partidos da oposição, Movimento para a Alternância Democrática e Partido da Renovação Social, insistem na necessidade de fazer uma atualização do recenseamento ou um novo recenseamento.
A missão da CEDEAO manifestou também estar preocupada com a criação no Governo da secretaria de Estado da Gestão Eleitoral e sugeriu ao executivo guineense que clarifique as suas atribuições ao presidente da Comissão Nacional de Eleições, bem como a todos os atores envolvidos nas eleições.
A CEDEAO pediu também ao Governo que finalize com urgência o orçamento para as eleições presidenciais, para que sejam solicitados os apoios necessários, destacando o nível apreciável de preparação do escrutínio.
Durante a sua estada em Bissau, a missão da CEDEAO reuniu-se com as autoridades guineenses, partidos políticos e candidatos às eleições presidenciais, bem como com os elementos da comunidade internacional.
A missão foi chefiada pelo ministro da Presidência de Conselho de Ministros da CEDEAO e chefe da diplomacia do Níger, Kalla Ankoura, e incluiu o ministro de Estado da Guiné Conacri, Youssouf Kiridi Bangoura, em representação do mediador e Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, e do presidente da Comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi-Brou. ANG/Lusa
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