quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Independência Nacional


Presidente da República questiona  paradeiro das receitas  das Alfândegas e Contribuições e Impostos

Bissau,25 Set 19(ANG) – O Presidente da República cessante questionou o paradeiros dos recursos internos ou seja as receitas diárias da Direcção Geral das Alfândegas, sobretudo da campanha de castanha de cajú, das contribuições impostos, fundos autónimos e dos apoios orçamentais.

José Mário Vaz, em mensagem à Nação por ocasião do Dia da Independência da Guiné-Bissau celebrado terça-feira, 24 de Setembro, afirmou que teve a feroz e cruel oposição da pseudo elite que prefere ficar com o dinheiro dos salários dos funcionários, em vez de lhes pagar os seus direitos todos os meses.

“É caso para perguntar onde para o dinheiro da Direcção-geral das Alfândegas, das Contribuições e Impostos e dos Fundos Autónomos que deveriam entrar diariamente nos cofres de Estado”, questionou.

O Presidente da República cessante afirmou que recentemente o Governo contraiu empréstimo através da emissão de títulos de tesouro num montante de 10 mil milhões de francos CFA e que  pretende emitir brevemente mais títulos de tesouro no mesmo montante perfazendo 20 mil milhões de francos CFA.

“Isso constitui um grande encargo para os nossos filhos e netos depois de um enorme sacrifício do Programa de Ajustamento Estrutural, proposto pelo FMI e que nos levou, em 2011, ao perdão da dívida externa no valor de 1,3 mil milhões de dólares, considerada um alívio para a geração vindoura, algo que acontece só uma vez na vida da cada país”, disse.

José Mário Vaz sublinhou que é a sua obrigação enquanto mais alto magistrado da Nação, lançar um apelo à Inspecção-geral das Finanças, ao Tribunal de Contas, à Comissão Especializada da Assembleia Nacional Popular para Assuntos Económicos, à justiça e demais instituições do Estado para assumirem as suas responsabilidades.

“Permanentemente, sou difamado e caluniado como manobra de distracção por aqueles irmãos que não querem colocar o dinheiro do Estado no cofre do Estado”, frisou, acrescentando que esse dinheiro faz falta nas escolas, nos hospitais, nas infra-estruturas e na agricultura.

Disse que defendeu e defenderá sempre os mais fracos, os que não têm a voz, ou seja as mulheres, os jovens, os lavradores, os produtores da castanha de cajú, os taxistas, as bideiras, os pescadores, os professores, os profissionais de saúde bem como os simples funcionários que reivindicam os seus direitos de melhores condições de trabalho.

“Nunca tive receio de confrontar o status quo, os interesses instalados, os que se acham poderosos e os intocáveis”, vincou José Mário Vaz.ANG/ÂC//SG

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