Guiné-Bissau pode perder apoio do Banco Mundial e FMI
Bissau, 06 set 19 (ANG) - A Guiné-Bissau não colabora
com medidas contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo e
corre o risco de perder a possibilidade de efectuar transferências
internacionais inter-bancárias e de obter créditos do FMI e Banco Mundial.
Justino Sá |
O alerta emana da organização da CEDEAO - GIABA ou Grupo Intergovernamental de Acção
contra o Branqueamento de Capitais na África Ocidental, e foi lançado
durante uma acção de formação a decorrer em Bissau.
Segundo Justino
Sá, presidente da célula guineense de Tratamento de Informações Financeiras - CENTIF - GB, as instituições de
combate que julgam os casos de branqueamento de capitais, ou o financiamento do
terrorismo, não produzem
acusações, nem condenações, o que prova que a Guiné-Bissau, não está a
colaborar no combate a este flagelo.
A Guiné-Bissau
está na lista negra da GIABA devido à não colaboração dos bancos na divulgação de capitais suspeitos.
Justino Sá, disse à RFI que a Guiné-Bissau corre sérios riscos e
que se as autoridades não tomarem medidas urgentes, brevemente a Guiné-Bissau poderá deixar de beneficiar de
cooperação de instituições financeiras internacionais, nomeadamente FMI, Banco
Mundial e bancos comerciais.
Para o Giaba, a forma como as autoridades de Bissau
tratam o Centif e as respostas que têm sido dadas perante suspeitas de
branqueamento de capitais, deixam muito a desejar.
Justino Sá diz que o risco de o país deixar de receber
apoios de instituições financeiras é real, faltando apenas que o Giaba publique
a sua decisão.
Justino Sá referiu que perante os sinais de branqueamento de capitais, perante a
captura de grandes quantidades de droga na
Guiné-Bissau, a justiça guineense ainda não julgou ninguém e que pior de tudo
é os bancos comerciais não colaboram
com o Centif, para o desmantelamento
de branqueadores de capitais. ANG/RFI
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