quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Migração


   
 Pedidos de asilo caem no mundo, mas aumentam na França e na Espanha
Bissau, 19 set 19 (ANG) - Os pedidos de asilo feitos por migrantes continuam caindo nos países da OCDE, até  os Estados Unidos, principal destino dos requerentes, registrou uma baixa.
Os únicos lugares em que as solicitações aumentaram foram França e Espanha.
Os dados fazem parte de um relatório divulgado  quarta-feira (18) pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O documento relata que 1,07 milhão de pedidos de asilo foram registrados em 2018. O número representa uma queda de 10% nas solicitações nos países europeus e 17% nos demais países membros da entidade.
Essa tendência vem sendo constatada há três anos, já que em 2015 e 2016 cerca de 1,65 milhão de pessoas pediram asilo, contra 1,26 milhão em 2017.
No âmbito mundial (além dos membros da OCDE), o número de pedidos também registrou uma queda de 28%.
Os Estados Unidos, país que tradicionalmente recebe o maior número de deamndas, é um dos que apresentaram a principal queda.
No ano passado, 254 mil pessoas solicitaram asilo no território norte-americano, 77 mil a menos que em 2017.
O endurecimento da política migratória de Washington, que implementou um sistema de “tolerância zero” para os clandestinos, é apontado como uma das razões dessa baixa.
Além dos Estados Unidos, Itália e Alemanha registram as quedas mais importantes. No ano passado, Roma recebeu 73 mil pedidos a menos, enquanto Berlim teve 36 mil solicitações a menos.
Em contrapartida, Espanha e França são apontados como os únicos países da OCDE a terem registrado uma alta nos requerimentos de asilo. Em comparação com 2017, Madri recebeu no ano passado 22.300 pedidos a mais (73%), e Paris 19 mil a mais (20%).
Os venezuelanos são os que mais solicitam asilo na Espanha, seguidos dos afegãos, os sírios e os iraquianos. Já na França, os principais requerentes são albaneses e georgianos, o que contradiz o mito do pedido de asilo feito por migrantes que fogem de guerras no continente africano ou conflitos no Oriente Médio.
Ainda de acordo com o relatório da OCDE, a migração por razões profissionais – que não depende do regime de asilos – teve uma alta de 6% em 2018.ANG/RFI



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