quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Sublevação militar/Umaro Sissoco Embaló afirma que o acto foi perpetrado por um grupo de “bandidos” que quiseram assaltar ao poder

Bissau, 02 fev 2022 (ANG) – O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló considerou a tentativa do golpe de Estado de um ato de um grupo de “bandidos” que quiseram assaltar o poder a mando de outros “bandidos”.

Em declarações à imprensa, no final da visita , hoje, ao palácio do Governo, para constatar os danos causados na tentativa de golpe de Estado, terça-feira última,  sublinhou que o ato voltou a colocar o nome do país na boca do mundo, pela negativa.

“Acho que esse acto, não dignifica nenhum guineense, ao abrir a televisão vendo péssimas notícias do país. Chegávamos numa fase em que  arrancamos rumo a estabilidade, mas nem todos querem ver esse arranque porque entendem que se não fossem eles a mandar não será ninguém”,referiu.

O Presidente da República afirmou que ninguém tem o direito de matar alguém  por causa do poder, sobretudo tirar a vida de quem nunca matou alguém.

“À quem Deus não deu poder, nunca será  Presidente da República porque o poder é dado por Deus. É lamentável pensar que usando outras pessoas inocentes é que poderemos chegar ao poder ”, frisou Embaló.

Disse  que é preciso que as pessoas parassem com provocações de autodefesa, porque ninguém ainda foi acusado.

Pediu aos guineenses para  acreditarem na Comissão de Inquérito e na Justiça guineense, sublinhando que é preciso tomar em consideração de que morreram 11 filhos do país, jovens e  inocentes.

O chefe de Estado salientou que morreram por uma causa – “defender o Presidente da República que o Povo guineense escolheu nas urnas”.

Referiu a  morte do falecido Presidente João Bernardo Vieira Nino para dizer que quando as pessoas foram disparar tiros na sua casa, as pessoas diziam que era montagem, até o dia em que o mataram.

Questionado sobre as vozes que dizem que esse atentado  é uma invenção, Embaló disse que é normal cada pessoa dar a sua opinião, acrescentando que vendo as declarações desde que ele ganhou as eleições, não são todas pessoas que conformaram com isso.

“Quero vos dizer que, no dia em que saí ou morri é porque Deus  me matou. No dia do ataque, não estava escondido, estava sentado onde eu sentava e a porta estava aberta e não saí até quando a força republicana veio me dizer para sair”, explicou, frisando que isso mostra que o poder é divino e que acredita em Deus.

Perguntado se  alguns dos homens implicados no ataque já foram detidos, o Presidente da República disse que o caso já está no Ministério Público ,o detentor de ação penal.

“Se era uma comissão militar, as pessoas podiam pensar que o Presidente está por detrás para fazer caça à bruxa, mas não, porque isso não é o meu objetivo. Há um despacho do Primeiro-ministro que criou uma comissão de inquérito que é muito normal, mas o processo de inquérito já está nas mãos do Procurador-Geral da República”, afirmou Sissoco Embaló.

O Chefe do Estado disse que as pessoas que estão a especular não estão tranquilas, e diz  que o inquérito do Ministério Público há de chegar, assegurando que, como Presidente da República não vai   acusar ninguém e nem fazer caça às bruxas.

Afirmou que o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas está bem em Barcelona(Espanha) em  tratamento de vista

PO chefe de Estado recomenda   a população a continuar a fazer os seus trabalhos tal como  fazia antes, sem preocupar com nada porque tudo voltou a normalidade.

Sissoco Embaló disse que era um Presidente muito simplista, mas que a partir de agora para frente o seu dispositivo de segurança vai ser outra, porque  é uma pessoa de risco.

A reportagem da ANG constatou no Palácio do Governo sinal de alguns tiros nas paredes, sangues no chão, nas calçadas do palácio, corredores e a porta de edifício principal um pouco danificada. ANG/DMG/ÂC//SG


Sublevação militar/Governo confirma
11 mortes no ataque ao palácio de Governo

Bissau 03 Fev 22 (ANG) – O Governo confirmou que 11 pessoas morreram entre as quais  sete  militares e paramilitares e três civis no ataque ao palácio do Governo perpetrado por um grupo de homens armados na passada terça-feira.

Em comunicado lido à imprensa quarta-feira pelo porta voz do Governo, Fernando Vaz, as vítimas militares são Abubacar Seco Camará, Ibraima Carlos da Silva, Dogna Sigá, os para-militares Ibraima Sory Djaló PIR-Ministério Interior, Dequer Felipe N´Baná e Marvino Varela ambos  seguranças do presidente, Azulinho Gomes Dayzi (Lay) dos Serviços de Informação do Estado (SIS) e segurança do primeiro-ministro.

Entre os civis, de acordo com Fernando Vaz, constam  Mamadú Uri Djaló (Tocora) motorista do ministro da defesa, engenheiro Hipólito Djata secretário-geral do Ministério dos Recursos Naturais  e Telma M. Djamanca e um  dos atacantes,  Braima Djaló, da PIR-MI.

Segundo o governo, as autoridades foram subitamente surpreendidas  por um “ataque armado violento e bárbaro” por indivíduos à paisana e o modo de atuação da força agressora revela claramente que o propósito do ataque era o assassinato de todos os membros do executivo presentes no Conselho de Ministros e a decapitação do Estado, com assassinato do Presidente da República, o que provocaria caos político e social, em benefício de interesses incofessados.

“A robustez dos meios e munições usados pelos agressores demonstram que o referido atentado à ordem constitucional foi planeado com rigor, tendo contado com o financiamento de setores com capacidade financeira para a mobilização de tal quantidade de meios materiais, logísticos e humanos,” disse.

O executivo elogiou a reação das forças de defesa e segurança, e diz que, “com prontidão, estoicismo e sentido de dever constitucional republicano”, conseguiram fazer abortar o que o executivo considera “hedionda e inaudita tentativa de assassinato coletivo dos dirigentes do Estado da Guiné-Bissau” visando,  no imediato, provocar o caos, facilitar assim o caminho ao crime organizado transnacional e bloquear o processo de refundação do Estado, de reformas políticas bem como a construção, em curso, de nova imagem do país.

O governo lamentou a perda de  vidas  de jovens, sacrificadas em defesa da legalidade democrática e da ordem constitucional e endereça as mais sentidas condolências às famílias enlutadas.

Garante que o sacrifício  consentido por esses jovens e “valentes heróis” não será em vão, e  reafirma o controlo total da situação  em todo o território nacional, onde reinam a calma e tranquilidade.

No mesmo comunicado o Executivo exorta aos  servidores públicos e privados a retomarem a sua vida laboral, reiterando a sua firme determinação de prosseguir na senda de construção de um “país novo”, onde imperem a lei, a justiça e a igualdade, para que todos os guineenses possam viver em paz, progresso e liberdade.

Declara  que vai usar todos os meios legais a sua disposição para garantir a segurança das instituições e a tranquilidade do  povo, “porque na democracia o poder político conquista-se nas urnas”.

Um grupo de indivíduos à paisana atacou terça-feira,  o Palácio de Governo numa altura em que decorria uma reunião Extraordinária do Conselho de ministros sob a prediência do Chefe de estado, Umaro Sissoco Embaló.

 O incidente durou cerca de cinco horas de tempo tendo provocado várias vitimas mortais.ANG/JD/ÂC//SG

 

 

Sublevação militar/ CEDEAO felicita  PR pela calma e coragem demonstrada  durante ataque ao palácio do Governo

Bissau,03 Fev 22(ANG) - O representante da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) no país, Emmanuel Ohim disse quarta-feira que a organização felicita ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo,pela “calma e coragem” demonstrada durante o ataque à sede do Governo.

Em declarações aos jornalistas, à saída de uma audiência com Sissoco Embaló, o representante da CEDEAO disse ter-se deslocado ao Palácio da Presidência, em Bissau, para transmitir a mensagem das autoridades da organização sub-regional africana e ainda disponibilizar apoios.

"Transmiti-lhe os apoios da CEDEAO, ao seu regime, ao seu Governo e ao povo da Guiné-Bissau. Igualmente exprimir ao Presidente da República a condenação firme e sem reserva da tentativa de golpe de Estado", afirmou Emmauel Ohim.

O representante da CEDEAO disse que "ninguém poderia imaginar" o que seria da Guiné-Bissau caso a ação dos homens armados, ainda por identificar, tivesse tido sucesso. Neste particular, afirmou que a organização enaltece a resposta dada por Umaro Sissoco Embaló à situação.

"Também pude transmitir ao chefe de Estado as felicitações das autoridades da CEDEAO pela sua calma e coragem que manteve para sair ileso, são e salvo, daquele acontecimento que durou cinco horas", sublinhou Ohim.

Disse ainda ter transmitido a Embaló a disponibilidade da CEDEAO de continuar os apoios na sua luta contra a corrupção e o tráfico de drogas na Guiné-Bissau, bem como no relançamento da economia e do próprio desenvolvimento do país.

Vários tiros foram ouvidos na terça-feira junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela União Africana, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da presidência angolana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, por Portugal e por vários outros países.

Em declarações aos jornalistas ao início da noite de terça-feira, no Palácio da Presidência, o Presidente da República afirmou ter-se tratado de um "ato bem preparado e organizado" que poderá também estar ligado a "gente relacionada com o tráfico de droga".

O ataque provocou pelo menos seis mortos e quatro feridos, segundo fontes militares e médicas.

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.

 

Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país.ANG/Lusa

 

Sublevação militar/PAIGC condena  tentativa de golpe de Estado e exige inquérito credível

Bissau, 03 Fev 22 (ANG) - O Partido Africano da Indepêndencia da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) condenou  quarta-feira a tentativa do Golpe de Estado perpetrado no dia 01 de Fevereiro por pessoas não conhecidas, e exige  que um inquérito detalhado seja conduzido por entidades credivéis e competentes para  que os actores do acto sejam responsabilizados.

Num comunicado desta formação politica à que a ANG teve acesso, o PAIGC diz ter acompanhado com surpresa e estupefação os acontecimentos ocorridos na segunda-feira no Palácio do Governo.

Reitera  que, a exemplo do passado recente e em todas as situações similares ,expressa o seu mais “veemente repúdio à violência” e a toda tentativa de sublevasão da ordem constitucional por meios ilegais e antidemocrática.

“O partido lamenta particularmente a perda e o sacrificio de vidas humanas supostamente inocentes e expressa sentidas condolências à famílias enlutadas”, refere o comunicado dos libertadores.

O partido lamenta o desaparecimento físico do seu miltante e dirigente Hipólito Djata, que diz ter ocorrido em consequência da “exposição à que se viu submetido, perdendo a vida de forma absurda e revoltante”.

Na missiva, o partido de Cabral diz lamentar o facto deste “acontecimento bárbaro” ter ocorrido num período que já vinha sendo de profunda crise, provocada pelos atuais detentores do poder após a última remodelação  de um Governo reconhecida pelos seus titulares como ilegal, com os respectivos partidos a reagirem publicamente, manifestando o seu mal estar e se responsabilizando mútuamente por todas as consequências daí porvenientes.

“O PAIGC alerta a opinião pública nacional e internacional que não aceita nem compactua com formulações redundantes e que, em última instância, tentam legitimar o poder execido à margem da constituição e das leis”,lê-se no comunicado. ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

Covid-19/Número de mortes em África subiu 5% na última semana para 240 mil

Bissau, 03 Fev 22(ANG) – O número de mortes em África por covid-19 subiu 5% na última semana, para 240 mil, num total de 10,8 milhões de casos registados no continente, de acordo com os últimos números oficiais.

Durante a habitual conferência de imprensa semanal, o diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), John Nkengasong, explicou que este aumento, de 235 mil para 240 mil mortes durante a última semana, é normal devido ao número de casos nas semanas anteriores.

“Nas últimas quatro semanas, entre 3 e 30 de Janeiro, houve uma descida de 10% na média de casos e um aumento de 20% no número de mortes, mas quero enfatizar que isto é normal, porque as mortes surgem normalmente depois da infeção, as pessoas ficam doentes e vão ao hospital, e só depois podem morrer, e é por isso que os casos descem e as mortes sobem”, disse Nkengasong.

Olhando para esta semana, em comparação com a anterior, o África CDC registou um total de 194 mil casos, o que representa uma descida média de 16% face ao número da semana passada.

No total, o continente africano registou 10,8 milhões de casos de covid-19, resultando na morte de 240 mil pessoas, com África do Sul, Marrocos, Tunísia, Etiópia e Líbia a representarem 60% do número de casos.

Olhando para a evolução da pandemia, há oito países a enfrentar a quarta vaga e nove na quinta vaga, disse o director do África CDC.

“Há 39 países que registaram a variante Ómicron, e 48 países reportaram a presença da variante Delta, mas ainda não temos dados suficientes para ver como a presença da Ómicron mudou a dinâmica da variante Delta”, admitiu o responsável.

Na conferência de imprensa, John Nkengasong apresentou ainda três iniciativas que serão lançadas nos próximos dias: uma campanha para aumentar a vacinação dos jovens, uma bolsa para atrair os africanos na diáspora a voltarem para os seus países por três ou seis meses, e outra campanha para “democratizar a testagem”, tornando-a comum na vida dos cidadãos.

A covid-19 provocou pelo menos 5.686.108 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detectada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 

Sublevação militar/ANP considera de “grave e intolerável” tentativa de Golpe de Estado

Bissau, 03 Fev 22(ANG) – A Assembleia Nacional Popular (ANP), considerou “grave e intilerável” a tentativa de golpe de estado levado a cabo terça-feira, em Bissau, por um grupo de homens armados não identificados.

Em comunicado à que a ANG teve acesso, assinado pela 2ª Vice Presidente,  Satu Camará, a ANP declarou a sua solidariedade com o Chefe de Estado e o primeiro-ministro, bem como todo o elenco governamental, e com as famílias das vítimas deste incidente.

“A ANP condena com veemência a tentativa da subversão da Ordem Constitucional, no momento em que o país está a recuperar a sua imagem e credibilidade internacional”, lê-se no comunicado.

 A ANP exorta as forças vivas da Nação de que o recurso ao diálogo constitui a melhor via para a resolução dos  diferendos e congratular-se com a reação pronta e eficiente das nossas Forças de Defesa e Segurança.

Apela a população a manter-se calma, serena e evitar adotar comportamentos que possam por em causa a paz social e aguardar com toda tranquilidade as conclusões dos inquéritos em curso e em decorrência apelar ao respeito dos valores que norteam o Estado de Direito.ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

                         Europa/OMS fala em “cessar-fogo” da Covid-19

Bissau, 03 Fev 22 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde considerou, esta quinta-feira, que a pandemia de Covid-19 está numa situação de “cessar-fogo” na Europa que pode levar a “uma paz duradoura”.

O anúncio acontece numa altura em que vários países começam a levantar as principais restrições sanitárias.

Graças à alta taxa de imunidade e à escassa virulência da variante ómicron da Covid-19, o director para a Europa da Organização Mundial da Saúde, Hans Kluge, declarou, esta quinta-feira, que o continente está numa situação de “cessar-fogo” que pode levar a “uma paz duradoura” no que toca à pandemia.

Com o fim do Inverno, “este período de protecção mais elevada deve ser considerado como um cessar-fogo que nos pode trazer uma paz duradoura”, declarou o responsável, numa conferência de imprensa online.

Hans Kluge explicou que, para isso acontecer, é preciso que a alta taxa de imunidade se mantenha, com a continuação das campanhas de vacinação e a monitorização das novas variantes, sendo necessário que as autoridades sanitárias continuem a proteger as populações mais vulneráveis.

Nos 53 países que integram a OMS-Europa, alguns na Ásia central, o número de contágios de covid-19 disparou devido à variante ómicron.  Na semana passada, a região registou quase 12 milhões de novos casos, o número mais elevado desde o início da pandemia há dois anos.

Vários países europeus, como a Dinamarca, a França e o Reino Unido, reduziram as restrições.

A Dinamarca foi o primeiro país a levantar todas as restrições a 1 de Fevereiro, com a reabertura das discotecas, o fim do uso obrigatório de máscara e do passe sanitário.

Em França, esta quarta-feira, o ministro da Saúde, Olivier Véran, declarou, numa entrevista ao canal televisivo BFMTV, que “o pior já passou”, que o passe vacinal poderá ser levantado “bem antes de Julho” e que o uso obrigatório de máscara, por exemplo, nos cinemas, poderá terminar na Primavera.

“À escala do país, ultrapassámos o pico dos contágios (…) Estamos a chegar ao pico das hospitalizações”, declarou o governante, sublinhando que “o pior já passou”.

"O passe vacinal terá um fim e, tendo em conta a dinâmica epidémica actual, é provável que esse fim seja bem antes do mês de Julho. A não ser que haja uma má notícia”, continuou.  

No Reino Unido, também deixou de ser obrigatório o uso de máscara, o teletrabalho deixou de ser recomendado oficialmente e já se pode ir a espectáculos ou discotecas sem apresentar passe sanitário.ANG/RFI

 

 

 

Sublevação militar//LGDH condena “acto contra o Presidente da República e membros do governo”

Bissau, 03 Fev 22 (ANG) -  A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), condenou quarta-feira o falhado  golpe de Estado contra o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló e os membros do governo, ocorrido no  dia 01 de Fevereiro, no Palácio do Governo, onde decorria a reunião do Conselho de Ministros, e que provocou 11 vítimas mortais.

Segundo o comunicado da LGDH à que a ANG teve acesso hoje, estão em curso em Bissau, buscas e revistas às instalações privadas e detenções de pessoas alegadamente suspeitas de  envolvimento no anunciado motim.

A organização que defende os direitos humanos, disse que, em consequência, instala-se um clima de insegurança e de incerteza, capaz de comprometer os esforços de consolidação do Estado, empreendidos por vários atores nacionais e internacionais.

O mesmo comunicado acrescenta que, em democracia, não há alternativa à Ordem Constitucional sendo que, em circunstância alguma,  actos de violência devem servir para a resolução de problemas políticos.

Para a LGDH, perante este “contexto político frágil e volátil”, o diálogo e respeito pelas normas constituem as únicas soluções sustentáveis para a instabilidade político-militar que assola o país nos últimos anos.

Perante o caso, a LGDH através do mesmo comunicado, condenou os actos de violência gratuita ocorrido terça-feira no palácio do Governo e que resultaram em perdas de vidas humanas  em circunstâncias ainda por esclarecer.

Instou por outro lado, as autoridades judiciárias a desencadearem uma investigação transparente e conclusiva com vista ao esclarecimento das circunstâncias em que ocorreram a suposta insurreição.

Através do mesmo comunicado, a LGDH lamentou as mortes ocorridas e manifesta a sua profunda solidariedade aos familiares das vitimas.

Instou  as autoridades competentes a observarem escrupulosamente os dispositivos legais no discurso  das investigações em curso, evitando que haja  comportamentos suceptíveis de configurar “caça às bruxas”.

ANG/LLA/ÂC//SG  

      

CEDEAO/Cimeira  com Mali, Guiné-Conacri, Burkina Faso e Guiné-Bissau na ementa

Bissau, 03 Fev 22(ANG) - Os dirigentes da CEDEAO reúnem-se hoje em cimeira em Accra para abordar a situação dos países da região que foram abalados por golpes de Estado, o Mali, a Guiné-Conacri e o Burkina Faso, que sofreu um golpe na semana passada, assim como a desestabilização ocorrida na passada terça-feira na Guiné-Bissau que causou pelo menos 11 mortos, segundo fontes governamentais.


Depois de 4 golpes consumados no espaço de apenas 18 meses, a começar pelo Mali, onde se deu um primeiro golpe em 2020 e em seguida em Maio do ano passado, na Guiné-Conacri no passado mês de Setembro e, por fim, no Burkina Faso há uma dezena de dias, a situação deste último país deveria ter um espaço importante nas discussões dos líderes da Comunidade Económica dos Estados da África do Oeste que analisam hoje as conclusões das missões militares e ministeriais efectuadas nos últimos dias no país.

No caso do Burkina Faso, trata-se de saber se vão ser aplicadas novas sanções ao país, para além da sua suspensão já efectiva dos órgãos da CEDEAO. Também suspensos estão o Mali e a Guiné-Conacri, estes países tendo sido igualmente alvo de outras sanções, tais como o encerramento das suas fronteiras com os seus vizinhos, bem como o embargo sobre as transacções comerciais e financeiras com esses países. A situação desses países palco de instabilidade política mas igualmente de violências jihadistas devem ser analisadas nesta cimeira.

Em declarações públicas ontem, o presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, que não vai estar presente na cimeira, alertou sobre a necessidade de a CEDEAO encontrar soluções face à instabilidade regional. “Preocupa-nos a instabilidade que se verifica na região. Em 18 meses tivemos três golpes de Estado e uma tentativa falhada, mas que não deixa de mostrar instabilidade, insegurança e tentativa de fragilização, ainda mais, das instituições democráticas” declarou o chefe de Estado cabo verdiano.

José Maria Neves disse igualmente que a região "tem ainda outros desafios, como o terrorismo e o narcotráfico que devem ser considerados" e que, na sua óptica, deve haver uma “melhoria da governação para que haja políticas públicas consistentes, orientadas para a solução dos problemas das pessoas, para o desenvolvimento sustentável da nossa região e se garantir a paz, a tranquilidade, em toda a região e em todo o continente africano”.

Referindo-se a um dos outros assuntos que também está na mesa das conversações, a Guiné-Bissau que acaba de ter palco na terça-feira de um assalto contra o Palácio do governo quando lá se encontrava o chefe de Estado a presidir um Conselho de Ministros, um ataque em que morreram pelo menos 11 pessoas, o Presidente de Cabo Verde que no próprio dia do sucedido emitiu uma nota de repúdio, não deixou de dar conta da sua preocupação e da necessidade de recolher mais elementos sobre o que aconteceu. “Estamos a aguardar mais esclarecimentos relativamente aos contornos, aos meandros da tentativa de golpe de Estado. O nosso apelo é para que a gestão do pós-golpe se faça com a necessária contenção para se evitar mais violência, apelou.

Este acto de desestabilização foi condenado em vários quadrantes, nomeadamente pela própria CEDEAO, como pela união Africana, a ONU e vários países como a França, Portugal, o Brasil e São Tomé e Príncipe.

Em declarações públicas na terça-feira à noite, o Presidente guineense disse que se tratou de uma tentativa de golpe de Estado, algo "bem preparado e organizado e que poderá também estar relacionado com gente relacionada com o tráfico de droga” e que quem o perpetrou queria matá-lo a ele, ao Primeiro-Ministro e aos membros do governo.ANG/RFI

 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Tentativa de golpe de Estado/Bissau volta a normalidade após tiroteios de terça-feira

Bissau, 02 Fev 22(ANG) – A situação voltou esta quarta-feira ao normal em Bissau, após tiroteios registados terça-feira no Palácio do Governo onde decorria uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros,  sob a presidência do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.

Os transportes públicos: táxis , toca-tocas, carros particulares voltaram hoje à circulação, aliás desde terça-feira a noite apesar de em número muito reduzido. São poucas as viaturas com matrículas de Estado em circulação.

O chefe de stado, Sissoco Embaló assinalou a retoma normal da sua agenda diária com uma aidiência ao embaixador da França em Bissau,Terence Wills, as 10H00, TMG.

Nas instituições públicas denota-se a ausência da maioria dos trabalhadores  quiça por receios de enfrentar situações de aflições semelhantes ao vivida na terça-feira, em que muitas pessoas tiveram que recorrer â vias secundárias para chegarem as suas residências, sobretudo as que habitam periferias do Palácio do Governo ou que são obrigados a passar pela via que dá acesso a sede governamental.

Tentativa de golpe de Estado é conversa de rua por tudo quanto é lado, inclusivé nos serviços, com algumas pessoas a condenar e outras a questionar porquê que as forças de Defesa e Segurança permitiram que o Presidente da República eleito democraticamente e toda a classe dirigente do país fossem submetidos à essa “situação de desespero” durante cinco horas.

Segundo a Agência de Notícias de Portugal - Lusa, algumas pessoas estão detidas no Estado-maior General das Forças Armadas,em Bissau, por alegado envolvimento nessa tentativa de golpe de Estado de terça-feira, cujas investigações prosseguem.

Uma fonte militar confirmou hoje a ANG que um agente de polícia  acabou por falecer terça-feira a noite no hospital, em consequência dos ferimentos sofridos durante o tiroteio no Palácio do Governo. ANG/SG

     Sublevação militar/MADEM G15 condena tentativa de golpe de Estado

Bissau,02 Fev 22(ANG) – O Movimento para Alternativa Democrática(Madem G15), condenou o que diz ser “tentativa de golpe de Estado”, perpetrado por um grupo de homens armados que atacaram terça-feira o palacio do Governo onde decorria o Conselho de Ministros presidido pelo Presidente da República.

Em comunicado de imprensa à que a ANG teve acesso hoje, assinado pelo seu Secretário Nacional, Abel da Silva, o Madem G15, disse que veio a público condenar um acto tão bárbaro e violento que visa somente pôr em causa, mais uma vez, a ordem constitucional e o Estado de Direito democrático no país.

Na nota, o Madem G15 declara que não compatua e nem compactuará com a violência e que a repúdia, com veemência, conforme o ordenamento jurídico da Guiné-Bissau.

O Madem G15 pede que os actores desse ato sejam responsabilizados e traduzidos à justiça, tendo manifestado a sua firme e total solidariedade com as instituições democráticas do país, encorajando-as a prosseguirem com as suas acções em prol do desenvolvimento da Guiné-Bissau.ANG/ÂC//SG

 

Crise Ucrânia/Rússia nega ter enviado resposta por escrito a propostas dos EUA

Bissau, 02 Jan 22(ANG) - A Rússia negou terça-feira que tenha enviado aos Estados Unidos da América (EUA) uma resposta por escrito a uma proposta norte-americana para desanuviar a crise sobre a Ucrânia.


"Não é verdade", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Alexander Grushko, à agência de notícias russa Ria Novosti, citada pela agência norte-americana Associated Press (AP).

A Ria Novosti também citou um diplomata russo, cuja identidade não foi divulgada, que apontou que o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, enviou uma mensagem ao seu homólogo norte-americano, Antony Blinken, e a outros colegas ocidentais sobre "o princípio da indivisibilidade da segurança".

As fontes citadas pela agência russa disseram, no entanto, que não se trata de uma resposta às propostas dos EUA.

O porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitry Peskov, disse hoje aos jornalistas que tem havido confusão sobre a troca de missivas entre Moscovo e Washington, e afirmou que a resposta da Rússia às propostas dos Estados Unidos ainda está em curso.

O que foi transmitido aos funcionários ocidentais "foram outras considerações, sobre uma questão um pouco diferente", disse Peskov, citado pela AP.

Três funcionários do Governo norte-americano que não foram identificados pela AP disseram, na segunda-feira, que a Rússia tinha enviado uma resposta escrita às propostas dos EUA, também enviadas por escrito.

Um funcionário do Departamento de Estado, que também não foi identificado, recusou-se a dar mais detalhes sobre a resposta, considerando "imprudente discutir em público" e acrescentando que devia ser a Rússia a divulgar o conteúdo.

As propostas dos Estados Unidos já constituíam uma resposta escrita a exigências da Rússia para desanuviar a crise sobre a Ucrânia, suscitada pela concentração de dezenas de milhares de tropas russas junto à fronteira com o país vizinho.

Os dirigentes ucranianos e ocidentais acusam a Rússia de ter enviado as tropas para a fronteira para invadir novamente a Ucrânia, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.

A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança.

Essas exigências incluem uma garantia de que a Ucrânia nunca será membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e que a Aliança retirará as suas tropas na Europa de Leste para posições anteriores a 1997.

Os Estados Unidos rejeitaram as exigências russas, mas deixaram a porta aberta para conversações sobre outras questões de segurança, tais como destacamentos de mísseis ou limites recíprocos de exercícios militares.

Os chefes da diplomacia russa, Sergei Lavrov, e norte-americana, Antony Blinken, têm na agenda de hoje uma conversa telefónica sobre a crise entre a Ucrânia e a Rússia.

Na segunda-feira, num debate no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a crise, a Rússia acusou o Ocidente de "fazer aumentar as tensões" sobre a Ucrânia e disse que os Estados Unidos tinham levado "nazis puros" ao poder em Kiev.

A embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Linda Thomas-Greenfield, respondeu que a crescente força militar russa ao longo das fronteiras da Ucrânia constitui a "maior mobilização" de tropas na Europa em décadas.ANG/Angop

Sublevação militar/ CEDEAO condena tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau

Bissau,02 Fev 22(ANG) – A Conunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) condenou aquilo que considera de tentativa de golpe de Estado ocorrido terça.feira em Bissau, onde um grupo de homens armados dispararam tiros de armas pesadas contra o palacio do Governo onde decorria a reunião do Conselho de Ministros presidido pelo Presidente da República Umaro Sissoco Embaló.

Em comunicado à imprensa à que a ANG teve acesso hoje, a Comissão da CEDEAO manifesta a sua preocupação com a situação na Guiné-Bissau com disparos de tiros dos militares junto ao palácio do Governo.

Na nota, a CEDEAO responsabilizou os referidos militares pela integridade física do Presidente da República e dos membros do governo.

Apelou aos militares para regressarem aos quartèis e manterem a postura republicana.ANG/ÂC//SG


    ONU/Relator  considera junta birmanesa de "sociedade criminosa"

Bissau, 02 Jan 22 (ANG) - A junta militar birmanesa é uma "sociedade criminosa", disse hoje um relator da ONU, anunciando a publicação em breve de um relatório sobre a proveniência das armas que continuam a entrar no país, um ano após o golpe.


"A junta militar funciona como uma sociedade criminosa, cometendo assassínios, torturas, sequestros, deslocamentos forçados, enquanto rouba receitas e apreende propriedades que por direito pertencem ao povo de Myanmar", acusou o relator da das Nações Unidas para Myanmar (ex-Birmânia), o norte-americano Thomas Andrews.

"Os seus ataques continuam repetidamente. O sofrimento do povo da Birmânia continua a aumentar", denunciou, referindo que o povo birmanês "merece um apoio mais forte da comunidade internacional".

Andrews considerou ser "inaceitável" não "haver uma resolução do Conselho de Segurança a impor um embargo total de armas um ano após [o golpe de Estado]", assinalando que "as armas continuam a chegar à junta e a matar pessoas inocentes".

"O povo de Myanmar merece mais das Nações Unidas", disse o relator num comunicado.

Andrews, que é mandatado pelo Conselho de Direitos Humanos, mas não se expressa em seu nome, planeia publicar um relatório "em breve" que irá clarificar a origem das armas que a junta militar birmanesa, no poder há um ano, continua a receber.

A 01 de Fevereiro de 2021, os militares birmaneses derrubaram a líder civil Aung San Suu Kyi, encerrando uma década de transição democrática e praticando uma repressão sangrenta no país.

"Nos últimos meses, testemunhamos uma nova escalada de violência e uma campanha de terror agora generalizada em todo o país", disse Andrews.

O relator da ONU disse que recebeu "novos relatos de massacres, ataques a hospitais e alvos humanitários, além de bombardeamentos e incêndios em aldeias".

Pelo menos 1.503 pessoas morreram em Myanmar em resultado da repressão brutal das autoridades birmanesas na sequência do golpe de estado militar que faz hoje um ano, de acordo com dados da organização não-governamental Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP).

O golpe mergulhou o país numa profunda crise política, social e económica, e abriu uma espiral de violência com novas milícias civis.

A ONG também referiu que 11.838 pessoas foram detidas desde o golpe, dos quais 8.835 ainda estão presos e 661 foram condenados a penas de prisão por um tribunal, incluindo a líder deposta Aung San Suu Kyi.

A magistratura birmanesa condenou também 45 pessoas à morte, incluindo dois menores, embora nenhuma tenha ainda sido executada.

O exército justifica o golpe com uma alegada fraude durante as eleições gerais de novembro de 2020, que o partido de Suu Kyi venceu, como em 2015, com o aval de observadores internacionais, mas cujo resultado foi anulado.ANG/Angop

 

      Angola/CPLP condena “veementemente” tentativa de golpe de Estado

Bissau,  02 Fev 22(ANG) – A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) condenou hoje “veementemente a tentativa da tomada do poder pela força na Guiné-Bissau”, segundo uma nota do Ministério das Relações Exteriores de Angola, país com a presidência rotativa da organização.

“A Presidência em exercício da CPLP saúda a firme resposta das autoridades nacionais encabeçadas pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló que levou ao restabelecimento da ordem e apela a acalmia e tranquilidade”, naquele Estado-membro da comunidade.

Vários tiros foram ouvidos hoje perto da hora de almoço junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

Entretanto, segundo fonte governamental, militares entraram cerca das 17:20 no palácio do Governo e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício. O Presidente já se encontra no Palácio Presidencial.

As relações entre o chefe de Estado e do executivo têm sido marcadas por um clima de tensão, agravada nos últimos meses de 2021 por causa de um avião Airbus A340, que o Governo mandou reter no aeroporto de Bissau, onde aterrou vindo da Gâmbia, com autorização presidencial, e pela recente remodelação governamental.

A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela União Africana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e por Portugal.ANG/Inforpress/Lusa


Sublevação militar/Presidente da República qualifica o acto de “atentado contra a democracia”

Bissau,02 Fev 22(ANG) – O Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, qualificou o ataque de terça-feira ao palácio do Governo, onde decorria o Conselho de Ministros de um atentado contra a democracia.

“Somos das pessoas que acreditam em Deus e foi Deus quem salvou-nos. Em plena reunião do Conselho de Ministros, ninguém pode imaginar o que o Presidente da República, na qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas e o Primeiro Ministro e todos os membros do Governo surprendidos com tiros de armas de artilharia pesada e matradora AK-47”, explicou Umaro Sissoco Embaló aos jornalistas, na noite de terça-feira, no Palácio da República.

O chefe de Estado disse que foi um tiroteio que decorreu cinco horas de tempo antes das  Forças Armadas Republicanas pudessem resgatá-lo e aos restantes membros do Governo.

“Apelo a população em geral para manterem serenos e que as nossas Forças Repúblicanas e de Defesa e Segurança conseguiram estancar o  eixo de mal perpetrados pelas pessoas que fizeram um atentado contra a democracia”, salientou.

Umaro Sissoco Embalo disse que o poder é das coisas que se procura nas urnas e por isso, com esse atentado a Guiné-Bissau está de luto, porque existem filhos deste país que perderam vidas, por causa de ambição de duas ou três pessoas e que entendem que este povo não tem direito de viver em paz.

“A mim custa acreditar  que podiamos chegar à esse ponto, ou seja que os filhos deste país podiam fazer mais um acto de violência. Foi um acto de violência que ninguém pode imaginar”, lamentou.

O Presidente da República disse que preferia que as pessoas se dirigissem à ele para um diálogo, para se analisar os mecanismos para se  ultrapassar as contendas, porque,  não vai ficar, eternamente, como Presidente da República,  e salienta que foi eleito pela confiança do Povo Guineense.

“Peço a comunidade internacional para continuarem a apoiar a Guiné-Bissau e para o Povo guineense manter sereno. As nossas Forças de Defesa e Segurança estão de parabens porque, de facto, foi um acto muito bem preparado e organizado”, afirmou.

Umaro Sissoco Embaló disse que o acto não foi perpetrado apenas pelos militares, mas que  contou com a conivência que tem haver com o combate contra ao narcotráfico que tem levado a cabo e que muitas pessoas estão sob a investigação.

“Sempre tive a noção do preço que se paga por esse combate ao narcotráfico, mas a nossa luta vai continuar. E sempre afirmei que só Deus é que sabe quando vai-me tirar do poder e a minha responsablidade é com Deus”, frisou.

Perguntado sobre se há ou não mortos, Umaro Sissoco Embalo disse que houve muitos mortos de um lado e doutro, mas que  desconhecia  o número exacto, porque eles estavam sob fogo cruzado durante cinco horas.

Questionado ainda se já conhece as caras do atentado, o chefe de Estado disse que não, frisando contudo que é uma coisa muito bem preparada e concertada, acrescentando que não quer avançar mais pormenores para não complicar as investigações.

A imprensa guineense fala de duas mortes, e que um deles era um agente de segurança afeto a  Presidência do Conselho e Ministros, cujo o cadáver foi visto nas portas desta instituição, nas fotos publicadas nas redes sociais.

Segundo a agência portuguesa Lusa, que cita fonte governamental, militares entraram cerca das 17:20 no palácio do Governo e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício, na reunião extraoridinária do Conselho de Ministros que decorria soba pressidência de Umaro Sissoco Embaló.

Ainda segundo a Lusa que cita fontes militares, pelo menos seis pessoas morreram no tiroteio ocorrido no Palácio do Governo durante a tentativa de golpe de Estado.

ANG/ÂC//SG

   Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)