Covid-19/Número de mortes em África subiu 5% na última semana para 240 mil
Bissau, 03 Fev 22(ANG) – O número de mortes em África por covid-19 subiu 5% na última semana, para 240 mil, num total de 10,8 milhões de casos registados no continente, de acordo com os últimos números oficiais.
Durante
a habitual conferência de imprensa semanal, o diretor do Centro Africano de
Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), John
Nkengasong, explicou que este aumento, de 235 mil para 240 mil mortes durante a
última semana, é normal devido ao número de casos nas semanas anteriores.
“Nas
últimas quatro semanas, entre 3 e 30 de Janeiro, houve uma descida de 10% na
média de casos e um aumento de 20% no número de mortes, mas quero enfatizar que
isto é normal, porque as mortes surgem normalmente depois da infeção, as
pessoas ficam doentes e vão ao hospital, e só depois podem morrer, e é por isso
que os casos descem e as mortes sobem”, disse Nkengasong.
Olhando
para esta semana, em comparação com a anterior, o África CDC registou um total
de 194 mil casos, o que representa uma descida média de 16% face ao número da
semana passada.
No
total, o continente africano registou 10,8 milhões de casos de covid-19,
resultando na morte de 240 mil pessoas, com África do Sul, Marrocos, Tunísia,
Etiópia e Líbia a representarem 60% do número de casos.
Olhando
para a evolução da pandemia, há oito países a enfrentar a quarta vaga e nove na
quinta vaga, disse o director do África CDC.
“Há
39 países que registaram a variante Ómicron, e 48 países reportaram a presença
da variante Delta, mas ainda não temos dados suficientes para ver como a
presença da Ómicron mudou a dinâmica da variante Delta”, admitiu o responsável.
Na
conferência de imprensa, John Nkengasong apresentou ainda três iniciativas que
serão lançadas nos próximos dias: uma campanha para aumentar a vacinação dos
jovens, uma bolsa para atrair os africanos na diáspora a voltarem para os seus
países por três ou seis meses, e outra campanha para “democratizar a testagem”,
tornando-a comum na vida dos cidadãos.
A
covid-19 provocou pelo menos 5.686.108 de mortes em todo o mundo desde o início
da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A
variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se
dominante do mundo desde que foi detectada pela primeira vez, em novembro, na
África do Sul. ANG/Inforpress/Lusa
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