Invasão /Ucrânia e Rússia começam a negociar
Bissau, 28 Fev 22 (ANG) - No quinto dia da invasão russa da Ucrânia, a delegação ucraniana chegou à Bielorrússia para negociar “sem pré-condições” com a Rússia.
A Ucrânia
exige um cessar-fogo imediato e a retirada das forças russas. Kiev está a
resistir ao avanço russo
As delegações diplomáticas russa e
ucraniana iniciaram as primeiras negociações desde que a Rússia invadiu a
Ucrânia na quinta-feira passada.
As conversas entre os dois países
acontecem numa altura em que as tropas russas enfrentaram uma forte resistência
ucraniana e depois de terem sido aplicadas fortes sanções à Rússia pelas
potências ocidentais.
Do lado russo, a missão diplomática é
liderada pelo conselheiro do Kremlin, Vladimir Medinski. A Ucrânia enviou seu
ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, que chegou vestido com uniforme militar.
Vladimir Putin anunciou que está a
colocar "as forças de dissuasão do exército russo em alerta
especial de combate", no que diz respeito às forças nucleares.
No quinto dia de guerra, os combates
continuam “difíceis” e as tropas russas “continuam a bombardear em quase todas
as direcções”, descreve o exército ucraniano. As cidades como Kiev, Kharkiv e
Chernihiv foram novamente atacadas esta madrugada, os ucranianos conseguiram
travar os avanços russos.
O Kremlin preferiu, nesta segunda, não antecipar as
"posições" para a conversa, declarou o porta-voz, Dmitri Peskov, por
considerar que devem ser feitas em "silêncio".
Para a Ucrânia, "a questão-chave é um cessar-fogo imediato e
a retirada das tropas (russas) do território ucraniano", disse a
Presidência ucraniana nesta segunda-feira.
O rublo russo caiu quase 30% em relação ao dólar esta
segunda-feira, depois das potências internacionais terem imposto novas e mais
duras sanções económicas a Moscovo.
A Assembleia Geral das Nações Unidas convocou
esta segunda-feira, 28 de Fevereiro, uma sessão extraordinária de
emergência após uma reunião do Conselho de Segurança da ONU este domingo.
Mais de 500.000 pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos desde o início da ofensiva militar russa na última quinta-feira - anunciou o alto comissário das Nações Unidas para os refugiados. ANG/RFI
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