Paris/França e parceiros anunciam retirada “coordenada” das suas tropas do Mali
Bissau, 17 Fev 22(ANG) – A França, ao lado dos seus parceiros europeus e africanos, anunciou hoje a retirada “coordenada” das tropas do Mali devido “a múltiplas obstruções das autoridades de transição malianas”, prosseguindo o combate ao terrorismo nos países vizinhos.
“Devido
às múltiplas obstruções das autoridades de transição malianas, o Canadá e os
Estados europeus que operam ao lado da operação Barkhane e no seio da operação
Takuba consideram que as condições políticas, operacionais e jurídicas não
estão reunidas para continuar o actual compromisso militar”, pode ler-se numa
declaração conjunta enviada hoje pelo Palácio do Eliseu às redacções.
Esta
manhã, o Presidente da República francês, Emmanuel Mácron, vai falar ao lado
dos parceiros europeus e africanos para detalhar as razões desta retirada
decidida definitivamente num jantar de trabalho no Palácio do Eliseu, que
aconteceu na noite de quarta-feira e onde participou o primeiro-ministro
português, António Costa.
A
luta pelo combate ao terrorismo vai prosseguir no Sahel, ainda segundo a
declaração conjunta também assinada por Portugal, com acções “no Níger e no
Golfo da Guiné”, estando a ser levadas a cabo consultas locais para chegar aos
termos de entendimento sobre uma nova missão até Junho de 2022.
A
França possui uma das suas maiores operações militares no Mali desde 2013, com
a operação Barkhane a envolver actualmente cerca de 4.300 efectivos no Sahel e
cerca de 2.500 estão no Mali. Esta não é a única força estrangeira no país, com
um total de 25 mil soldados estrangeiros com diferentes mandatos a actuarem no
Sahel.
Portugal
está presente com cerca de duas dezenas de militares na operação da força
especial europeia Takuba, ao lado de outros parceiros como Alemanha,
Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia, Grécia, Itália, Noruega, Holanda,
Roménia, Reino Unido e Suécia. ANG/Inforpress/Lusa
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