Índice da Democracia/ Cabo Verde mantém-se no 32º lugar a nível global e cai uma posição em África
Bissau, 11 Fev 22(ANG) – Cabo Verde mantém-se na 32ª posição no Índice de Democracia, cai do 2º para o 3º lugar no grupo de países em África e considerada uma democracia imperfeita, revelou o relatório do The Economist Intelligence Unit (EIU).
O
Índice de Democracia, que começou a ser elaborado em 2006, retrata a situação
da democracia em 2021, em 165 Estados independentes e dois territórios, com
base em cinco categorias: processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do
governo, participação política, cultura política e liberdades civis.
Cada
país é classificado num tipo de regime: democracia plena, democracia
imperfeita, regime híbrido ou regime autoritário, e consoante a pontuação
registada numa série de indicadores.
O
documento indica que Cabo Verde manteve a sua posição relativamente ao do ano
passado ocupando a nível global a 32ª posição no ranking com 7,65 pontos, sendo
que nas categorias do processo eleitoral Cabo Verde obteve 9,17, funcionamento
do Governo 7,0, na participação política 6,67, na cultura política 8,53 e desce
do 2º para o 3º lugar em África depois das Maurícias e do Botswana.
A
nível da lusofonia, Angola é classificada como um regime autoritário,
encontra-se em 122.º lugar no ‘ranking’ global e em 26.º no ‘ranking’ regional
da África subsaariana, que integra 44 países, e obteve no ano passado a
pontuação mais baixa desde 2015, com 3,37 pontos.
O
país lusófono está entre os 16 Estados desta região que registaram um declínio
da sua classificação (-0,29) , integrando o conjunto dos cinco que mais
pioraram, a par do Congo (-0,32), Benim (-0,39), Mali (0,45) e Guiné-Conacri
(-0,80).
Outros
14 países mantiveram as suas posições e 14 registaram melhorias pouco
significativas, com excepção da Zâmbia, que obteve mais 0,86 pontos, elevando a
sua pontuação para um total de 5,72.
A
nota global da região desceu de uma já baixa pontuação de 4,16 em 2020 para
4,12 em 2021, prolongando a “recessão democrática”.
O
relatório assinala que “os ganhos modestos” obtidos na primeira década após o
início do índice, em 2006, em que a região subsaariana passou de 4,24 para um
máximo de 4,38 em 2015, rapidamente se esfumaram e a pontuação tem descido
desde essa altura.
A
Noruega, o país mais bem classificado da tabela, com uma democracia plena,
pontua nos 9,75, enquanto Portugal, uma democracia imperfeita, está no 28.º
lugar, com 7,82 pontos.
Segundo
o relatório, os resultados de 2021 reflectem o impacto negativo da pandemia de
covid-19 na democracia e na liberdade em todo o mundo, pelo segundo ano
consecutivo.
A
pandemia resultou numa diminuição sem precedentes das liberdades, tanto entre
democracias desenvolvidas como nos regimes autoritários, devido à imposição de
confinamentos e restrições de viagens e, progressivamente, com a introdução de
“passaportes verdes” que exigem certificados de vacinação contra a covid-19
para participação na vida pública, indica o documento.
ANG/Inforpress
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