Tentativa
de golpe de Estado/ CEMGFA
diz que o objectivo seria “desestabilizar
o país”
Bissau, 16 Fev 22 (ANG) – O
chefe de Estado-maior General das Foças Armadas, Biague Na Ntan afirmou,
terça-feira, que os implicados na tentativa de golpe de Estado de 01 de
Fevereiro são as mesmas pessoas que, há pouco tempo, haviam tentado levar a cabo um golpe
militar.
“Prendemos-lhes e entregamos
ao tribunal mas o tribunal mandou libertá-los, com alegações de que não houve
tentativa.”, revelou à imprensa Na Ntan, que se
encontrava ausente, em tratamento médico no estrangeiro, na altura em
que ocorreu a tentiva que resultou na
morte de oito pessoas entre militares, paramilitares e civis.
Acrescentou que a tese para
a libertação do grupo ainda se baseou no facto de os implicados não terem morto
o chefe de Estado-maior General das Forças armadas.
Segundo Biague Na Ntan, a
tentativa de 01 de Fevereiro tinha como objectivo “desestabilizar” o país.
Um grupo de militares e
para-militares atacou o Palácio do Governo no passado 01 de fevereiro, numa
altura em que decorria um Conselho de Ministros com a participação do
Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.
Passado cinco horas de
tiroteios, segundo o chefe de Estado, a situação voltou ao controlo das forças
da ordem.
Para melhor esclarecimento
do ocorrido, o Governo criou uma
comissão interministerial que procede aos inquéritos visando a identificação e responsabilização criminal dos autores
morais e materiais da alegada tentativa de golpe de Estado, que segundo Umaro
Sissoco Embaló contou com a participação do antigo chefe da Armada Guineense,
José Américo Bubo Nachuto, julgado nos Estados Unidos de América por tráfico de
drogas.
Para além de Bubo, outros
dois nomes, igualmente julgados nos EUA por tráfico de drogas foram acusados de
participação na intentona de Fevereiro, pelo Presidente Sissoco Embaló.
Internamente, e na sequência
da alegada tentativa de golpe de Estado as forças militares levam a cabo buscas
de armas nas residências de particulares, havendo informações de que já se
registaram várias detenções de cívis e militares, em diferentes prisões de
Bissau. ANG//SG
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