UE-África/Cimeira com elevado nível de participantes e PALOP todos presentes
Bissau, 16 Fev 22(ANG) – A VI cimeira UE-África, que se realiza quinta e sexta-feira em Bruxelas, deverá contar com um nível de participação extremamente elevado, incluindo todos os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), indicaram fontes diplomáticas.
Numa
altura em que se ultimam os preparativos para aquela que é a primeira cimeira
entre União Europeia (UE) e União Africana (UA) desde 2017, fontes diplomáticas
europeias adiantaram hoje que são esperados em Bruxelas os chefes de Estado
e/ou de Governo da generalidade dos Estados-membros de ambas as organizações,
com excepção dos quatro países actualmente suspensos pela UA devido a golpes de
Estado (Burkina Faso, Mali, Sudão e Guiné-Conacri) e, eventualmente, uma ou
outra ausência de última hora.
Os
PALOP deverão estar todos representados ao mais alto nível na cimeira de
Bruxelas, tendo as mesmas fontes indicado que são esperados os chefes de Estado
de Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e
Príncipe, e o vice-presidente da República de Angola. Cabo Verde será
representado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
Portugal
estará representado pelo primeiro-ministro, António Costa, que participará em
duas das sete mesas-redondas temáticas que serão organizadas ao longo dos dois
dias da cimeira, além das cerimónias de abertura e de encerramento, que
contarão com o conjunto de líderes.
Num
figurino inédito, grande parte dos trabalhos da cimeira será repartida entre
sete mesas-redondas temáticas, co-presididas por dois chefes de Estado europeus
e outros tantos africanos, em vários casos com convidados externos de outras
organizações e sociedade civil.
Os
temas em debate são “financiamento para o crescimento sustentável e inclusivo”,
“alterações climáticas e transição energética, digital e transportes”, “paz,
segurança e governação”, “apoio ao sector privado e integração económica”,
“educação, cultura, formação profissional, migração e mobilidade”, “agricultura
e desenvolvimento sustentável” e “sistemas de saúde e produção de vacinas”.
De
acordo com uma nota divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro, António Costa
começará por intervir, na quarta-feira, na mesa consagrada ao tema “paz,
segurança e governança”, na qual estarão igualmente presentes o Alto
Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança,
Josep Borrell, e o Comissário de Assuntos Políticos, Paz e Segurança da UA,
Bankole Adeoye.
Na
quinta-feira, o chefe de Governo português co-presidirá à mesa-redonda
consagrada à educação e migrações, na qual participarão, como oradores
externos, o director-geral da Organização Internacional para Migrações (OIM),
António Vitorino, e a secretária-geral da Organização Internacional da
Francofonia, Louise Mushikiwabo.
A VI
cimeira UE-África estava originalmente marcada para 2020, mas foi sendo
sucessivamente adiada devido à pandemia de covid-19, que impediu designadamente
que ocorresse durante a presidência portuguesa do Conselho da UE no primeiro
semestre de 2021.
A
iniciativa terá então finalmente lugar esta semana em Bruxelas, e com ‘casa
cheia’, o que levou a organização a restringir a um nível sem precedentes a
dimensão das delegações, face à situação sanitária ainda instável.
ANG/Inforpress/Lusa
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