Invasão /Rússia disposta a negociar se Ucrânia abandonar armas
Bissau, 25 Fev 22 (ANG) - O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, disse, esta sexta-feira, que Moscovo está disposto a negociar se a Ucrânia abandonar as armas.
Esta manhã, as
tropas russas aproximavam-se de Kiev, a capital ucraniana, pelo nordeste e pelo
leste, de acordo com o exército ucraniano.
"Estamos prontos para negociações, a
qualquer momento, assim que as forças armadas ucranianas ouvirem o nosso apelo
e abandonarem as armas", afirmou o ministro em conferência de imprensa.
Esta sexta-feira de manhã, as tropas
russas aproximavam-se de Kiev, a capital ucraniana, pelo nordeste e pelo leste,
de acordo com o exército ucraniano, que disse combater unidades de blindados
russos nas localidades de Dymer e Ivankiv, respectivamente a 45 e a 80
quilómetros a norte de Kiev.
Ainda esta sexta-feira de madrugada foram
ouvidas explosões no centro da capital. O exército ucraniano declarou que tiros
de mísseis visavam Kiev e que destruíram dois. Houve feridos num bairro
residencial no sudeste da capital.
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky
acusou as forças russas de "bombardearem bairros civis” e disse que isso
faz pensar na ofensiva nazi de 1941. Zelensky anunciou a morte de, pelo menos,
137 pessoas desde o início da invasão russa e que há mais de 300 feridos.
O Estado-Maior do exército ucraniano
informou ter retomado o controlo do aeroporto militar de Antonov, em Gostomel,
às portas de Kiev, que na quinta-feira foi tomado pelas forças russas.
Por sua vez, Moscovo afirma ter preenchido
“com sucesso” os objectivos do primeiro dia de intervenção na Ucrânia.
O Presidente ucraniano disse, ainda, que
as forças russas teriam, nomeadamente, tomado o controlo da central de
Chernobyl, o local do pior acidente nuclear da história em 1986.
Esta sexta-feira, o ministro francês dos
Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, declarou que Vladimir Putin quer
tirar a Ucrânia “do mapa dos Estados” e disse que a segurança do Presidente
ucraniano está ameaçada pela ofensiva russa. Le Drian acrescentou que a invasão
poderá alargar-se à Moldávia e à Geórgia.
O Presidente francês, Emmanuel Macron,
afirmou que a França vai acelerar a mobilização de tropas para a Roménia no
âmbito da NATO. Declarações feitas numa cimeira extraordinária da União
Europeia. Macron sublinhou que é importante "deixar aberto o
caminho" do diálogo com Vladimir Putin.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov,
disse, hoje, que haverá represálias “simétricas ou assimétricas” às sanções
impostas pelos países ocidentais.
Entretanto, a final da Liga dos Campeões,
que estava agendada para São Petersburgo, foi mudada para o Stade de France,
nos arredores de Paris, a 28 de Maio, na sequência da invasão russa à Ucrânia.
ANG/RFI
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