Política/PAIGC condena operações de buscas de armas e revistas nas casas das pessoas levadas a cabo pelas autoridades militares
Bissau, 16 Fev 22 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), condenou, segunda-feira, as operações de buscas e revistas que diz ser “abusivas” nas casas das pessoas, desencadeadas pelas autoridade militares e paramilitares no âmbito de uma alegada campanha de apreensão de armas e de descoberta dos implicados na tentativa de golpe de Estado de 01 de Fevereiro.
Em comunicado à imprensa,
produzido pelo Secretariado Nacional do partido, à que a Agência de Notícias da
Guiné (ANG) teve hoje acesso, o PAIGC critica que as denuncias sobre essas
operações ocorrerem num contexto em que
mais uma vez, o Regime viola flagrantemente os direitos dos cidadãos
consagrados nas Leis da República.
“Neste caso em concreto, o
direito a privacidade e inviolabilidade de domicílio. Consta que as aludidas
operações são feitas sem uma notificação prévia, e além de serem realizadas em
horários impróprios, com todos os inconvenientes”, lê-se no comunicado.
Diz o partido liderado por
Domingos Simões Pereira que as respectivas buscas e revistas perpetuadas pelo “actual
Regime” são coincidentes com a vaga de detenções, intimidações e perseguições, num
cenário que se assemelha ao “Estado de sítio ou de terror”.
Acrescenta que o PAIGC tem sido um dos alvos da “saga de
violências físicas e psicológica”, com o
bloqueio do recinto que dá acesso a alçada principal da Sede do Partido.
O partido denuncia mo
comunicado que alguns dirigentes e
militantes estão a ser coagidos e
violentados de forma selectiva.
Sem indicar os nomes ou o
número, o PAIGC diz ainda que seus dirigentes estão a ser objectos de intimidações, perseguições e detenções, sem
observância dos preceitos legais, e com violações a diversos níveis, incluindo os
prazos e as formalidades estabelecidos por lei.
“Reiteirar as condenações do
PAIGC as tentativas do Regime em tentar, a todo o custo, abstruir a realização
do Xº Congresso do Partido, na base de manobras dilatórias, expressas na tomada
de medidas tendenciosas, abusivas e ilegais que põem em causa o sentido
abstracto das leis”, descreve o comunicado.
O partido exige explicações do “actual Regime”, quanto ao bloqueio
dos acessos de entrada à Sede do PAIGC.
AS autoridades militares e
paramlitares levam a cabo operações de busca de armas nas residiências e de
descoberta de eventuais implicados na tentativa de golpe de Estado, ocorrida no
passado dia 01 de Fevereiro.
Notícias veiculadas nas
redes sociais, ainda por confirmar, indicam que vários cidadãos militares, paramilitares
e civis se encontram encarcerrados, em
Bissau, na sequência dessas buscas , a noite.NG/LLA/ÂC//SG
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