Economia/Crédit Suisse acusado de ocultar fortunas durante décadas
Bissau, 21 Fev 22 (ANG) - A investigação "Segredos Suíços" conduzida por um consórcio de jornalismo de investigação, o OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project), que conta com mais 46 órgãos de comunicação em 39 países, incluindo Le Monde, New York Times, Expresso ou The Guardian revela que a instituição financeira aceitou e manteve secretas durante décadas contas bancárias de ditadores, políticos corruptos, traficantes de droga, torturadores e outros criminosos.
O The New York Times teve acesso a dados de cerca de
18.000 contas bancárias suíças divulgadas há um ano ao jornal alemão
Süddeutsche Zeitung por uma fonte não identificada, dando origem uma
investigação denominada "Segredos Suíços".
Nos ficheiros tornados públicos, são reveladas
fortunas de vários clientes envolvidos em crimes como tortura, tráfico de
droga, lavagem de dinheiro, corrupção e outros crimes considerados graves,
revelando falhas graves nas diligências tomadas pelo banco que, ao longo
das últimas décadas, tem vindo a assegurar fazer esforços para eliminar
clientes e fundos provenientes de negócios cuja legalidade é questionada em
quase todo o mundo.
Na lista de clientes surgem dois luso-angolanos a
braços com a justiça; Álvaro Sobrinho, antigo director do Banco Espírito
Santo em Lisboa e dos BES Angola, e Hélder Bataglia, fundador da Escom, do
Grupo Espírito Santo em Angola.
O Crédit Suisse recusou comentar casos específicos, justificou que as leis rígidas pelas quais se regem os bancos suíços impedem que a entidade bancária comente alegações feitas em relação a clientes particulares. ANG/RFI
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