sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Bruxelas/UE aprova sanções “massivas” contra a Rússia, mas não a exclui do Swift

Bissau, 25 Fev 22 (ANG) - A União Europeia aprovou na quinta-feira à noite sanções “massivas” contra a Rússia, depois da invasão da Ucrânia, todavia não removeu o país do sistema internacional de trocas bancárias e financeiras Swift.

“Os dirigentes russos deverão enfrentar um isolamento sem precedentes”, prometeu a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen ao anunciar o pacote de sanções “mais severas de sempre aplicadas” pela União Europeia.

"Esta noite os líderes europeus condenam em uníssono as atrocidades e os ataques não provocados. E por isso, agora temos de dar uma resposta à altura. Temos de responsabilizar o Kremlin. O pacote de sanções massivas e direccionadas que os líderes europeus hoje aprovaram, mostra claramente isso. Vão ter um forte impacto na economia russa e na elite política". 

Os europeus querem punir o regime de Vladimir Putin com sanções financeiras, nomeadamente limitar drasticamente o acesso de Moscovo aos mercados de capitais europeus e bloquear a capacidade da Rússia refinanciar a sua divida. 

A União Europeia vai, ainda, reduzir o acesso russo a “tecnologias cruciais”, ao privar o país de componentes electrónicas e software.

Aprovadas desde o início da reunião, as medidas abrangem os bens de dupla utilização, civil e militar, sectores da energia e transportes, além de novas sanções contra individualidades (congelamento de contas bancárias, bloqueio de vistos, etc).

Estas sanções agora aprovadas vão juntar-se ao pacote que entrou em vigor na quarta-feira à noite e que visava personalidades próximas de Putin.

O presidente ucraniano apelou aos europeus para impedirem os bancos russos de utilizarem o sistema internacional de trocas bancárias e financeiras Swift, um mecanismo vital da finança mundial, que afectaria severamente Moscovo. Cerca de 300 bancos e instituições russas utilizam o Swift para as suas transferências de fundos interbancários. Todavia, vários estados-membros não estavam de acordo, entre eles a Alemanha, muito dependente do gás russo, que prefere deixar essa decisão para mais tarde.  

Também o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou novas sanções económicas que vão transformar Vladimir Putin num "pária" pela invasão da Ucrânia, mas reconheceu falta de consenso entre as potências ocidentais para que as medidas fossem ainda mais severas.

Joe Biden sublinhou que “as ambições de Putin vão muito além da Ucrânia”.

"Autorizo novas sanções fortes que vão ter custos elevados para a economia russa". Moscovo vai "deixar de ser capaz de competir no mercado da alta tecnologia" e os bancos vão também ser alvo de medidas. ANG/RFI

 

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