Sublevação
militar/Presidente da
República exalta jornalismo enquanto profissão nobre e não de violência
Bissau,14 Fev 22(ANG) – O
Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló exaltou
o jornalismo enquanto profissão
nobre e não de violência, que não deve
ser exercida por pessoas sem emprego e que
refugiam nela para insultar os outros.
A exaltação do chefe de
estado foi feita na sexta-feira numa audiência
concedida aos elementos da Confederação Nacional das organizações de Imprensa,
da Associação Nacional de Músicos e dos moradores do bairro de Pluba, que foram
manifestar-lhe solidariedade devidos à tentativa de golpe de Estado de 01 de
Fevereiro.
“O jornalismo é uma carreira
honesta, porque mesmo nas universidade por onde passamos, onde saem os médicos,
pilotos e outras formações académicas é ali igualmente que saem os jornalisas”,
sublinhou.
Para o chefe de Estado, na Guiné-Bissau basta alguém não tiver o que
fazer, arranja de imediato uma pequena estação de rádio para vangloriar de repórter e analista
político.
“Isso acontece somente na
Guiné-Bissau. Uma pessoa que não pode fazer análise da sua própria pessoa auto proclama-se de ser analista político. É
muita pena”, lamentou Umaro Sissoco Embaló.
Acrescentou que nos últimos tempos, certas pessoas queriam fazer com que a carreira jornalística
perdesse a sua dignidade.
O Presidente da República
disse que vai retribuir a solidaredade que lhe foi manifestada, e reafirmou que, o que passou, de facto, no dia 01 de
Fevereiro, foram cenas muito violêntas.
“Ainda antes de as vitimas forem enterradadas, apareçam pessoas a dizer que é uma camuflagem”,
criticou.
Umaro Sissoso Embaló pediu a
cessação de actos característicos de uma “campanha eleitoral” que ocorrem no
país,, uma vez que o Presidente da República já está eleito.
“O poder do Presidente da República é dado por
Deus, alguém pode procurá-lo de todas as formas, mas se Deus não o dá, nunca
vai o conseguir”, afirmou.
À classe de músicos, o Presidente da República
agradeceu a solidariedade que lhe endereçou, tendo sublinhado que os
artistas são homens de cultura e de paz e não de violência, aliás como afirmou
o vosso porta voz Luìs Mendes (Ichy).
“Se alguém me disser que, na
manhã do dia 01 de Fevereiro, iríamos se deparar com a situação ocorrida, não acreditaria. Eu, sempre
digo que Nino Vieira seria o último Presidente assassinado no país”,referiu.
Umaro Sissoco Embaló
salientou que se empenhou durante os dois anos de seu mandato na restauração da imagem e dignidade da
Guiné-Bissau no exterior, mas que tinha uma noção clara de que as suas
diligências iriam lhe custar .
“Só porque o Povo não nos escolheu nas urnas,
seria o motivo para incentivar as pessoas inocentes para dar um golpe de
Estado”, questionou.
Um grupo de homens armados atacou, no
passado dia 01 de Fevereiro o Palácio do Governo, com armas pesadas e
matralhadoras, numa altura em que decorria uma reunião do Conselho de Ministros, com a presença do
Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno
Nabiam.
O ataque que durou cinco horas antes de as autoridades de segurança
assumirem o controle da situação causou a morte à 11 pessoas entre civís,
militares e para-mlitares.
Uma comissão interministerial chefiada pelo ministro do Interior e da ordem
Pública, Botche Candé está a investigar os autores morais e materiais dessa
tentativa de golpe de Estado. ANG/ÂC//SG
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