Ataque a Rádio Capital/LGDH exige autoridades o cumprimento das suas obrigações internacionais no dominio dos direitos humanos
Bissau, 11 Fev 22 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos(LGDH) exige das autoridades guineenses o cumprimento escrupuloso das suas obrigações no dominio dos direitos humanos, nomeadadmente a liberdade de imprensa e de expressão e o direito a um processo justo.
A exigência consta num
comunicado da LGDH à que a ANG teve hoje acesso, em reação ao ataque consequente destruição da Ràdio Capital no
dia 07 do mês corrente do ano em curso que resultou em ferimentos dos seus
jornalistas entre as quais um em estado grave.
De acordo com o comunicado
da LGDH, o governo, ao invés de levar ao cabo “investigações sérias” para
apurar, tanto as responsabilidades criminais bem como politicas e
administrativas, em estreita observância do quadro legal, pautou-se pela
instalação de um “clima de terror” que levou à deterioração, sem precedentes,
da situação dos direitos hunmanos.
“Raptos e prisões arbitrárias de mais de 60 cidadãos à margem da lei, os quais são privados de
acesso ao advogado e visita da familia,
invação ilegal às instalações privadas sem mandato de busca e revista acompanhado
de disparos de armas automáticos e gás lacrimogénio à residência do cidadão Rui
Landim comentador politico da Ràdio Capital FM, são inadmissíveis”, , diz a
LGDH.
A nota da LGDH denuncia que foi reativada o “esquadrão de espancamentos”, que funciona como uma espécie
de “milícia do regime instalado”, em especial do Ministério do Interior, onde
as vitimas são levadas, em últimas instâncias, para simulação e arranjos
processuais.
Segundo a nota, a Liga interpela
as autoridades nacionais para cessarem imediatamente a onda de detenções que
considera de “arbitrárias”, de intimidações e ameaças contra cidadãos e
ativistas dos direitos humanos.
A organização de defesa dos
direitos Humanos pede a criação de uma
comissão de investigação independente com vista a esclarecer as circunstâncias
em que ocorreram o ataque mortífero ao palácio do governo.
No mesmo comunicado, a LGDH
apelou às autoridades guineenses a cessação imediata de atos de violência
contra os opositores politicos, que “na democracia não tem sentido sem a
garantia de uma oposição livre e responsável”.
Apela a responsabilização
criminal dos autores morais e matériais dos ataques ao palácio do governo, à Ràdio
Capital FM, à residência do comentador Rui Landim, entre outros, e o reforço dos mecanismos
de acompanhamento da situação de direitos humanos no País, em colaboração com
as organizações da sociedade civil. ANG/MI/ÂC//SG
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