Ucrânia/Forças russas lançaram ataque em três frentes e há vítimas civis – Kiev
Bissau, 24 Fev 22(ANG) – Um conselheiro presidencial ucraniano disse hoje que as forças russas lançaram um ataque à Ucrânia em três frentes, através do norte, do leste e do sul, e referiu haver vítimas civis, mas sem dar pormenores.
“Os
militares ucranianos estão a lutar muito”, garantiu o conselheiro, Mykhailo
Podolyak, referindo que o exército ucraniano está a responder e “já infligiu
perdas significativas ao inimigo”.
Segundo
Podolyak, “a Ucrânia precisa agora de um apoio maior e muito específico do
mundo, um apoio técnico-militar, financeiro e sanções duras contra a Rússia”.
Um
outro conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, adiantou que a
Rússia tem como alvo bases aéreas e várias outras infraestruturas militares,
mas assegurou que o ataques “não diminuíram a capacidade de combate dos
militares ucranianos”.
O
conselheiro, Oleksii Arestovich, admitiu que o país “sofreu baixas”, mas que
“não são significativas”, acrescentando que as tropas russas avançaram cerca de
cinco quilómetros no território ucraniano, nas regiões de Kharkiv e Chernihiv
e, possivelmente, em outras áreas.
O
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou, hoje de madrugada, o início de
uma operação militar no leste da Ucrânia, alegando que se destina a proteger
civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, que
reconheceu como independentes na segunda-feira.
Depois
do reconhecimento, Putin autorizou o exército russo a enviar uma força de
“manutenção da paz” para Donetsk e Lugansk, referindo, na quarta-feira, que os
líderes das autoproclamadas repúblicas separatistas pró-Rússia tinham pedido
ajuda para “repelir a agressão” dos militares ucranianos.
O
Ocidente acusa Moscovo de quebrar os Acordos de Minsk, assinados por Kiev e
pelos separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk, sob a égide da Alemanha,
França e Rússia.
Estes
visavam encontrar uma solução para a guerra entre Kiev e os separatistas
apoiados por Moscovo que começou em 2014, pouco depois de a Rússia ter anexado
a península ucraniana da Crimeia.
A guerra no Donbass já provocou mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados desde 2014, segundo as Nações Unidas.ANG/Inforpress/Lusa
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