Política/Combatentes da Liberdade da Pátria exigem esclarecimento e responsabilização do caso 01 de Fevereiro
Bissau,11 Fev 22 (ANG) – A coordenação dos Combatentes da Liberdade da Pátria exige as autoridades nacionais, o esclarecimento e responsabilização dos culpados do caso 01 de fevereiro, ocorrido no palácio do governo, anunciado como tentativa de golpe de Estado.
Um grupo de militares e
para-militares atacou no dia 01 de Fevereiro o Palácio do Governo, fazendo
refém, durante cinco horas, o Presidente da República e todos os membros do
Governo que se encontravam reunidos em Conselho de Ministros.
O caso declarado pelas
autoridades como “tentativa de golpe de Estado” saldou na morte de 11 pessos,
entre militares, para-militares e civis, e está a ser investigado por uma
comissão interministerial, criada para o efeito.
A exigência dos Combatentes
vem expressa num comunidado à imprensa enviado à ANG esta sexta-feira, relativo
aos acontecimentos recentes nomeadamente
o ataque ao palácio do governo, assalto e destruição da Rádio Capital FM, e,
conforme o comunicado, a “onda de raptos
de cidadãos de forma arbitrária e sem
culpa ou decisão judicial”.
Na nota, os combatentes
condenam os sucessivos atos de violência perpetrados por homens armados, que à
luz do dia, continuam a assaltar instituições
e pessoas indefesas, violando-as , destruindo património e pondo em
causa as suas vidas.
Os combatentes da Liberdade
da Pátria condenam o que dizem ser “detenção
de cidadãos na via pública sem o devido mandado
judicial e sem permitir-lhes a
assistência juridica a que têm direito”, num ato que esta organização diz configurar “sequestro
e um atentado à ordem interna e social”.
“Os Combatentes exigem o
fim da censura o tratamento desigual e
descriminatória dos partidos políticos, com intensão clara de prejudicar
o PAIGC, partido libertador deste país, que ultrapassou longas etapas para
conferir aos cidadãos o grau da liberdade
que usufruem”, lê-se no comunicado assinada por Teodora Inácia Gomes.
Para a coordenação dos
Combatentes da Liberdade da Pátria é inadmissível transformar o PAIGC num alvo de ataques, “perseguição e ameaças
permanentes, com decretos que visam
comprometer a realização do seu congresso depois de outros partidos fazeram seus
sem perturbações”.
O comunicado dos veteranos
de luta de libertação nacional ainda condenou o que diz ser “tentativa de
violação da Constituição”, o acordo sobre petróleo assinado entre o Presidente
da República,Umaro Sissoco Embaló e o presidente do Senegal, Macky Sall, que os
deputados declararam nulo e sem efeito.
O grupo diz que essa
decisão dos parlamentares é uma ordem
que todos devem cumprir, independentemente dos cargos que cada um ocupa ou
desempenha.
Os Combatentes ordenam a
suspensão de qualquer mobilização de
forças estrangeiras para o território
guineense, sem conhecimento e aprovação da ANP.
Numa recente cimeira no
Gana, a CEDEAO decidiu enviar uma força para apoiar os esforços de manutenção
da transquilidade e paz na Guiné-Bissau. ANG/JD/ÂC//SG
Combatentes da liberdade da patria ou militantes de um partido politico ?
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