sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Política/Combatentes da Liberdade da Pátria exigem  esclarecimento e responsabilização do  caso 01 de Fevereiro

Bissau,11 Fev 22 (ANG) – A coordenação dos  Combatentes  da Liberdade da Pátria  exige as autoridades nacionais,  o  esclarecimento e responsabilização dos culpados do caso 01 de fevereiro, ocorrido no palácio do governo, anunciado como tentativa de golpe de Estado.

Um grupo de militares e para-militares atacou no dia 01 de Fevereiro o Palácio do Governo, fazendo refém, durante cinco horas, o Presidente da República e todos os membros do Governo que se encontravam reunidos em Conselho de Ministros.

O caso declarado pelas autoridades como “tentativa de golpe de Estado” saldou na morte de 11 pessos, entre militares, para-militares e civis, e está a ser investigado por uma comissão interministerial, criada para o efeito.

A exigência dos Combatentes vem expressa num comunidado à imprensa enviado à ANG esta sexta-feira, relativo aos  acontecimentos recentes nomeadamente o ataque ao palácio do governo, assalto e destruição da Rádio Capital FM, e, conforme o comunicado,  a “onda de raptos de cidadãos de forma arbitrária  e sem culpa ou decisão judicial”.

Na nota, os combatentes condenam os sucessivos atos de violência perpetrados por homens armados, que à luz do dia, continuam a assaltar instituições  e pessoas indefesas, violando-as , destruindo património e pondo em causa as suas vidas.

Os combatentes da Liberdade da Pátria condenam o que dizem ser  “detenção de cidadãos na via pública sem o devido mandado  judicial e sem permitir-lhes  a assistência juridica  a que têm direito”,  num ato que esta organização diz configurar “sequestro e um atentado à ordem interna e social”.

“Os Combatentes exigem o fim da censura o tratamento desigual e  descriminatória dos partidos políticos, com intensão clara de prejudicar o PAIGC, partido libertador deste país, que ultrapassou longas etapas para conferir aos cidadãos o grau da liberdade  que usufruem”, lê-se no comunicado assinada por Teodora Inácia Gomes.

Para a coordenação dos Combatentes da Liberdade da Pátria é inadmissível transformar o PAIGC  num alvo de ataques, “perseguição e ameaças permanentes, com decretos  que visam comprometer a realização do seu congresso depois de outros partidos fazeram seus sem perturbações”.

O comunicado dos veteranos de luta de libertação nacional ainda condenou o que diz ser “tentativa de violação da Constituição”, o acordo sobre petróleo assinado entre o Presidente da República,Umaro Sissoco Embaló e o presidente do Senegal, Macky Sall, que os deputados declararam nulo e sem efeito.

O grupo diz   que essa decisão dos parlamentares é  uma ordem que todos devem cumprir, independentemente dos cargos que cada um ocupa ou desempenha.

Os Combatentes ordenam a suspensão de qualquer  mobilização de forças   estrangeiras para o território guineense, sem conhecimento e aprovação da ANP.

Numa recente cimeira no Gana, a CEDEAO decidiu enviar uma força para apoiar os esforços de manutenção da transquilidade e paz na Guiné-Bissau. ANG/JD/ÂC//SG

 

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