Sublevação militar/Umaro Sissoco Embaló afirma que o acto foi perpetrado por um grupo de “bandidos” que quiseram assaltar ao poder
Bissau,
02 fev 2022 (ANG) – O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló considerou
a tentativa do golpe de Estado de um ato de um grupo de “bandidos” que quiseram
assaltar o poder a mando de outros “bandidos”.
Em
declarações à imprensa, no final da visita , hoje, ao palácio do Governo, para
constatar os danos causados na tentativa de golpe de Estado, terça-feira última,
sublinhou que o ato voltou a colocar o
nome do país na boca do mundo, pela negativa.
“Acho
que esse acto, não dignifica nenhum guineense, ao abrir a televisão vendo péssimas
notícias do país. Chegávamos numa fase em que arrancamos rumo a estabilidade, mas nem todos querem
ver esse arranque porque entendem que se não fossem eles a mandar não será
ninguém”,referiu.
O
Presidente da República afirmou que ninguém tem o direito de matar alguém por causa do poder, sobretudo tirar a vida de
quem nunca matou alguém.
“À
quem Deus não deu poder, nunca será Presidente da República porque o poder é dado
por Deus. É lamentável pensar que usando outras pessoas inocentes é que poderemos
chegar ao poder ”, frisou Embaló.
Disse
que é preciso que as pessoas parassem com
provocações de autodefesa, porque ninguém ainda foi acusado.
Pediu
aos guineenses para acreditarem na
Comissão de Inquérito e na Justiça guineense, sublinhando que é preciso tomar
em consideração de que morreram 11 filhos do país, jovens e inocentes.
O
chefe de Estado salientou que morreram por uma causa – “defender o Presidente
da República que o Povo guineense escolheu nas urnas”.
Referiu
a morte do falecido Presidente João
Bernardo Vieira Nino para dizer que quando as pessoas foram disparar tiros na sua
casa, as pessoas diziam que era montagem, até o dia em que o mataram.
Questionado
sobre as vozes que dizem que esse atentado
é uma invenção, Embaló disse que é normal cada pessoa dar a sua opinião,
acrescentando que vendo as declarações desde que ele ganhou as eleições, não
são todas pessoas que conformaram com isso.
“Quero
vos dizer que, no dia em que saí ou morri é porque Deus me matou. No dia do ataque, não estava escondido,
estava sentado onde eu sentava e a porta estava aberta e não saí até quando a
força republicana veio me dizer para sair”, explicou, frisando que isso mostra
que o poder é divino e que acredita em Deus.
Perguntado
se alguns dos homens implicados no
ataque já foram detidos, o Presidente da República disse que o caso já está no
Ministério Público ,o detentor de ação penal.
“Se
era uma comissão militar, as pessoas podiam pensar que o Presidente está por
detrás para fazer caça à bruxa, mas não, porque isso não é o meu objetivo. Há
um despacho do Primeiro-ministro que criou uma comissão de inquérito que é
muito normal, mas o processo de inquérito já está nas mãos do Procurador-Geral
da República”, afirmou Sissoco Embaló.
O Chefe
do Estado disse que as pessoas que estão a especular não estão tranquilas, e
diz que o inquérito do Ministério
Público há de chegar, assegurando que, como Presidente da República não
vai acusar ninguém e nem fazer caça às bruxas.
Afirmou
que o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas está bem em Barcelona(Espanha)
em tratamento de vista
PO
chefe de Estado recomenda a população a continuar a fazer os seus
trabalhos tal como fazia antes, sem
preocupar com nada porque tudo voltou a normalidade.
Sissoco
Embaló disse que era um Presidente muito simplista, mas que a partir de agora
para frente o seu dispositivo de segurança vai ser outra, porque é uma pessoa de risco.
A
reportagem da ANG constatou no Palácio do Governo sinal de alguns tiros nas paredes,
sangues no chão, nas calçadas do palácio, corredores e a porta de edifício
principal um pouco danificada. ANG/DMG/ÂC//SG
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