sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

ONU/Leonardo Simão destaca “evoluções contrastantes” em meio a instabilidade e crise humanitária na África Ocidental e Sahel

Bissau, 12  Jan 24 (ANG) - O representante especial do secretário-geral da ONU disse que os últimos seis meses de 2023 tiveram “evoluções contrastantes" em meio a instabilidade e crise humanitária na África Ocidental e Sahel.

Leonardo Simão fez estas declração ao Conselho de Segurança nesta quinta-feira sobre a situação na África Ocidental e Sahel entre junho e dezembro, destaca que enquanto algumas nações viram progressos na consolidação da democracia, atendendo ao desejo de mudança da geração mais jovem, outras viram pior da segurança e governança, impactando comunidades e arriscando anular avanços em outras áreas.

A informação consta na página de ONU News que indica que, em sessão do Conselho de Segurança, Simão descreveu tensões políticas e instabilidade na África Ocidental nos últimos seis meses,  ressaltando a situação crítica humanitária no Sahel, desafios institucionais que a Guiné-Bissau enfrenta, mudanças de governo no Níger e Mali que marcam transformações regionais.

Com o período marcado por um contexto regional de rápida evolução, tensões políticas elevadas e instabilidade, apontou que a situação humanitária no Sahel também permaneceu crítica. O número de pessoas que necessitam de assistência humanitária e proteção teve um aumento de 8%  em comparação com 2022, atingindo 34,5 milhões de pessoas.

Referiu que entre diversas crises, o cenário na Guiné-Bissau, onde as conflitos intra-institucionais levaram a dissolução do Parlamento pela segunda vez e “parecem fechar uma janela de oportunidade para reformas essenciais há muito aguardadas”.

Simão avalia que o país deve buscar uma revisão constitucional que esclareça que a divisão de poderes é essencial para romper definitivamente o ciclo de instabilidade que aflige o país.

Segundo o relatório apresentado, o país teve novos membros da Assembleia Nacional Popular empossados em 27 de julho, com "Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, unanimemente eleito presidente do Parlamento".

Em 14 de agosto, um novo governo de 19 membros, liderado pelo primeiro-ministro Geraldo João Martins, foi empossado. A primeira sessão ordinária do Parlamento começou em 14 de novembro, mas tensões entre líderes políticos surgiram, levando a confrontos armados em 1 de dezembro.

O presidente Umaro Sissoco Embaló dissolveu a Assembleia em 4 de dezembro, alegando uma "tentativa de golpe", o que foi contestado por várias partes. Em 12 de dezembro, Geraldo João Martins foi reconduzido como primeiro-ministro, mas foi substituído em 20 de dezembro por Rui Duarte Barros.

Em 21 de dezembro, Embaló empossou um novo governo de "iniciativa presidencial", com 24 ministros e nove secretários de Estado. ANG/ONU News

 

Irão/Ataques contra Huthis podem agravar instabilidade no Médio Oriente – MNE de Irão

Bissau,  12 Jan 24(ANG) – O Irão alertou hoje que os ataques dos Estados Unidos e Reino Unido contra os rebeldes Huthis no Iémen, em retaliação pelas ofensivas contra navios no mar Vermelho, podem agravar a instabilidade no Médio Oriente.

“Estes ataques arbitrários não terão outro resultado senão alimentar a insegurança e a instabilidade na região”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.

Naser Kanani condenou duramente os bombardeamentos como uma “ação arbitrária, uma clara violação da soberania e integridade territorial do Iémen e uma violação do direito internacional”.

Num comunicado, o diplomata justificou os ataques com o apoio dos Estados Unidos e do Reino Unido aos “crimes de guerra do regime sionista contra o povo palestiniano durante os últimos cem dias”.

Kanani expressou preocupação com as consequências para a paz e segurança no Médio Oriente e apelou à comunidade internacional para agir de forma a evitar a propagação do conflito.

O porta-voz não fez qualquer menção aos 27 ataques dos Huthis a navios comerciais no mar Vermelho desde 19 de novembro, em retaliação pela guerra de Israel contra o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza e tendo como alvo navios com ligação a Israel.

Também hoje, um dirigente do Hamas descreveu os bombardeamentos em mais de uma dezena de locais no Iémen como “uma agressão e uma provocação a toda a nação, que indica a decisão de expandir a área de conflito para fora de Gaza”.

“Isto terá repercussões”, garantiu Sami Abu Zuhri, citado pelo jornal palestiniano Falastin.

O movimento libanês xiita pró-iraniano Hezbollah acusou os Estados Unidos de serem “parceiros de pleno direito” nos “massacres” cometidos por Israel na Faixa de Gaza e na Cisjordânia e manifestou solidariedade com os rebeldes do Iémen.

“Esta agressão não os enfraquecerá, mas aumentará a sua força, determinação e coragem para enfrentá-los, defender-se e continuar o seu caminho em apoio ao povo palestiniano”, assegurou a milícia, citada pela rede de televisão Al Manar.

Os ataques aéreos atingiram a capital do Iémen, Sanaa, e outras cidades controladas pelos rebeldes apoiados pelo Irão, como Hodeida e Saada, disse hoje o canal de televisão Huthi Al-Massirah.

Numa declaração conjunta, os dez países envolvidos (EUA, Reino Unido, Austrália, Bahrein, Canadá, Países Baixos, Dinamarca, Alemanha, Nova Zelândia e Coreia do Sul) observaram que o objetivo continua a ser “reduzir as tensões e restaurar a estabilidade no Mar Vermelho”.

Em resposta, os Huthis lançaram hoje mísseis de cruzeiro e balísticos contra navios de guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido no mar Vermelho, disse uma fonte dos rebeldes à agência de notícias espanhola Efe.

Após os ataques, a Rússia convocou para hoje uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, que na quarta-feira aprovou uma resolução que exigia que os Huthis cessassem imediatamente os ataques.

ANG/Inforpress/Lusa

   Espanha/2023 foi o ano mais mortífero para os migrantes africanos

Bissau, 12 Jan 24 (ANG) - Em 2023, mais de 6.600 migrantes morreram ou desapareceram ao tentar chegar a Espanha, e o  ano ficou marcado por um fluxo migratório sem precedentes para o arquipélago das Canárias.

 A denúncia é da ONG espanhola Caminando Fronteras.

Pelo menos 6.618 migrantes morreram ou desapareceram ao tentar chegar a Espanha em 2023. O número equivale a uma média de 18 migrantes mortos por dia e​​ quase triplicou em relação a 2022. É o “mais alto” registado pela ONG espanhola Caminando Fronteras desde o início dos seus registos, em 2007.

No ano passado, o número de migrantes mortos ou desaparecidos ao tentar chegar a Espanha aumentou 177%. Helena Maleno, coordenadora da organização, denuncia a “falta de meios” de socorro no mar, critica o que chamou de "números vergonhosos" e aponta o dedo às autoridades espanholas e dos países de origem desses migrantes que acusa de priorizarem o "controlo migratório" em detrimento do "direito à vida".

Este aumento nas tragédias migratórias ocorre numa altura em que o número de migrantes que chegaram clandestinamente a Espanha quase duplicou em 2023, atingindo as 56.852 pessoas, devido a um influxo sem precedentes no arquipélago das Canárias, conforme dados do Governo espanhol.

A grande maioria das mortes de migrantes ao tentar chegar a Espanha (6.007 no total) ocorreu na rota migratória entre as costas do noroeste de África e o arquipélago espanhol das Canárias, no oceano Atlântico.

De acordo com a ONG, os migrantes desaparecidos ao tentar chegar à Espanha partiram principalmente das costas do Senegal (3.176), um país que registou, nos últimos dois anos, vários episódios de instabilidade política.

Além disso, a ONG contabilizou 611 mortos ou desaparecidos no ano passado na rota migratória que liga Marrocos e Argélia às costas do sul da Espanha. Entre as vítimas do ano passado, 363 eram mulheres e 384 eram crianças.

A Caminando Fronteras baseia-se em chamadas de socorro de migrantes no mar ou das famílias para elaborar os relatórios. A Organização Internacional para as Migrações, que se baseia em testemunhos indirectos e artigos de imprensa, contabilizou 914 desaparecidos no ano passado na rota migratória para as Canárias e 333 entre Marrocos ou Argélia e a Espanha. Porém a OIM sublinha que os números estão "provavelmente" subestimados, devido à dificuldade em documentar os naufrágios e ao facto de que a maioria dos corpos não é encontrada.

No âmbito da luta contra a imigração ilegal, Espanha tem em Marrocos o seu principal parceiro, com quem normalizou as relações em 2022, a um preço controverso relacionado com o Sahara Ocidental. Além disso, Madrid também intensificou recentemente a cooperação com o Senegal e a Mauritânia. ANG/RFI

 

 

            Cabo Verde/OMS certifica país como livre da malária

Bissau, 12 Jan 24 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou Cabo Verde como país livre de malária, "marcando conquista significativa na saúde global".

O país lusófono junta-se ao grupo de 43 países e um território a que a OMS já atribuiu esta certificação, anunciou hoje em comunicado.

Cabo Verde é o terceiro país a ser certificado na região africana da OMS, juntando-se às Maurícias e à Argélia que foram certificados em 1973 e 2019, respectivamente. 

O continente africano é o que mais sofre com a malária, refere a OMS, ao acolher 95% dos casos globais e 96% das mortes relacionadas com a doença, em 2021.

"A certificação da eliminação da malária impulsionará um desenvolvimento positivo em muitas frentes para Cabo Verde", indica a organização. 

Os sistemas e estruturas construídos para a eliminação da malária "reforçaram o sistema de saúde e serão utilizados para combater outras doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue", doença com um surto registado desde final do ano nalgumas ilhas cabo-verdianas. 

A medida vai beneficiar o turismo como  "os viajantes provenientes de regiões não endémicas de malária podem agora viajar para as ilhas de Cabo Verde sem receio de infecções locais" e sem necessitar "da potencial inconveniência das medidas de tratamento preventivo". 

Acrescentando que terá o potencial de atrair mais visitantes e impulsionar as atividades sócio-económicas num país onde o turismo representa aproximadamente 25 por cento do PIB.

Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, citado no comunicado, saudou "o Governo e o povo de Cabo Verde pelo seu compromisso inabalável e resiliência na jornada para eliminar a malária".

Aquele responsável está em Cabo Verde, onde participa hoje numa cerimónia oficial de anúncio da erradicação da malária.

"A certificação da OMS de que Cabo Verde está livre de malária é uma prova do poder do planeamento estratégico de saúde pública, da colaboração e do esforço sustentado para proteger e promover a saúde”, disse Ghebreyesus.

De acordo com ele,  o sucesso de Cabo Verde é o mais recente na luta global contra a malária e dá-nos esperança de que, com as ferramentas existentes, bem como com as novas, incluindo as vacinas, possamos ousar sonhar com um mundo livre da malária.

"A certificação como país livre de malária tem um impacto enorme e demorou muito para chegar a este ponto: em termos de imagem externa do país, isso é muito bom, tanto para o turismo como para todos os demais", referiu o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, citado no mesmo comunicado.

O certificado de eliminação é concedido quando um país demonstra, com provas rigorosas e credíveis,  que a cadeia de transmissão autóctone da malária pelos mosquitos da espécie Anopheles foi interrompida em todo o país durante os últimos três anos consecutivos. 

Um país deve também demonstrar a capacidade de impedir o restabelecimento da transmissão.

Antes da década de 1950, todas as ilhas de Cabo Verde eram afetadas por malária como epidemias graves ocorriam regularmente nas zonas mais densamente povoadas até haver pulverizações que a eliminaram em 1967 e 1983. 

Contudo, falhas subsequentes levaram ao regresso da doença. 

Desde o último pico de casos de malária no final da década de 1980, a malária em Cabo Verde esteve confinada a duas ilhas: Santiago e Boa Vista, que estão agora livres de malária desde 2017.

"O feito de Cabo Verde é um farol de esperança para a Região Africana e não só", afirmou Matshidiso Moeti, direc tora regional da OMS para África. 

Entre os países lusófonos, Moçambique a Angola estão entre os cinco mais afetados do mundo, de acordo com a edição de 2023 do relatório anual sobre malária publicado pela OMS.

A organização anunciou há duas semanas que a vacina contra a malária R21 vai entrar na sua lista de "vacinas pré-qualificadas", um requisito para entrar nos programas de distribuição de organizações humanitárias como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) ou a GAVI Vaccine Alliance.

A malária afeta anualmente cerca de 250 milhões de pacientes em todo o mundo e causa mais de 600 mil mortes. ANG/Angop

 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Cumprimentos Ano Novo/Presidente guineense recomenda ao governo promoção de uma boa campanha da castanha de caju

Bissau, 11 Jan 23 (ANG) – O chefe de Estado guineense recomendou hoje ao Governo a promoção de uma “boa campanha de comercialização e exportação da castanha de caju” e medidas que garantam uma gestão transparente e eficaz dos recursos financeiros.

No seu discurso, após o cumprimentos do Ano Novo da parte do Executivo, Umaro Sissoco Embaló disse que nas atuais circunstâncias são  pertinentes as propostas anunciadas pelo chefe do Governo, destacando a promoção de uma boa campanha de comercialização e exportação  da castanha de caju, melhoria do sistema da administração pública, através da capacitação do pessoal, promoção de medidas que garantam uma gestão transparente e efecaz dos recursos financeiros.

Ainda nesse quadro, o chefe de Estado recomendou melhorias no sistema de evacuação de lixo, particularmente na cidade de Bissau, e mais atenção aos setores da educação e da saúde pública guineense, por serem essenciais para construção do país que se quer.

Por isso, prometeu usar a sua magistratura de influência para potenciar as acções do governo.  

“Aquando da posse, o primeiro ministro prometeu pôr em marcha um governo de resultados e na verdade um governo de resultados é compatível a política do meu mandato”, afirmou.

Umaro Sissoco Embaló disse que produziu os resultados  que nunca foram obtidos no país, nos três anos, a partir do ciclo politico que iniciou em 2020.

Sustentou a sua afirmação com  a transformação  diplomática da imagem da Guiné-Bissau perante a Comunidade Internacional que diz ter começado a  avaliar o país com outros critérios e tornou–se num Estado  respeitado.

Disse que, internamente, o país registou  mudanças em várias frentes, destacando as obras de reabilitação da  Bissau Velho e requalificação do Aeroporto internacional Osvaldo Vieira, cuja primeira pedra para o efeito foi lançada recentemente.

Umaro Sissoco Embalo endereça igualmente votos de feliz Ano Novo ao primeiro-ministro, membros do governo, chefias militares, o Presidente de Câmara Municipal de Bissau e todos os presentes.

O Primeiro-ministro, Rui Duarte  Barros desejou votos de feliz Ano Novo e sucessos no desempenho do cargo do chefe de Estado guineense.

Disse que, o inicio de um ano é  ocasião para a renovação de esperanças mas também de afirmação de novos compromissos para com o povo, visando o progresso e bem estar da população.

Reiterou o engajamento do Governo  na implementação, a curto prazo, de medidas que atendem as necessidades básicas da população e na resolução das principais deficuldades que o país enfrenta.

Para o efeito, Rui Duarte  Barros indicou cinco medidas prioritárias do governo, nomeadamente a organização da campanha de comecialização e exportação da castanha de caju 2024, para mitigar os efetos nefastos registados nas campanhas anteriores.

Ainda nesse âmbito prometeu a reorganização e melhoria do funcionamento da administração pública, através da redução, capacitação, estabilização do pessoal, e o  reforço e harmonização dos serviços públicos de fiscalização e controlo.    

A instauração de mecanismos que garantam uma gestão transparente e eficaz dos recursos financeiros públicos do país, a melhoria do sistema de evacuação dos resídios sólidos nos centros urbanos e por último a reorganização no exercício da actividade comercial e disciplina na circulação das pessoas e bens na cidade de Bissau, são outras acções preconizadas pelo primeiro-ministro.

ANG/LPG/ÂC//SG


Cumprimentos Ano Novo/Presidente da Repúblcia diz que justiça é um dos pilares do  Estado de Direito Democrático

Bissau, 11 Jan 23 (ANG) – O Presidente da República diz estar ciente de que a justiça é um dos pilares em que assenta o Estado de Direito democrático, por isso, reitera a sua total colaboração institucional para melhor funcionamento do poder judicial no país.

Umaro Sissoco Embaló discursava , após receber os tradicionais cumprimentos do Ano Novo  da parte do poder executivo, chefias militares, do Presidente da Câmara Municipal de Bissau e dos governadores regionais.

O Chefe de Estado guineense disse que concordou com afirmação proferida pelo Presidente Interno do Supremo Tribunal de Justiça, António Lima André, segundo as quais a justiça precisa de instituições fortes, credíveis e respeitadas, porque não há Estado de Direito consistente sem uma justiça independente e forte.

Agradeceu os votos de feliz novo ano formulado pelo poder judicial e em retribuição,  desejou bom ano à todos os presentes na cerimonia de cumprimentos, tanto no plano pessoal assim como profissional.

“Não se descute que cabe ao Estado criar condições para combater a morosidade dos processos judiciais e procedimentos judiciários que afectam o crescimento económico a competitividade das empresas e a paz social”, afirmou.

Acresecentou que tudo isso é verdade e que, de facto, a sociedade guineense não só espera pela intervenção da justiça, mas também  exige uma melhor  justiça e o sector por usa vez reclama as condições de trabalho.

Umaro Sissoco Embaló  apontou a redução  significativa dos atrasos na resolução de litígios, a necessidade de se prosseguir com o  combate a corrupção,  e do julgamento  e aplicação de sanções  aos criminosos como os desafios que devem ser enfrentados com maior determinação.

“Como chefe de Estado, tenho a plena consciência das nossas limitações, e lembro  que Guiné-Bissau não é um país rico. Sei que por vezes a falta de meios chega a ser compensada pela dedicação exemplar dos agentes da justiça”, frisou o chefe de Estado guineense.

O Presidente Interino do Supremo Tribunal da Justiça(STJ), Lima André António  disse chegar o momento de se refletir  sobre o estado da justiça, os obstáculos que enfrenta  e perspetivar um futuro melhor.

Pediu o apoio e acompanhamento do Presidente da República nesse periodo transitório no Supremo Tribunal de Justiça tendo em  conta as particulares exigências e as circusntâncias em que o mesmo decorre, para  o retorno a mormalidade do fucionamento da instituição.

Revelou que o poder judicial se depara com dificuldades, facto que reduz, drásticamente, o seu performance na tomada de decisões  e de qualidade, e que belisca o direito fundamental dos cidadãos de acesso à instituição.

Lima André queixou-se  ao Umaro Sissoco Embaló de que o Estatuto remuneratório dos magistrados judiciais do Ministério Público e do Tribunal de Contas, em vigor desde de Junho de 2018, até ao momento não está a ser aplicado, por falta da vontade politica de sucessivos governos, não obstante a vários esforços empreendidos pelos responsáveis sindicais, com vista a realização na prática, da grelha salarial adotada pelo referido Estatuto.

O Presidente interino do Supremo Tribunal da Justiça disse que o desempenho qualitativo de cada um dos  magistrados, na sua ação requer  importância, num contexto em que há uma desacreditação das instituições democráticas do país, que o poder  judicial integra. ANG/LPG/ÂC//SG

 


Saúde/Cancro de mama e de próstata aumenta e médico obstétrico recomenda maior consumo de vegetais e tubérculos

Bissau 11 Jan 24(ANG) – O médico obstétrico guineense, Elisio Júnior  Baldé Fereira confirmou, quarta-feira, o aumento de câncer de mama e de próstata no país, nos últimos tempos.

Citado pelo Jornal Nô Pintcha, o médico frisou que a maioria dos casos de câncer está relacionada com a dieta alimentar, tendo recomendado mais  consumo de vegetais e tubérculos do que produtos industrializados.

O médico disse que o aumento de registo desta patologia na Guiné-Bissau nos últimos tempos deve-se ao avanço da medicina, que permitiu diagnosticar vários tipos de câncer seja maligno ou não, frisando que isso não significa que a doença não existisse no país antes do avanço da medicina.

Segundo ele, o câncer abrange mais de cem diferentes tipos de doenças malignas que tem em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos à distância, realçando que essas células agrupam-se formando tumores que invadem tecidos.

“No princípio começa com dores da cabeça frequentes, muitas vezes com vômitos, alterações na visão ou mudanças repentinas de comportamento, assim como a perda de apetite, de peso não planejado, manchas na pele entre outros sinais”,explicou.

Baldé realçou que existem várias razões pelas quais o câncer em adultos e jovens podem não ser diagnosticados imediatamente, ou seja, muitas vezes, os primeiros sinais podem sobrepor as lesões comuns e surge quando o corpo perde o mecanismo de auto regulação, devido a acumulação de sangue em diferentes artérias, daí as células passam a receber informações erradas para suas atividades.

De acordo com o médico obstétrico, o tipo de cancer mais comum  nas mulheres são os de mama,  pulmão, de cólon, intestino, do útero e e melanoma.

Nos homens, são de próstata, do pulmão, do figado, de cólon e reto, da bexiga urinária e melanona.

O médico diz ser difícil dizer com precisão, dada as particularidades geográficas e culturais da população guineense, mas que o cancro da mama e da próstata são os mais frequentes no país.

Questionado sobre a camada mais vulnerável a essa doença, Baldé disse que são as pessoas da terceira idade, mas que isso  não significa que outros grupos etários são protegidos deste mal , porque, diz, são  diagnosticados, com frequência, câncer em muitas crianças através da despitagem de cancro infantil .

“Apesar de ser difícil dizer qual é a zona de predominância deste flagelo ,os casos de câncer se registam com maior frequência no Sector Autónimo de Bissau, tendo em conta a facilidade de acesso aos hospitais.Contudo, não quero dizer que não existe esta doença crónica em outros pontos do país”,disse.

Elísio Júnior disse que  o câncer é uma doença hereditária de acordo com a maioria dos diagnósticos cientificos ,embora haja outros aspectos relacionados a  dieta aleimentar .

Perguntado se os doentes diagnosticados com a doença podem tratar internamente, o médico disse que se for descoberto muito tarde, será difícil,  mas que se for diagnosticado na sua fase inicial pode sim ser tratato internamente através de cirurgia de mama, de colo, de útero e de ovário. “Qualquer destes tratamentos precisam ser acompanhados por um médico especialista o que não existe na Guiné-Bissau actualmente”, precisou o médico em entrevista ao jornal Nô Pintcha, cuja edição foi publicada esta quinta-feira(11) .ANG/MSC/ÂC//SG

CAN-2023/FFGB suporta despesas de viagem e subsídios dos dirigentes de clubes durante a estada na Costa de Marfim

Bissau, 11 Jan 24 (ANG) – A Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), garante que vai assumir  todas as despesas de viagem e subsídios de dirigentes de clubes nacionais e associação desportiva filiadas na sua estrutura, convidadas a assistir o Campeonato Africano das Nações, que terá o seu início no dia 13 de corrente mês, na Costa de Marfim.

A garantia da FFGB foi tornada pública através do  portal “O Golo GB, que adianta que a instituição  decidiu levar cerca de 18 presidentes de clubes nacionais e 06 representantes de associações filiadas na organização para Abidjan , para o efeito.

Acrescenta que a delegação de convidados da FFGB deixa Bissau esta quinta-feira com  destino à Costa de Marfim para marcar presença na 34ª edição da Taça das Nações Africanas.

O Governo da Guiné-Bissau já havia anunciado  que não vai assumir nenhuma das despesas relacionadas aos  convidados da FFGB, por alegamente ter sido convidado muita gente.

O Golo GB refere ainda que, independentemente dos presidentes de clubes e das associações desportivas, ainda irão integrar a comitiva, alguns elementos do comité executivo da propria FFGB asssim como outras entidades, não identificadas.

“Informações apuradas junto de outras fontes referem que a ida destes dirigentes para a Costa do Marfim é uma forma de Caíto Teixeira preparar a sua reeleição ao cargo do Presidente da FFGB”, refere o Golo GB.

Para o Golo GB, é habitual que a comunicação social apareça como a última na fileira de convidados, ou seja, o menos importante. Aliás, recorda,  a imprensa desportiva da Guiné-Bissau ficou de fora na edição do CAN de 2019.

Segundo o Golo GB, para esta edição do CAN, além dos jornalistas dos órgãos de comunicação social público, o Governo, através do Ministério da Juventude, Cultura e dos Desportos, decidiu suportar as despesas de viagem de dois profissionais da imprensa privada.ANG/LLA/ÂC//SG    


Política/Presidente do MSD pede Comunidade Internacional para acompanhar a luta do povo guineense pelo respeito à democracia

Bissau, 11 Jan 24 (ANG) - A Presidente do Movimento Social Democrata (MSD) Joana Cobdé Nhanca lançou um apelo à Comunidade Internacional no sentido de acompanhar a luta do povo guineense pelo  respeito à Democracia e Estado de Direito na Guiné-Bissau.

Joana Cobdé Nhanca falava à imprensa após ter entregue  cartas à diferentes organizações da Comunidade Internacional sedeadas no país, nomeadamente União Africana (UA), Organizações das Nações Unidas (ONU), Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Económica Monetária de África de Oeste (UEMOA) e Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP).

“Entregamos cartas às  organizações internacionais para manifestar o nosso descontentamento face a situação de dissolução do parlamento pelo Presidente da República,em Dezembro último. A  Comunidade Internacional pode e deve fazer o seu trabalho para o progresso e bem-estar da pátria guineense,  na qualidade de elemento deste país”, disse Cobdé Nhanca.

Joana sustentou que a Comunidade Internacional deve sempre fazer parte da  resolução dos problemas, de modo a contribuir para  a estabilidade social. Diz que  um Estado deve resolver os seus assuntos internos mas que também existem casos em que  o mesmo necessita de apoio no sentido de apaziguar a situação.

A líder de MSD salientou que a democracia é convergência de ideias e que por  isso, a união é fundamental parar a associação de  diferentes ideias para o progresso de uma nação.

“O dinheiro, as casas, os carros são apenas bens materiais que uma pessoa pode ter hoje e deixará de os ter amanhã. Mas, o desenvolvimento de um país é algo que beneficiará aos guineenses em geral”, disse a Presidente do MSD.

Sublinhou qu, o povo é quem escolhe os seus líderes através do processo eleitoral, com base na democracia e que, assim sendo,  deve ter a  voz para criticar e opinar face as situações que o desagrada ou que põe em causa a sua liberdade de escolha.

“Atualmente, verifica-se a  fuga dos jovens para o estrangeiro a procura de melhores condições de vida, devido a situação de instabilidade e de guerrinhas politicas que afectam o povo da Guiné-Bissau”, disse.

ANG/AALS/ÂC//SG

Taça das Nações Africanas/ Egito de Rui Vitória não está sozinho no lote de favoritos à vitória

Bissau,11 Jan 24(ANG) - O jogo inaugural da CAN 2023 será no sábado entre Costa do Marfim e Guiné-Bissau, no Estádio Alassane Ouattara, recinto em Abidjan com capacidade para 60 mil espetadores e que também irá receber a final, em 11 de fevereiro.

A Taça das Nações Africanas de futebol (CAN 2023) arranca no sábado na Costa do Marfim, com Marrocos a apresentar-se como um dos principais favoritos, assim como o campeão Senegal e o Egito, de Rui Vítoria, recordista de títulos.

Além dos 'suspeitos' do costume, numa lista em que se juntam ainda Nigéria, de José Peseiro, Camarões e Gana, a 34.ª edição promete ser a mais lusófona de sempre, com a presença de três treinadores lusos (Pedro Gonçalves lidera Angola) e seleções como Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique entre as 24.

Embora tenha pouca tradição na maior competição africana de seleções, Marrocos (venceu apenas uma vez, em 1976) chega à Costa do Marfim como um dos principais favoritos a levantar o troféu, muito por 'culpa' da campanha realizada no último Mundial2022, em que alcançou o quarto lugar, deixando equipas como Portugal pelo caminho.

No Qatar, os marroquinos protagonizaram a melhor campanha de sempre de uma seleção africana num Campeonato do Mundo e vão disputar a CAN 2023 com praticamente a mesma estrutura, ainda liderada pelo técnico Walid Regragui, um 'herói' nacional.

 

Logo na fase de grupos, Marrocos tem tudo para conquistar o Grupo F, já que o sorteio colocou Congo, Tanzânia e Zâmbia no caminho dos norte-africanos.

Já o Egito, recordista com sete títulos, o último em 2010, terá o Gana, sempre um rival difícil, no Grupo B, assim como Cabo Verde e Moçambique, seleções que falam a mesma língua de Rui Vitória.

O técnico português vai tentar 'dar' a Mo Salah, a grande 'estrela' egípcia e uma das grandes figuras desta edição da prova, um dos poucos títulos que lhe falta, depois de o avançado do Liverpool ter ficado muito perto em 2017 e 2021, quando perdeu em ambas ocasiões na final, a última sob o comando de outro português, Carlos Queiroz.

Por seu lado, o Senegal, que conquistou o seu primeiro título em 2021 e continua liderado em campo por Sadio Mané, terá de enfrentar logo na fase de grupos os Camarões, outro histórico do futebol africano, equipa campeã cinco vezes, a última em 2017.

Outro eterno candidato à conquista da CAN é a Nigéria, agora liderada por José Peseiro, com o português a chegar à competição a tentar a dar o primeiro título desde 2013, embora em condições adversas e até bizarras.

A própria federação nigeriana, no final de 2023, insatisfeita com os resultados desportivos, assumiu o desejo de despedir o antigo treinador de Sporting, FC Porto e Sporting de Braga, mas viu-se obrigada a mantê-lo por não ter condições para pagar a indemnização estabelecida no contrato.

Peseiro terá na fase de grupos de medir forças com o anfitrião, a Costa do Marfim, que também sonha com o seu terceiro título, num agrupamento que ainda inclui a Guiné-Equatorial e a Guiné-Bissau.

Os dois primeiros lugares de cada grupo dão acesso direto aos oitavos de final, em que estarão também os quatro melhores terceiros classificados.

O jogo inaugural será no sábado entre Costa do Marfim e Guiné-Bissau, no Estádio Alassane Ouattara, recinto em Abidjan com capacidade para 60 mil espetadores e que também irá receber a final, em 11 de fevereiro.

Por questões meteorológicas e logísticas, a CAN 2013 foi adiada para o início de 2024, com a Costa do Marfim a receber a competição pela segunda vez.ANG/Lusa

CAN 2023/Seleções lusófonas procuram a glória na principal competição do futebol africano

Bissau,11 Jan 24(ANG) - Na Costa do Marfim, de sábado, dia 13 de Janeiro, à 11 de fevereiro, as equipas lusófonas vão ter tarefa complicada para passarem a fase de grupos da Taça das Nações Africanas de futebol (CAN2023), com Cabo Verde a ser, em teoria, o mais forte candidato aos oitavos de final.

Cabo Verde surge como seleção de língua portuguesa mais bem colocada no ranking mundial da FIFA, na 73.ª posição, seguida de Guiné-Bissau (103.ª), Moçambique (111.º) e Angola (117.ª).

Os 'tubarões azuis' têm sido, nos últimos anos, a mais forte entre os países lusófonos e vão participar na CAN pela quarta vez, procurando, pela terceira vez, passar a fase de grupos.

Integrado no Grupo B, Cabo Verde vai lutar pelo apuramento (destinado aos dois primeiros de cada grupo e aos quatro melhores terceiros classificados) com Egito, treinado por Rui Vitória, recordista de títulos e finalista na última edição, e Gana.

Na mesma 'poule', Moçambique vai ter muitas dificuldades para conseguir pela primeira vez vencer um jogo numa CAN, naquela que será a sua quinta participação.

Ausente da principal competição africana de seleções desde 2010, os 'mambas' apenas conseguiram dois empates nos 12 jogos disputados na CAN.

Em crescimento nos últimos anos, a Guiné-Bissau vai estar pela quarta vez consecutiva na CAN e pode, finalmente, assegurar o primeiro triunfo na prova, contando apenas com um empate em nove jogos e sem qualquer golo nas duas últimas presenças.

Contudo, a tarefa dos 'djurtus' não será fácil, uma vez que vai defrontar no Grupo A a anfitriã Costa do Marfim e a sempre forte Nigéria, treinada por José Peseiro, além da Guiné Equatorial.

Seleção com mais historial na CAN, Angola, orientada pelo luso Pedro Gonçalves, está longe dos seus melhores momentos e vai tentar repetir as presenças na segunda fase de 2008 e 2010, ano em que organizou a competição.

Esta será o nona presença dos 'palancas negras' na CAN, ficando num Grupo E menos forte do que os dos outros conjuntos lusófonos, frente a Argélia, campeã em 2019, Burkina Faso e Mauritânia.ANG/Lusa

 

Ensino/Governo contrata novos professores para preencher  vagas nas escolas públicas

Bissau,11 Jan 24 (ANG) – O Governo, através do Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica (MENESIC), contrata novos professores para preencher as vagas nas escolas públicas do país.


Num comunicado enviado à imprensa pela Direção Geral dos Recursos Humanos do proprio ministério, à que a Agência de Notícias Guiné (ANG) teve acesso, o Governo queixa-se de abandono dos professores, por razões diversas, em algumas escolas públicas, razão pela qual, optou pela conratação de mais docentes.

O mesmo comunicado acrescenta que, uma das razões que está a motivar a ausência elevada dos docentes nas escolas públicas tem a ver com a ida dos mesmos para o estrangeiro, por motivo do estudo, saúde, entre outros.

“Os candidatos para ocupar as vagas, serão os que possuem a formação superior, médio e bacharelato na área da docência, e graduados nas escolas de formação dos professores e nas Universidades Públicas e Privadas”, lê-se no documento.

A mesma nota acrescenta que, a decisão acontece três dias depois do dirigente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), ter denunciado a intenção do Governo de não procedera a colocação dos professores novos ingressos neste ano letivo, por suposta falta de interesse.

Por essa razão, o SINAPROF ameaça paralisar o setor, alegando que no ano transato ficaram fora cerca de 09 mil alunos, por falta de professores .

ANG/LLA/ÂC//SG


Economia
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Fonte :BCEAO