ONU/Leonardo Simão destaca “evoluções contrastantes” em meio a instabilidade e crise humanitária na África Ocidental e Sahel
Bissau, 12 Jan 24 (ANG) - O representante especial do
secretário-geral da ONU disse que os
últimos seis meses de 2023 tiveram “evoluções contrastantes" em meio a
instabilidade e crise humanitária na África Ocidental e Sahel.
A informação consta na página de ONU
News que indica que, em sessão do Conselho de Segurança, Simão descreveu
tensões políticas e instabilidade na África Ocidental nos últimos seis meses, ressaltando a situação crítica humanitária no
Sahel, desafios institucionais que a Guiné-Bissau enfrenta, mudanças de governo
no Níger e Mali que marcam transformações regionais.
Com o período marcado por um contexto
regional de rápida evolução, tensões políticas elevadas e instabilidade,
apontou que a situação humanitária no Sahel também permaneceu crítica. O número
de pessoas que necessitam de assistência humanitária e proteção teve um aumento
de 8% em comparação com 2022, atingindo
34,5 milhões de pessoas.
Referiu que entre diversas crises, o
cenário na Guiné-Bissau, onde as conflitos intra-institucionais levaram a
dissolução do Parlamento pela segunda vez e “parecem fechar uma janela de
oportunidade para reformas essenciais há muito aguardadas”.
Simão avalia que o país deve buscar
uma revisão constitucional que esclareça que a divisão de poderes é essencial
para romper definitivamente o ciclo de instabilidade que aflige o país.
Segundo o relatório apresentado, o
país teve novos membros da Assembleia Nacional Popular empossados em 27 de
julho, com "Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde, unanimemente eleito presidente do
Parlamento".
Em 14 de agosto, um novo governo de 19
membros, liderado pelo primeiro-ministro Geraldo João Martins, foi empossado. A
primeira sessão ordinária do Parlamento começou em 14 de novembro, mas tensões
entre líderes políticos surgiram, levando a confrontos armados em 1 de
dezembro.
O presidente Umaro Sissoco Embaló
dissolveu a Assembleia em 4 de dezembro, alegando uma "tentativa de
golpe", o que foi contestado por várias partes. Em 12 de dezembro, Geraldo
João Martins foi reconduzido como primeiro-ministro, mas foi substituído em 20
de dezembro por Rui Duarte Barros.
Em 21 de dezembro, Embaló empossou um
novo governo de "iniciativa presidencial", com 24 ministros e nove
secretários de Estado. ANG/ONU News
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