Médio Oriente/Violências em Gaza, na Cisjordânia, na Síria e na
Jordânia
Bissau, 30 Jan 24 (ANG) - Enquanto
Israel continua a bombardear massivamente o sul da Faixa de Gaza, as
autoridades palestinianas dando igualmente conta de mortos na Cisjordânia
ocupada, paralelamente, a Síria e a Jordânia foram igualmente palco de ataques.
Continuam os combates na faixa de Gaza, com
140 mortos nestas últimas 24 horas e um balanço total de 26.637 mortos
desde Outubro, segundo o Hamas que controla o enclave.
A situação humanitária naquela zona
continua também mais do nunca a suscitar preocupação, depois de Israel acusar
no final semana passada funcionários da Agência da ONU para os Refugiados
Palestinianos de estarem envolvidos nos massacres do 7 de Outubro.
Apesar de o Secretário-Geral da ONU e de a
OMS apelarem os países doadores a continuar a garantir o seu apoio, vários
países suspenderam a sua ajuda, nomeadamente os Estados Unidos, o Canadá, a
Finlândia, o Japão ou ainda a Alemanha. Uma situação perante a qual a União
Europeia reclamou uma auditoria à agência onusiana colocada em
acusação.
Na Cisjordânia, cinco palestinianos foram
mortos por balas israelitas e numerosos outros foram feridos durante várias
operações militares israelitas nesta segunda-feira, indicou o Ministério
palestiniano da Saúde. Desde o começo da guerra em Gaza em Outubro, mais de 360
pessoas foram mortas na Cisjordânia ocupada, afirmam as autoridades
palestinianas.
O conflito, entretanto, tende a alastrar
noutros territórios. Na Síria, registaram-se 7 mortos, entre os quais figuram
combatentes pró-iranianos em bombardeamentos israelitas contra uma
base do Hezbollah e dos Guardiões da Revolução iranianos no sul de Damasco,
nesta segunda-feira, indicaram o Observatório Sírio de Direitos Humanos, bem
como órgãos de comunicação sírios.
Noutra frente, Joe Biden prometeu uma
resposta"consequente" ao
ataque ontem na Jordânia que provocou a morte de três soldados americanos e
feriu mais de 30 outros. O Presidente americano acusou o Irão de estar por
detrás do sucedido, o que Teerão desmentiu argumentando "não desejar a expansão do
conflito".
Refira-se ainda que as autoridades
iranianas anunciaram ter executado esta manhã por enforcamento 4 homens que
tinham sido considerados culpados de cooperação com os serviços de espionagem
israelitas num projeto de sabotagem de uma instalação de defesa iraniana.
ANG/RFI
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