Ambiente/Diretora-geral do IBAP aponta a preservação do ecossistema do mangal
como um dos desafios prioritários do país
Bissau,26
Jan 24(ANG) – A Diretora-geral do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas(IBAP), disse que a
preservação do ecossistema do mangal constitui um dos desafios do país, em
particular da instituição que dirige.
Aissa
Regalla de Barros falava hoje na cerimónia de abertura do 4º Comité da Direção
do Projeto Regional “Gestão Sustentável das Florestas de Mangais do Senegal ao
Benin”, que decorre entre os dias 26 e 28, em Bissau.
Aquela
responsável disse que o Sistema Nacional das Áreas Protegidas cobre atualmente
26,3 por cento do território nacional, tendo como um dos ecossistemas
essenciais o mangal.
Regalla
informou que o mangal é um ecossistema com alta produtividade, o que levou a
criação de um Parque Natural dos Tarrafes de Cacheu, que joga um papel
essencial em vários serviços ecossistêmicos.
“É
neste contexto que, para poder melhor e harmonizar as diferentes ações levadas
a cabo nos últimos anos, no país, decidiu-se criar uma plataforma muito
importante denominada "Planta"e que permite coordenar as ações nas zonas de intervenções”, disse.
Afirmou
que a plataforma irá ajudar ainda os atores
que intervêm nesse domínio e na definição de eixos estratégicos, nomeadamente,
uma forte componente da restauração do mangal, do sistema de informação
geográfica, permitindo assim a cartografia das áreas de intervenção bem como
outro componente essencial que é a sensibilização das comunidades.
A
Diretora-geral do IBAP sublinhou que a Guiné-Bissau ainda não tem uma lei que
protege os ecossistemas essenciais, frisando que essa lei permitiria dar
orientações sobre como levar a cabo as proteções desse ecossistema.
“Na
base dessa lei haverá um ordenamento do ecossistema do mangal, quais são as
zonas a serem protegidas e outras que poderão ser utilizadas para agricultura e
outras atividades setoriais”, salientou.
Por
sua vez, o representante da União Europeia no país, disse que apesar de ser a
Delegação da União Europeia no Senegal a gerir este “ambicioso projeto”, que
abrange nove países costeiros da África Ocidental, é um gosto testemunhar a
realização desta reunião na Guiné-Bissau.
Artis
Bertrulis disse que numa era de emergência climática e de erosão sem
precedentes da biodiversidade, os apelos e esperanças das novas gerações são
cada vez mais focados num futuro sustentável.
Acrescentou
que, neste contexto, a responsabilidade da comunidade internacional torna-se
significativa e que as ambições devem
permanecer sólidas no que diz respeito à mitigação das alterações climáticas.
“Projetos
como a que estamos a discutir hoje,
fazem parte de uma solução global que se compromete a alcançar resultados
tangíveis, duradouros e sustentáveis”, salientou Artis Bertulis.
Disse
que a União Europeia orgulha-se de poder cooperar com a Guiné-Bissau na
conservação dos ecossistemas de mangais, investindo mais de 20 milhões de euros
em projetos de agricultura familiar de arroz, de mangal e no fortalecimento das
capacidades do IBAP.ANG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário