Irão/ Autoridades negam envolvimento em ataque que matou três soldados dos EUA
Bissau,
29 Jan 24(ANG) – O Irão negou hoje qualquer envolvimento num ataque lançado por
milícias pró-Teerão que vitimou três soldados norte-americanos na fronteira
Jordânia-Síria, no sábado à noite, e que levou o Presidente norte-americano a
prometer retaliação.
As
alegações “também demonstram a influência de terceiros, incluindo o regime
sionista que mata crianças”, acrescentou Nasser Kanaani, referindo-se a Israel,
envolvido numa guerra com o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de
Gaza desde 07 de outubro.
“Os
grupos de resistência nesta região estão a responder aos crimes de guerra e ao
genocídio cometidos pelo regime sionista”, “não estão a receber ordens” do Irão
e “estão a decidir as suas ações com base nos seus próprios princípios”,
assegurou ainda o porta-voz.
De
acordo com um responsável norte-americano citado pela Associated Press mas que
pediu para não ser identificado, além de cinco vítimas mortais, o número de
soldados feridos aumentou para 34.
Outros
dois funcionários norte-americanos identificaram a base atacada como uma
instalação na Jordânia conhecida como Torre 22, localizada ao longo da fronteira
com a Síria e utilizada principalmente por tropas envolvidas em aconselhamento
e assistência às forças jordanas.
O
governo jordano, que não reconhece a existência desta instalação, afirmou que o
ataque ocorreu fora da Jordânia, designadamente numa base dos EUA na Síria.
O
ministro das Comunicações do Governo do reino, Muhannad Mubaidin, disse à
televisão estatal jordana Al Mamlaka que o ataque com um drone visou a base de
al-Tanf, no leste da Síria.
O
grupo de milícias pró-iranianas Resistência Islâmica no Iraque declarou no
domingo que o ataque foi apenas uma “pequena amostra do inferno”.
A
milícia al-Nujaba, uma das mais destacadas da Resistência Islâmica no Iraque,
congratulou-se com os vários ataques que o grupo lançou nos últimos meses
contra posições norte-americanas na Síria e no Iraque.
“Não
tenham dúvidas: todos os responsáveis [pelo ataque] irão prestar contas, no
momento e da forma que escolhermos”, afirmou no domingo o Presidente
norte-americano, Joe Biden, através da rede social X.
O
secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, assegurou que “serão
tomadas todas as medidas necessárias para defender os Estados Unidos, as suas
tropas e interesses”.
Os
senadores republicanos Lindsey Graham e John Cornyn defenderam no domingo
“atacar Teerão”, a capital iraniana, em resposta ao ataque.
Também
o candidato à nomeação presidencial republicana, Donald Trump, considerou, na
rede social Telegram, o ataque uma “consequência horrível e trágica da fraqueza
e rendição de Joe Biden”.
ANG/Inforpress/Lusa
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