Política/Líder de APU-PDGB exorta políticos sobre necessidade de criar clima de confiança no país
Bissau, 29 Jan 24 (ANG) - O líder da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) exorta a classe política nacional sobre a necessidade de se criar um clima de confiança no país.
Sem identificar, Nuno Nabian diz a Guiné-Bissau enfrenta problemas de vária ordem, que precisam ser resolvidos de modo a evitar o que diz ser “o mal maior”.
De acordo com Jornal “O Democráta”, Nabiam falava no comício popular promovido pelo APU-PDGB e o Partido da Renovação Social (PRS) no fim de semana na cidade de Bissorã, região de Oio, norte da Guiné-Bissau.
“Apelamos à comunidade internacional para nos ajudar na resolução dos problemas que estamos a enfrentar, porque não podemos deixar o país seguir o caminho que está a andar. Estamos ciente de que é preciso criar um clima de confiança entre os guineenses paraa promoção do bem comum”, disse Gomes Nabiam.
O líder de APU-PDGB disse que a iniciativa da visitar Bissorã, visa informar as bases das duas formações políticas sobre o acordo político para os próximos embates eleitorais assinado à 14 do mês em curso entre as duas formações políticas,e que visa potenciar uma ampla convergência de ideias, de propósitos e de objetivos traduzidos nas bases ideológicas comuns, e nas propostas de programas das duas formações políticas.
O antigo Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, denunciou também a existência de sinais de muita droga no país, afirmando que a Guiné-Bissau passará a ser um palco de tráfico de drogas, se não se esforçar para lutar contra o tráfico de estupefacientes.
“Todos os políticos guineenses querem ser bilionários hoje. Existem muitos sinais de droga no país. Enquanto exercia a função do chefe do governo, trabalhei com os nossos parceiros das Nações Unidas e mais outros, dizendo-lhes que não tínhamos capacidades técnicas para controlar o nosso país contra o tráfico”, referiu Nabiã.
Por seu turno, o líder do Partido da Renovação Social(PRS), Fernando Dias da Costa, criticou o que considera de sequestro dos suspeitos da alegada tentativa de golpe de Estado no dia 01 de Fevereiro de 2022, tendo revelado que os referidos prisioneiros estão a passar mal nas celas.
“Se o juiz comprovar que o
fulano roubou dinheiro, decide a sua condenação para cumprir uma pena
determinada por lei, mas se descobrir que a pessoa está a ser caluniada, deve
decidir simplesmente absolver o suspeito”, disse criticando que se não for
registado este procedimento sobre a situação dos suspeitos do caso 01 de
fevereiro, significa que “estamos perante um sequestro de pessoas que estão a
passar mal nas celas”, refere o líder do PRS.
Segundo Dias,nas condições
que chama de “sequestro” estão cerca de 40
militares e civis, entre os quais o
antigo Chefe de Estado-maior da Armada, Contra-almirante, José Américo Bubu Na
Tchutu, o ex-Chefe de Quadros do Estado-Maior General das Forças Armadas,
Brigadeiro-general, Júlio Nhaté, e o aantigo Comandante Adjunto da Brigada
Mecanizada, Tenente Coronel Júlio Mam M’Bali.
“Em dezembro de 2022, o Tribunal
Regional de Bissau, através de um despacho judicial, adiou o julgamento que
havia sido agendado, argumentando que a decisão do adiantamento tinha a ver com
a interdição de trânsito em todas as avenidas circundantes do Tribunal,
decorrentes das obras e o alarido das máquinas do empreiteiro”, explicou Dias.
Acrecenta que o processo acaba
por ser transferido para o Tribunal Militar Regional de Bissau, que, por sua
vez, no final de Março de 2023, decidiu remeter para a justiça civil os mesmos
autos de envolvidos na alegada tentativa de golpe de Estado de 2022 por se
considerar “incompetente à luz da lei guineense” para julgar o caso.ANG/AALS/ÂC//SG
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