Política/Líderes do PRS e da APU-PDGB negam ter acusado o País de tráfico de drogas
Bissau, 30 Jan 24 (ANG) –Os líderes de Partido da
Renovação Social (PRS) e de Assambleia de Povo Unido- Partido Democratico da
Guiné-Bissau (APU-PDGB) negam ter
acusado o País de tráfico de drogas, mas que sim alertaram pela sua crescente
proliferação nos últimos tempos.
A
refutação dos dois líderes dos referidos partidos politicos Fernando Dias e
Nuno Gomes Nabian, foi feita através de um comunicado à imprensa à que a Agência
de Notícias da Guiné (ANG) teve acesso hoje.
O ministro do Interior e da Ordem
Pública, Botché Candé, deu, segunda-feira, uma semana ao Secretário de Estado
da Ordem Pública e demais estruturas de seu pelouro, para demonstrarem que, de
facto, existem “muita droga” a circular no país, conforme denúncias do ex-Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, que deve ser chamado a prestar colaboração as
autoridades judiciais.
Nuno Nabian fez a denúncia no sábado, num
comício popular organizado conjuntamente pela APU-PDGB e PRS, formações
políticas que recentemente firmaram um acordo de estreitamento de
estratégias visando as próximas
eleições.
Fernando Dias e Nuno Gomes
Nabian defendem que as diclarações proferidas
no comício popular no setor de Bassorá não passam de alerta as autoridades
devido a incapacidade do Estado para o combate ao tráfico de drogas.
Falando num comício político
em Bissorã, no norte do país, Nuno Nabiam lançou “um vibrante apelo” à
comunidade internacional no sentido de ajudar as autoridades nacionais a
controlarem a droga no país.
“Hoje existem sinais de que
a droga está a circular em abundância no país. Quando eu era primeiro-ministro
trabalhei com parceiros internacionais para combater a droga no país”, declarou
Nabiam.
Em
conferência de imprensa realizada, segunda-feira, perante dirigentes do
Ministério do Interior e Ordem Pública e de dezenas de oficiais da polícia
guineense, Candé disse serem “muito tristes as declarações de Nuno Nabiam”.
“Não
estamos a falar de declarações de uma pessoa qualquer, estamos a falar de
alguém que foi primeiro-ministro, primeiro vice-presidente do parlamento e
actual Conselheiro Especial do Presidente da República”, observou o ministro
Os dois líderes, segundo o comunicado, dizem
terem sido surpreendidos com as
declarações do ministro do Interior e da Ordem Pública Botché Candé, e dizem que
tudo está a ser feito no sentido de desviar a atenção das populações e
parceiros da Guiné-Bissau face à esse “grave situação”. “Quem não deve não teme” o porquê do alarmismo
do Botché Candé perguntam.
“A
Comunidade Internacional sabe e acompanha com atenção a problemática da proliferação
de drogas no país”, reforça o comunicado.
Os
dois questionam por outro lado, o porquê da insistência de nomeação de Botché
Candé nas funções de ministro do Interior.
De
acordo com o mesmo documento, os dois líderes defendem que a política num país
democrático faz-se através dos partidos políticos legalmente constituídos e, que,
por conseguinte, são eles os legitimos representantes do povo, daí, as
lideranças dos partidos políticos terem a suprema responsabilidade de cuidar da
situação social e política vigente na Guiné-Bissau .
“As instituições
do Estado estão totalmente sequestradas pela Presidência da República, e corre
risco de se colapsar socialmente com consequências imprevisíveis”, dizem no
comunicado. ANG/LLA//SG
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